INTRODUÇÃO:
Entre as diversas considerações sobre o papel de um GESTOR, uma delas afirma que é o profissional atuante na ligação entre RECURSOS DISPONÍVEIS, PESSOAS e os OBJETIVOS a serem alcançados. O GESTOR deverá harmonizar constantemente estes recursos ao seu alcance na forma e na proporção convenientes para a TOMADA DE DECISÕES.
Ele analisa e resolve situações complexas e variadas que, em diversas ocasiões, não seguem uma ordem rigorosamente racional. A sua visão é voltada para raciocínios abstratos, estratégicos, conceituais e teóricos para ser o agente de mudança e inovação. Seu trabalho é direcionado para análises, com habilidade para entender e diagnosticar situações para decidir e estabelecer ações mais adequadas com informações disponíveis e atualizadas.
Mesmo com todo este leque de atuação, ele não é infalível e nem pode carregar tudo sobre os ombros. Para ser um profissional bem-sucedido, o GESTOR precisa contar com uma estrutura formada por uma EQUIPE de funcionários (PESSOAS) que possam dar o devido suporte para os trabalhos tenham EFETIVIDADE. O campo de atuação é amplo, mas, também é preciso abordar algumas considerações essenciais:
● ISOLADAMENTE um GESTOR é uma peça muito RESTRITA. É necessário que ele construa uma EQUIPE coesa e capacitada.
● Nenhuma empresa, por melhor que seja, possui todos os recursos à disposição. Portanto, é administrar o LIMITADO e estar sujeito ao fator IMPONDERÁVEL (o SÚBITO).
● Para completar, o ser humano também tem uma capacidade restrita para poder processar todas as informações simultaneamente.
● Portanto, muito do sucesso de um GESTOR está atrelado à qualidade dos componentes de sua EQUIPE. Um dos cuidados que um profissional deve ter para montar uma EQUIPE, verdadeiramente qualificada, tem início no processo de SELEÇÃO.
OS EXECUTORES:
Saindo do âmbito da GESTÃO, a diferença entre o GESTOR e os EXECUTORES (genericamente chamados de TAREFEIROS – os que executam as TAREFAS) é que os EXECUTORES trabalham de forma bem diferente.
Pelo cargo e posição no ORGANOGRAMA, sua atuação se processa de forma mecânica em operações rotineiras. Pouco é exigido deles em termos de raciocínios abstratos, estratégicos, conceituais e teóricos. As TAREFAS, na maior parte, seguem normas e procedimentos previamente estabelecidos, geralmente com pouca flexibilidade ou que exijam criatividade.
Nem por isso as atividades dos TAREFEIROS perdem a importância. Muitas vezes os níveis mais baixos da hierarquia, por lidar diretamente com o trabalho operacional, podem ter ideias mais inteligentes, até do que aquelas que estão em uso. Assim, podem surgir alternativas que aumentam a EFICIÊNCIA e EFICÁCIA.
QUAL O MELHOR TIPO DE TAREFEIRO?
Mas, se o sucesso da GESTÃO é diretamente dependente da EFICIÊNCIA dos colaboradores, aqui encontramos alguns obstáculos para o GESTOR definir: qual é o perfil ideal de subordinados?
QUAL O MELHOR TIPO DE TAREFEIRO?
Mas, se o sucesso da GESTÃO é diretamente dependente da EFICIÊNCIA dos colaboradores, aqui encontramos alguns obstáculos para o GESTOR definir: qual é o perfil ideal de subordinados?
PERFIL A: Funcionários que não se conformam com a rotina e com a monotonia?
PESSOAS criativas, inteligentes, motivadas e PROATIVAS? Indivíduos que querem ocupações desafiantes e inspiradoras? Que estão estudando e adquirindo capacitação? Questionadoras? Que não se conformam com a posição atual e sonham em subir na hierarquia? Que raciocinam fora da Caixinha?
PERFIL B: Colaboradores assíduos frequentadores da ZONA DE CONFORTO? Reativos que se acostumaram com a rotina? Conformados?
Que não toleram mudanças? Que vibram com TAREFAS que não promovem a inteligência? Com foco em assuntos que não agregam nada? Subordinados que se conformam com a posição atual e não sonham em subir na hierarquia? Que só esperam pelo dia do pagamento? Que não querem sair da Caixinha? Que abandonaram os estudos, mas, que no ano que vem, sem falta…
ALTERNATIVAS – PERFIL A:
O GESTOR que optar por PERFIL A com o passar do tempo terá que suportar uma pressão de baixo para cima. Funcionários atuando de forma bem-acabada, perfeita e com QUALIDADE TOTAL dão excelentes resultados. Mas, por outro lado, por uma questão de RECIPROCIDADE e em razão de seu desempenho, estes colaboradores pleitearão por recompensas (reconhecimento, aumento, encarreiramento etc.).
Se não houver nenhuma alteração na situação, é provável que ocorra um processo de DESMOTIVAÇÃO. E este desencanto poderá levar membros da EQUIPE a procurarem outras oportunidades dentro da empresa, no mercado de trabalho ou até se arriscar no EMPREENDEDORISMO. O GESTOR terá que usar muito de sua habilidade INTERPESSOAL, diálogo, confiança recíproca e LIDERANÇA.
PERFIL B:
O GESTOR que optar por PERFIL B, com funcionários que atuam em ponto-morto, não sentirá quase nenhum movimento. Porém, a qualidade da EQUIPE fatalmente será abaixo das expectativas (e resultados apenas triviais – DÁ PARA O GASTO – não é a melhor alternativa, mas, é mais cômodo. Serve!). E a ZONA DE CONFORTO se estabelece em todas as direções. Funcionários de PERFIL B na maioria dos casos só sabem trabalhar sob o estilo “COMANDO e CONTROLE”.
PERFIL A+B:
O GESTOR que optar por mesclar os dois perfis de subordinados, hipoteticamente, terá maiores problemas. Com os dois estilo de trabalho, convivendo dentro do mesmo ambiente, será grande a possibilidade de ter que administrar conflitos repetidamente, o que vai influenciar de forma negativa nos resultados. Talvez não seja a melhor opção. Qualquer um dos dois perfis vai solicitar do GESTOR uma grande capacidade de LIDERANÇA e inúmeras situações com probabilidades de enfrentar problemas