INTRODUÇÃO:
Mesmo com o exame minucioso e desgastante sobre a empresa, abordando a CULTURA, filosofia de trabalho, HIERARQUIA, formato do ORGANOGRAMA, o perfil dos COLABORADORES e a qualidade das LIDERANÇAS, o GESTOR terá melhores condições para avaliar o que será mais benéfico e ainda com o receio sobre o grau de risco da adoção:
1 – O uso do formato TOP-DOWN.
2 – O uso do formato BOTTOM-UP.
3 – A combinação (soma ou forma HÍBRIDA) dos dois formatos de GESTÃO.
Sempre é bom ressaltar que os modelos TOP-DOWN e o BOTTOM-UP têm vantagens e desvantagens e, que poderá ser decisivo e indispensável, usar o bom senso em cada cenário para utilizá-los. A adoção requer um trabalho metódico. Cada empresa mostra necessidades de GESTÃO muito peculiares e as adaptações poderão ser inevitáveis. Tudo precisará estar em acordo com situações específicas e passando por ajustes no processo para chegar ao equilíbrio ideal. Os dois modelos têm papel importante para a empresa no desempenho, no relacionamento com seus colaboradores e no relacionamento com os clientes.
AS IDEIAS EVOLUEM
Partindo do conceito que os dois formatos são possíveis de aplicação em diferentes momentos, cenários e situações, parte dos analistas da ADMINISTRAÇÃO estão propondo a viabilidade da combinação do TOP-DOWN e do BOTTOM-UP de maneira equilibrada. E ORGANIZAÇÕES evoluídas estão buscando, cada vez mais, as duas formas combinadas. Assim, TOP-DOWN versus BOTTOM-UP está sendo substituído por TOP-DOWN + BOTTOM-UP. Mas, é bom lembrar que a implementação ainda dependerá das características da empresa e dos OBJETIVOS ORGANIZACIONAIS.
COMBINANDO OS DOIS ESTILOS DE GESTÃO
Aos poucos, a combinação dos dois estilos de gestão está se popularizando. As empresas estão analisando como fazer o melhor uso em suas ESTRUTURAS ORGANIZACIONAIS.
E em muitos casos…
… a empresa depende da DIRETORIA e ALTA GERÊNCIA para definir OBJETIVOS e METAS. Contudo, pode solicitar opiniões dos níveis intermediários ou inferiores da GESTÃO em um debate de ideias das estratégias funcionais. Ou seja, são empresas que ainda são dependentes do ALTO ESCALÃO na TOMADA DE DECISÕES e, no entanto, concedem muita autonomia aos GESTORES.
… a empresa tem a GESTÃO DE TOPO em TOP-DOWN convivendo com a abordagem BOTTOM-UP. Mas, o BOTTOM-UP não é aplicado em toda a sua administração. O BOTTOM-UP é só para níveis menores de equipes, projetos e indivíduos.
… a empresa adota o MÉTODO HÍBRIDO para estabelecer objetivos mais amplos especificados pelo ALTO ESCALÃO. Mas, há liberdade para que os resultados sejam definidos por equipes, projetos e indivíduos.
… a empresa tem a GESTÃO com LIDERANÇA DEMOCRÁTICA (ou compartilhada ou participativa) atuando em BOTTOM-UP. Os GESTORES trabalham com os membros da equipe e estabelecem quais decisões devem ser tomadas em cada nível. Os componentes do grupo assumem um papel muito mais participativo em colaboração ampla, com comprometimento, com consenso e sem qualquer prejuízo na estrutura. A LIDERANÇA DEMOCRÁTICA forma um ambiente favorável. Todos sentem o poder distribuído, a valorização e uma parte integrante na conquista de objetivos.
Entretanto, na gestão BOTTOM-UP é preciso prever a capacitação de LÍDERES para MOTIVAR e incentivar a participação dos componentes da EQUIPE atuando como FACILTADOR dos processos e TOMADA DE DECISÃO compartilhada. No TOP-DOWN com LIDERANÇA AUTOCRÁTICA também é preciso capacitar LIDERANÇAS com a clareza da COMUNICAÇÃO de todas as INFORMAÇÕES corretas sobre o trabalho.
