INTRODUÇÃO:
O nível de competição no mercado de trabalho vem requerendo, cada vez mais, profissionais com expertise adequada e de acordo com as expectativas da empresa. E além da capacitação técnica, tem crescido a preocupação em relação às características de personalidade que demonstrem aptidão para saber lidar com o emaranhado de relacionamentos existentes no ambiente interno e no ambiente externo da empresa.
O profissional de RH, que têm a responsabilidade pela condução dos processos seletivos, vem analisando as habilidades dos candidatos em dois aspectos: HARD SKILLS e SOFT SKILLS, termos que aos poucos foram sendo incorporados ao vocabulário corporativo. E, para os candidatos, é preciso apresentar o um equilíbrio entre os dois conjuntos de habilidades.
HARD SKILLS
Também são denominadas como as HABILIDADES TÉCNICAS.
São as que podem ser aprendidas ao longo da vida em sala de aula (conforme diploma ou certificação) ou por meio de livros, SITES, materiais de treinamento, apostilas e até na prática do trabalho. Elas são tangíveis, quantificadas com facilidade e comparadas entre os participantes durante os processos seletivos.
Podem ser consideradas como sendo HARD SKILLS (ou HABILIDADES DIFÍCEIS ou HABILIDADES DURAS) a capacitação em:
Engenharia, produção, tecnologia da informação (TI), construção programação, contabilidade, finanças, matemática, direito, saúde, mecânica, tradução e domínio de um segundo idioma, projetos, ensino, pesquisa, edição, redação, digitação, operação de máquinas.
SOFT SKILLS
Também são denominadas como as HABILIDADES COMPORTAMENTAIS ou HABILIDADES LEVES e consideradas subjetivas.
As SOFT SKILLS são competências difíceis de serem avaliadas de forma mais concreta por se tratarem de habilidades interpessoais e referentes à maneira como o indivíduo se relaciona e interage com outros indivíduos (nas modalidades de TRABALHO PRESENCIAL, HÍBRIDO ou ROMOTO).
As SOFT SKILLS (HABILIDADES COMPORTAMENTAIS) envolvem a capacidade de relacionamentos interpessoais, de comunicação e de inteligência social, aspectos muito apreciados e em alta demanda em todos os níveis da hierarquia. São as habilidades que qualquer profissional deveria ter e que não são ensinadas em escolas, treinamentos, cursos e nem fazem parte do conteúdo dos livros didáticos.
Atualmente, a tendência do mercado de trabalho é considerar as SOFT SKILLS (as habilidades sociais) tendo tanto valor ou até mais que as COMPETÊNCIAS TÉCNICAS.
Sem dúvida, apesar das atenções estarem voltadas para as habilidades técnicas para preenchimento de vagas, os selecionadores passaram a adotar critérios diferentes.
A procura por candidatos com HABILIDADES COMPORTAMENTAIS mais perceptíveis vem ganhando força. A conclusão é porque muito mais prático e viável para uma organização desenvolver uma competência técnica (através de programas de treinamento internos) do que desenvolver uma habilidade comportamental.
As SOFT SKILLS (ou HABILIDADES FÁCEIS ou HABILIDADES SOCIAIS) a seguintes características: comprometimento, pró atividade, comunicação eficaz, capacidade de negociação, persuasão, paciência, resiliência, flexibilidade, liderança, automotivação, iniciativa, criatividade, capacidade de atuar em equipe, administração do tempo, ética, capacidade na resolução de problemas, humildade, respeito etc.
HABILIDADE HÍBRIDA
Para os próximos anos a tendência mostra que as organizações estarão direcionando seus processos seletivos para identificar candidatos que equilibrem habilidades técnicas e sociais, que os especialistas estão denominando como HABILIDADES HÍBRIDAS.
Diante de um cenário econômico caracterizado pelo constante avanço tecnológico e feroz competição de mercado, os candidatos com esta mescla de habilidades estão se transformando no alvo de recrutadores. As organizações estão em busca de indivíduos que apresentem as duas habilidades para a maior parte dos cargos. A situação mostra que, por mais que o profissional seja extremamente competente e expert na sua atividade, ele coloca tudo a perder por suas atitudes inconvenientes e agressivas. Não constrói bons relacionamentos, não sabe ouvir, tem falhas de comunicação e não aceita nenhum FEEDBACK, não se adapta e nem trabalha bem ao fazer parte de uma equipe, usa o senso crítico de maneira errada e não consegue ser criativo.
Por outro lado, não adiante se portar como um GENTLEMAN e deixar a desejar no conhecimento básico de sua área de atuação.
Para uma parte dos especialistas, as habilidades de emprego se distinguem pela característica de cada trabalho. As HABILIDADES HÍBRIDAS, que combinam o aspecto técnico e o social, podem variar segundo o perfil do cargo e a cultura da empresa.
Como exemplo, os recrutadores podem estar em busca de funcionários para a área de ALMOXARIFADO que também tenham: habilidade para receber visitantes, atender fornecedores e funcionários de transportadoras, efetuar o controle de informações, manipular planilhas e atualizar banco de dados. Portanto, é preciso um conjunto mais amplo de habilidades.
Além do raciocínio lógico e analítico, os analistas de sistema necessitam as SOFT SKILLS como criatividade e capacidade de apresentar ideias e soluções para indivíduos e grupos.
Então, é estratégico para poder se relacionar com profissionais fora de sua área e isto envolve a capacidade na gestão de pessoas, capacidade para saber ouvir, ter aptidão para escrever textos, talento para se comunicar com CLIENTES INTERNOS e EXTERNOS, solicitar FEEDBACK de usuários e atuar na solução de problemas.
Sugestão de Leitura
MARTINS, JOSÉ CAROLO CORDEIRO. SOFT SKILLS: Conheça as ferramentas para você adquirir, consolidar e compartilhar conhecimentos. Editora BRASPORT. Edição 1ª. Rio de Janeiro, 2017.
SAAD ANDRÉA. e outros. Liderança Com Base nas SOFT SKILLS. Editora Leader. Edição 1ª. São Paulo, 2019.
ANTUNES, LUCEDILE. SOFT SKILLS: competências essenciais para os novos tempos. Editora Literare Books. Edição 1ª. São Paulo, 2020.
