As Funções da Inteligência Competitiva

INTRODUÇÃO:

O atual cenário da concorrência no mercado, agravado pelas consequências da PANDEMIA COVID 19, é intenso e dinâmico. Esta competição elevou o nível das exigências das empresas para ter maior eficiência e, ao mesmo tempo, o avanço das TIC (Tecnologias da INFORMAÇÃO e COMUNICAÇÃO) propiciaram novas alternativas. A soma destes fatores levaram as empresas a buscarem recursos para a criação de VANTAGENS COMPETITIVAS.

Uma das novas alternativas que passou a receber atenção especial neste esforço foi o CAPITAL INTELECTUAL.

Assim, a INFORMAÇÃO e o CONHECIMENTO  coletivo criaram mais COMPETÊNCIA, INOVAÇÃO e, consequentemente, maior COMPETITIVIDADE. Esta prática, conhecida como GESTÃO DO CONHECIMENTO cada dia ganha importância na TOMADA DE DECISÃO.

O assunto pode parecer exaustivo. Mas, a experiência mostra que boa parte das organizações tem dificuldade para criar INTELIGÊNCIA ORGANIZACIONAL e transformá-la em INTELIGÊNCIA COMPETITIVA.

Atuando desta forma seus resultados em geral não refletem seu verdadeiro potencial. Por desconhecer o processo ou por comodismo, muitas organizações andam às cegas ou preferem copiar concorrentes. É… é preciso lembrar que copiar é perigoso: a mesma receita pode não dar o mesmo resultado em outra empresa (e também vale para o EMPREENDEDORISMO).

AS SITUAÇÕES

O desconhecimento causa contextos que, em geral, acabam sendo muito desfavoráveis. Há diversos tipos de situações:

1 – Empresas que possuem DADOS e não sabemconvertê-los em INFORMAÇÃO emuito menoscompor alguma forma de CONHECIMENTO.

2 – Empresas que formaram o CONHECIMENTO e não sabem transformar este material em DIFERENCIAL ESTRATÉGICO e em VANTAGEM ESTRATÉGICA.

3 – Empresas que coletam DADOS inconsistentes que geram INFORMAÇÕES inconsistentes queresultam CONHECIMENTO de pouca validade.  

4 – Empresas que possuem muitos DADOS que não geram INFORMAÇÃO e que não resultam em CONHECIMENTO.  

5 – Empresas que possuem DADOS, INFORMAÇÃO e CONHECIMENTO, mas, o CAPITAL HUMANO deixa a desejar. E assim por diante…

Em qualquer ramo de atividade a falta (ou a pobreza) de INTELIGÊNCIA COMPETITIVA deixa a empresa sem fundamentação estratégica, ou seja, sem o caminho seguro para seguir.

O desconhecimento ou mesmo uma interpretação incorreta conduzem a decisões erradas que podem não ter mais volta. Para não comprometer a continuidade da organização, a coleta e a análise de DADOS e INFORMAÇÕES é uma atividade significativa para o planejamento estratégico.

O uso da INTELIGÊNCIA COMPETITIVA no PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO é básico para atuar com DIFERENCIAIS para criar VANTAGEM COMPETITIVA. Este é o conceito moderno para se pensar em criar ESTRATÉGIA EMPRESARIAL.

A INTELIGÊNCIA COMPETITIVA faz com que as empresas trabalhem de forma PROATIVA para estar sempre um passo à frente.

AS FUNÇÕES DA INTELIGÊNCIA COMPETITIVA  

A – Gerenciar INFORMAÇÕES: muitas INFORMAÇÕES sem uma aparente conexão entre si devem analisadas, filtradas e validadas.  O gerenciamento correto estabelece relações e avalia o impacto das INFORMAÇÕES para a organização. Nesta etapa se identifica os fatores, elementos e tendências.

B – Ter CARÁTER OFENSIVO: é a atitude da empresa em sair a campo ou usando formas virtuais deverá coletar os DADOS e as INFORMAÇÕES de forma ética e legal sobre seus concorrentes e sobre o seu mercado de atuação. Tendo caráter ofensivo, a INTELIGÊNCIA COMPETITIVA é ativa ao dar resposta ao que foi pesquisado. 