… a empresa tem uma GESTÃO flexível e consegue alternar os dois formatos de GESTÃO. Neste caso, a finalidade é adaptar ou equilibrar à atual situação que se apresenta no negócio. O cenário pode estar solicitando uma reorganização ou inovações diante das demandas vindas do mercado. O processo BOTTOM-UP poderá responder rapidamente pela participação efetiva de todos. Posteriormente, poderá haver o retorno ao TOP-DOWN em busca de melhores níveis de EFICIÊNCIA ORGANIZACIONAL.
… empresa tem uma GESTÃO TOP-DOWN inflexível, centralizada e HIERARQUIZADA e agora está precisando de novas alternativas e propostas. Então, solicita o suporte dos funcionários utilizando o processo BOTTOM-UP. E poderá reverter ao TOP-DOWN novamente.
Neste exemplo, o gerente do departamento de uma empresa no modelo TOP-DOWN teve uma demanda urgente. Dos seus 3 subordinados, escalou dois no formato BOTTOM-UP.
E, com sua Liderança Democrática, formou a FORÇA TAREFA com plena autonomia para criar alguns projetos. Após a solução, voltará ao TOP-DOWN.
Cuidado: essas mudanças de metodologia podem ser convenientes para a empresa e altamente desmotivadoras para os COLABORADORES. Fica a impressão de falta de um padrão de trabalho. A maneira como as mudanças são implementadas poderão impactar negativamente sobre o desempenho e sobre o CLIMA ORGANIZACIONAL. Então, o papel de um LÍDER será importantíssimo.
… a empresa tem uma GESTÃO centralizada em TOP-DOWN, com processos e procedimentos seguindo uma padronização, terá grandes chances de proporcionar aos clientes maior confiabilidade. Em contrapartida, poderá deixar a marca de um contato limitado e, até certo ponto, sem muita flexibilidade em situações de casos individuais.
Na metodologia BOTTOM-UP, em que os componentes da EQUIPE tenham espaço dentro das decisões, a criatividade tende a apresentar soluções mais ajustáveis e voltadas para as necessidades dos clientes.
AMPLIANDO OS DOIS ESTILOS DE GESTÃO
Os conceitos TOP-DOWN e BOTTOM-UP são usados na composição das diversas partes de um todo e para dar orientação na TOMADA DE DECISÕES e execução de tarefas de diversas áreas.Ao contrário do que muitas suposições, o uso dos conceitos não é exclusivo da área administrativa. Ao analisar a área de produção, a maioria das indústrias atua por TOP-DOWN, seguindo normas e orientações técnicas padronizadas para o processo fabril.
As decisões são tomadas pelo gerente de produção, segundo as determinações do ALTO ESCALÃO, através de decisões comunicadas para a fábrica, que não tem nenhuma participação.
Mesmo que a atividade seja dirigida pelo TOP-DOWN, o gerente de produção e sua EQUIPE de colaboradores se juntam pelo BOTTOM-UP. Então, discutem e trocam ideias avaliando as opções mais compatíveis e criativas em busca de melhorias.
Outras empresas valorizam muito a criatividade do CHÃO DE FÁBRICA. Muitas soluções são ali encontradas de forma rápida pelos trabalhadores graças ao BOTTOM-UP: mudanças nos métodos, modelagem, combate aos desperdícios, reaproveitamento de material, manuseio, ferramentas, canibalização, descarte ambientalmente correto, sequência de operações etc.
AS MAIORES PREOCUPAÇÕES
O ponto de vista mais consentido sobre este assunto afirma que, sem ter em conta a escolha do formato, não haverá uma abordagem que seja primorosa e ímpar para todas as empresas.
As maiores preocupações acabam se voltando para a capacitação dos LÍDERES e a criação efetiva de CANAIS DE COMUNICAÇÃO: os LÍDERES como condutores e FACILITADORES do processo e os CANAIS dando abertura, motivando, engajando e promovendo a participação coletiva.