Nos tempos atuais, a importância da CONTABILIDADE pode ser avaliada a partir do momento em que voltamos nossa atenção para as ORGANIZAÇÕES. É possível imaginar como é complexo gerar e administrar informações para analisar, interpretar e verificar mudanças no patrimônio (em aspectos qualitativos e quantitativos) para a tomada de decisões.
É interessante poder conhecer todo o processo de evolução da CONTABILIDADE. No presente, ela se transformou em uma ferramenta de avaliação para os GESTORES verificarem o desempenho econômico e financeiro das empresas (entidades). Dentro desta ideia, os estudiosos acreditam que a CONTABILIDADE ainda tem muito espaço para crescer nos próximos anos na tomada de decisões de caráter econômico-financeiras.
Um dos maiores obstáculos que as empresas atualmente enfrentam é uma previsão correta sobre o comportamento de mercado e os fatores que em geral poderão afetar o trabalho de ressuprimento. Para equilibrar todas estas variações, as organizações mantém o ESTOQUE (parte importante do ativo) para atender os clientes. Em um mercado bastante competitivo, as práticas de compra e estocagem de materiais se constituem em aspecto relevante em todos os ramos de atividade: compras desnecessárias significam capital investido de maneira errada, que causam grande volume e alto custo de manutenção. Ao mesmo tempo, o baixo nível de estoque também traz o risco de falhar no atendimento aos clientes...
O principal objetivo da CONTABILIDADE é apresentar, de forma correta e precisa, toda e qualquer informação relacionada aos eventos que causaram modificações patrimoniais. Ela utiliza as demonstrações contábeis e, portanto, um instrumento que auxiliaria a administração na TOMADA DE DECISÕES. Esta ideia atualizada tem suas raízes: sem dúvida, a CONTABILIDADE teve um grande impulso com as PARTIDAS DOBRADAS de LUCA PACIOLI. Com efeito, a obra contribuiu para colocar a CONTABILIDADE entre as áreas do conhecimento. Ela é um produto do RENASCIMENTO ITALIANO, das forças que conduziram a essa renovação do espírito humano e da atividade comercial das cidades italianas (as REPÚBLICAS MARÍTIMAS).
Durante o Século X e o Século XI a EUROPA começa a ser transformar. O SISTEMA FEUDAL lentamente começou a dar mostras de decadência e um novo contexto foi se formando pelo resultado do renascimento das cidades, aumento da população, maior produção agrícola, comércio, feiras anuais, troca de produtos, uso da moeda, propriedades, novas relações de trabalho, acumulação de capital e o surgimento da BURGUESIA comercial. Todos estes fatos foram favoráveis para o desenvolvimento da CONTABILIDADE.
Segundo o Prof. FEDERIGO MELIS (1914-1973), a história da Contabilidade pode ser dividida em quatro períodos: o 1º Período designado como Contabilidade Empírica (de 8.000 a.C. a 1202), 2º Período como Sistematização da Contabilidade (1202 a 1494), 3º Período como Contabilidade Moderna (Literatura da Contabilidade – de 1494 a 1840) e 4º Período como Contabilidade Científica (de 1840 até presente). A atividade comercial da IDADE MÉDIA a partir do Século X, o RENASCIMENTO (e seus desdobramentos) e as GRANDES NAVEGAÇÕES deram um grande impulso para a evolução da CONTABILIDADE.
A CONTABILIDADE, na visão de muitos estudiosos, atingiu o seu auge na ANTIGUIDADE durante o IMPÉRIO ROMANO. Apesar de ter a mesma finalidade para mensurar bens, direitos, obrigações e propriedades, como faziam os demais povos da época, os romanos primaram pelos seus registos precisos, analíticos e minuciosos sobre receitas de caixa, classificação em rendas e lucros e despesas sobre salários, perdas etc.
A CONTABILIDADE sempre se fez presente das mais variadas formas na vida de diversos povos. Desde as épocas mais remotas (da IDADE DA PEDRA POLIDA) é inegável que houve uma preocupação permanente em exercer o CONTROLE e ter a DOCUMENTAÇÃO correta. As inscrições rudimentares permitiam a verificação de tudo o que estava no seu patrimônio e as devidas alterações da POSIÇÃO PATRIMONIAL nos BENS, DIREITOS e OBRIGAÇÕES.
Os trabalhos e as pesquisa mais atuais da ARQUEOLOGIA têm revelado vários fragmentos rudimentares na pré-história que atestam o uso de sistemas contábeis por volta de 5.000 a.C. Para os arqueólogos, este período constata as primeiras provas da existência de contas e que homem já efetuava o INVENTÁRO dos seus pertences em uma forma primitiva de CONTABILIDADE (a CONTABILIDADE EMPÍRICA).
Não há como estabelecer com precisão em que momento ou localidade e como nasceu a CONTABILIDADE foi criada. Esta ciência (ou técnica - como muitos autores a consideram a CONTABILIDADE) surgiu como a imposição para se criar um conjunto e um trabalho mais prático substituir o uso da memória nas negociações de troca e no início da atividade comercial. A necessidade foi pelo registro e veracidade de se confirmar, em qualquer momento, todas as quantidades e valores.