Cuidado: em muitas oportunidades a coleta de DADOS e INFORMAÇÕES não é feita de maneira ética. A origem pode estar na CULTURA ORGANIZACIONAL da empresa, no modo de ser e de agir dos GESTORES, pela pressão por resultados rápidos e pelo hábito de não se questionar como as INFORMAÇÕES foram obtidas

C – Monitorar o AMBIENTE EXTERNO: é o melhor caminho para antecipar situações futuras e colocar a empresa à frente dos concorrentes.

Esta tarefa intermitente é responsabilidade de todos os níveis para saber para onde olhar, o que pesquisar e o que fazer com os DADOS obtidos.

Assim, é possível prever com maior exatidão as influências sobre a empresa sem se basear apenas em resultados passados. Neste processo, os GESTORES avaliam AMEAÇAS e OPORTUNIDADES definindo ações ofensivas ou defensivas. Também pode ser uma grande oportunidade para verificar falhas internas.

Grande parte dos GESTORES trabalha com muitos DADOS em estado bruto, com poucas INFORMAÇÕES e quase sem nenhuma INTELIGÊNCIA. Um dos papéis do GESTOR moderno é ser o COLETOR ao pesquisar e armazenar DADOS e INFORMAÇÕES (internas e externas). Entretanto, por uma questão de hábito a maioria deles apenas reúne INFORMAÇÕES, mas, só alguns as analisam.

D – Apoiar o processo ESTRATÉGICO: é transformar a INTELIGÊNCIA CORPORATIVA em um instrumento que propicie competitividade em ambientes de forte competição nos negócios. Uma INTELIGÊNCIA COMPETITIVA de qualidade dá maiores condições para minimizar erros e maximizar resultados.

Para que a IC funcione de verdade, a DIRETORIA, a ALTA GERÊNCIA e a MÉDIA GERÊNCIA deverão praticar as HABILIDADES GERENCIAIS e o poder de OBSERVAÇÃO, usar o RACIOCÍNIO LÓGICO, e ter ousadia para Revolucionar quebrar Paradigmas.

Uma empresa que se limitar apenas a copiar o que as outras fazem não pode afirmar que utiliza INTELIGÊNCIA COMPETITIVA. Esta atitude não é considerada como um grande exemplo deESTRATÉGIA EMPRESARIAL.

Agindo desta maneira, maquiando alguns pontos para aparentar ser uma organização inovadora, uma empresa poderá, no máximo, agir raciocinando somente em direção a um melhor resultado operacional. 

E – Disseminar INFORMAÇÕES: disponibiliza o resultado de todo o processo permitindo decisões estratégicas, táticas ou operacionais. Esta função da INTELIGÊNCIA COMPETITIVA exige bom senso e deve seguir alguns critérios. É correto compartilhar INFORMAÇÕES de acordo com o interesse e de acordo com os níveis hierárquicos.

F – Avaliar o PROCESSO: compara o que foi previsto no planejamento e o que foi realizado dentro de cada fase do CICLO DA IC.A finalidade é verificar a riqueza e a qualidade dos DADOS obtidos e os devidos cuidados ao transformá-los em INFORMAÇÕES. Outra providência importante na avaliação do processo é analisar e verificar a confiabilidade e relevância da INFORMAÇÃO:

Informação é confiável: quando provém de uma fonte idônea. Desta forma a INFORMAÇÃO pode ser utilizada como base para se tomar decisões.  

Informação relevante: quando é necessária e útil para alcançar os objetivos e metas pretendidos.

Cuidado: nenhuma INFORMAÇÃO deve ser descartada. O que no momento não é relevante futuramente poderá ter serventia.

Sugestão de Leitura

ANGELONI, MARIA TEREZINHA e outros. ORGANIZAÇÕES DO CONHECIMENTO. Editora SARAIVA. Edição 2ª. São Paulo, 2017.

LAPA, EDUARDO; GOMES, ELIZABETH, RIBEIRO, JANETE; RIOS, FÁBIO. A atuação do profissional de inteligência competitiva. Editora SIMPLÍSSIMO. Porto Alegre, 2016.

DALFOVO, OSCAR; DALFOVO, MICHAEL SAMIR; MACHADO, MIRIAN MAGNUS.  Inteligência COMPETITIVA. Editora Clube de Autores. Edição 1ª. Joinville, 2018.

STAREC, CLÁUDIO e outros. GESTÃO DA INFORMAÇÃO, INOVAÇÃO E INTELIGÊNCIA COMPETITIVA. Editora SARAIVA. Edição 1ª. São Paulo, 2017.

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