INTRODUÇÃO:
Empresas que pretendem ser bem sucedidas compreendem que o estabelecimento da INTELIGÊNCIA COMPETITIVA (IC), também conhecida como INTELIGÊNCIA ORGANIZACIONAL (IO), requer um canal ininterrupto de coleta de DADOS confiáveis. As decisões estratégicas são contínuas e necessitam ter rapidez. Desta forma, a partir dos DADOS é possível compor a INFORMAÇÃO e a partir dela há a construção do CONHECIMENTO.
A DIRETORIA e ALTA GERÊNCIA devem aprender com os dados históricos, analisar estatísticas atuais, entender pesquisas, INFORMAÇÕES etc.
Dar direção aos negócios com base apenas em experiências passadas, proximidade com o mercado, EMPIRISMO, GAMBIARRA, TENTATIVA e ERRO ou usando “meios menos convencionais” ficou no passado.
E, ao mesmo tempo, foi necessário aposentar definitivamente “equipamentos” tradicionais que durante muitos anos foram parte integrante da capacidade instalada das empresas: o ACHÔMETRO e o DESCONFIÔMETRO.
SEPARANDO CONCEITOS
É comum haver certa dúvida quanto ao entendimento correto sobre DADO, INFORMAÇÃO e CONHECIMENTO levando muitos Gestores a cometerem erros. Para o estabelecimento da INTELIGÊNCIA COMPETITIVA (IC) é útil separar esses conceitos.
DADOS
A palavra tem origem no latim DATUM e significa “aquilo que se dá”. É um código formado por uma associação de letras ou dígitos considerada como a componente base para a INFORMAÇÃO.
Os DADOS servem de apoio, mostram um ou até mais significados que isoladamente não transmitem nenhum conhecimento e não contém nenhum destaque. Ou seja, não há uma mensagem conclusiva que seja a garantia do entendimento de uma determinada situação.
Sem DADOS, não há como se obter INFORMAÇÕES, pois estas são criadas a partir deles. Os DADOS podem ser quantificados, não podem ser qualificados e NÃO são capazes de descrever uma situação em sua totalidade.
“DADOS são uma representação composta de INFORMAÇÃO codificada de uma forma a permitir colocá-las sob processamento eletrônico”. LE COADIC, YVES-FRANÇOIS. A ciência da informação. Editora Briquet de Lemos. Edição 2ª. Brasília, 2004.
“DADO é qualquer elemento identificado em sua forma bruta que por si só não conduz a uma compreensão de determinado fato ou situação”. MÜLBERT, A. L.; AYRES, N. M. Sistema de Informações Gerenciais no Varejo e Serviços. Editora Unisul. Edição 2ª. Palhoça, 2007.
“DADOS são nada mais que a matéria prima da informação. Os dados são descrições de coisas, eventos e atividades os quais sozinhos não conseguem se unir e representar algum significado”. TURBAN, E.; RAINER, R. K.; POTTER, R. E. Administração de tecnologia da informação: teoria e prática. Editora Campus. Rio de Janeiro, 2003.
DADOS PRIMÁRIOS, SECUNDÁRIOS, INTERNOS E EXTERNOS
Pesquisadores ou os GESTORES em seus processos decisórios quando obtêm informações com alguma finalidade, as complementam com DADOS SECUNDÁRIOS que estejam disponíveis em algum lugar.
“DADOS SECUNDÁRIOS são aqueles coletados para alguma finalidade diferente do problema em questão, com dados disponíveis das organizações comerciais, (…) (organizações públicas ou governamentais) e a Internet.” MALHOTRA, NARESH K. Pesquisa de Marketing: foco da decisão. Editora Pearson Prentice Hall. Edição 3ª. São Paulo, 2011.
De acordo com NARESH MALHOTRA, ainda é possível obter outra forma de informação disponível, considerados como DADOS PRIMÁRIOS: “são originados pelo pesquisador (ou gerente) para o problema específico em estudo, como os dados do levantamento”.
Os DADOS PRIMÁRIOS, em geral, são obtidos de alguma forma, e normalmente dentro da própria organização e podem representar uma fonte valiosa para a GESTÃO. Os DADOS PRIMÁRIOS também podem ser complementados por DADOS EXTERNOS disponíveis fora da empresa para formar um banco de dados mais estratégico. Porém, nunca receberam nenhum tratamento para que se gere INFORMAÇÃO e CONHECIMENTO a partir desses dados.
“Quando os DADOS são coletados para solucionar um problema de pesquisa… específico, são denominados dados primários”, DADOS SECUNDÁRIOS são os que “representam quaisquer dados que já foram coletados para outros propósitos, que não sejam o problema em questão”. DADOS EXTERNOS são obtidos em fontes que não estão na organização – publicados em materiais impressos, na internet ou em serviços pagos. Tanto os DADOS EXTERNOS quanto os DADOS INTERNOS contém informações úteis.
O gigantesco volume de DADOS que atualmente está disponível acarretou o crescimento da quantidade e variedade de alternativas de INFORMAÇÕES. Os dados ficam dispersos nas empresas ou em outros tipos de organizações e são coletados por inúmeros indivíduos. Podem ser obtidos em fontes internas, externas e pessoais.
Portanto a INTELIGÊNCIA COMPETITIVA (IC) exige um Sistema de Informação adequado onde todos os componentes integrantes trabalhem em conjunto. Os BANCOS DE DADOS devem permitem a rapidez no uso de grandes volumes de dados, com respostas capazes de antecipar mudanças e decisões estratégicas.
BANCO DE DADOS
É um sistema que permite aos usuários ter a INFORMAÇÃO oportuna, exata e relevante guardada em arquivos digitais (ou físicos). Quando estão bem organizados os usuários e os Gestores poderão ter acesso, recuperar e usar com facilidade a INFORMAÇÃO para o processo decisório.
Arquivos mal gerenciados prejudicam a validade da INFORMAÇÃO, elevam os custos, causam baixo desempenho e não são flexíveis. Arquivos bem mantidos e organizados cuidadosamente facilitam a obtenção de DADOS. Mesmo com o uso de hardwares e softwares excelentes, muitas organizações apresentam sistemas de INFORMAÇÃO ineficientes em função do gerenciamento de arquivos inadequados.
Em muitos casos, os sistemas foram crescendo sem nenhum planejamento consistente. Cada área funcional desenvolveu sistemas de maneira isolada em relação a outras. Vendo a empresa como um todo, esse crescimento formou múltiplos arquivos, mantidos e operados por departamentos separados.
À medida que esse processo prosseguiu ao longo do tempo, as empresas acumularam programas e aplicações sem que ninguém tivesse o conhecimento exato do que estava sendo feito: quais DADOS foram acessados e que fez uso deles. No final do Século XX foram desenvolvidos os conceitos de ARMAZÉM DE DADOS (DATA WAREHOUSE), MINERAÇÃO DE DADOS (DATA MINING), CRM (CUSTOMER RELATIONSHIP MANAGEMENT) etc. O objetivo foi obter, extrair e analisar com DADOS com maior exatidão para a construção da INFORMAÇÃO, a base da INTELIGÊNCIA COMPETITIVA (IC) ou INTELIGÊNCIA ORGANIZACIONAL (IO) e produzir diferencial estratégico.
REDUNDÂNCIA DE DADOS
Esta situação acontece quando os mesmos DADOS se encontram em diferentes aplicativos. Como consequência, ocorrem diversos problemas: retrabalhos, baixo nível de segurança e incapacidade de compartilhamento. Quando isto ocorre um mesmo dado pode ter pequenas diferenças por causa de erros causando vários problemas para o uso da INFORMAÇÃO.