INTRODUÇÃO:
Saber lidar com INFORMAÇÕES e ter a habilidade para formar CONHECIMENTO fez com que os GESTORES tivessem possibilidades maiores de alcançar OBJETIVOS. Ao mesmo tempo, possibilitou ampliar aprendizados, experiências, capacidade de inovação e resultados melhores. As mudanças ocorridas nessa dinâmica de trabalho fizeram com que as empresas entendessem que a construção da INTELIGÊNCIA é a melhor forma de validar o CONHECIMENTO obtido. E dentro de uma visão HOLÍSTICA, este modelo de construção foi exigindo maior qualidade na seleção de RECURSOS INTELECTUAIS (CAPITAL HUMANO ou CONTINGENTE INTELECTUAL competitivo) para as diversas áreas bem como formas ágeis de utilizar INFORMAÇÕES. As empresas se tornaram geradoras de CONHECIMENTO contando com um sistema mais seguro nas TOMADA DE DECISÕES.
O CAPITAL HUMANO
O CAPITAL HUMANO é o único componente com talento verdadeiro e capaz ser o DIFERENCIAL para conduzir uma empresa de forma inteligente.E para que isto aconteça, sua atuação considera o uso de todo o tipo de recursos (intelectuais, tecnológicos, financeiros e materiais)
O CAPITAL HUMANO tem dentro de si fatores básicos que diferenciam empresas bem sucedidas ou não: cultura, talento, valores, gestão e KNOW HOW Mas, é necessário ter sempre em mente que tudo tem início no trabalho bem feito de coleta de DADOS com valor e aplicação prática dentro do seu ramo de atividade.
Então, todas as organizações devem ter CAPITAL HUMANO capacitado para solucionar problemas, tomar decisões corretas, aprimorar de forma ininterrupta os processos administrativos, industriais e de desenvolvimento de produtos/serviços. O CAPITAL HUMANO, verdadeiro construtor das inteligências, é quem deverá ter talento e capacidade transformadora de modo coletivo e não individual.
INFORMAÇÃO, CONHECIMENTO E COMUNICAÇÃO
Num cenário novo e cada vez mais incerto, que tem caracterizado nossa realidade, muitos autores apontam que um GESTOR moderno toma por base três aspectos importantes que atuam inter-relacionados: INFORMAÇÃO, CONHECIMENTO e COMUNICAÇÃO (mesmo atuando na modalidade de TRABALHO REMOTO).Com estes aspectos em equilíbrio, o CAPITAL HUMANO desenvolve a INTELIGÊNCIA ORGANIZACIONAL e a INTELIGÊNCIA COMPETITIVA.
A INTELIGÊNCIA ORGANIZACIONAL
Também é denominada por INTELIGÊNCIA CORPORATIVA. É o poder que uma empresa possui como um TODO (CAPITAL HUMANO+PROCESSOS) que permite a renovação contínua e VANTAGEM COMPETITIVA. LUIZ EVANIO DIAS COUTO define a INTELIGÊNCIA ORGANIZACIONAL como:
”… a capacidade coletiva disponível em uma organização para identificar situações que justifiquem iniciativas de aperfeiçoamento, conceber, projetar, implementar e operar os sistemas aperfeiçoados, utilizando RECURSOS INTELECTUAIS, materiais e financeiros”.
FORMANDO A INTELIGÊNCIA ORGANIZACIONAL
Mesmo sendo uma tarefa muitas vezes trabalhosa, a formação da INTELIGÊNCIA ORGANIZACIONAL, ao contrário do que muitos GESTORES têm em mente, não requer grandes investimentos. Ela é viável em pequenas e médias empresas e não pode ser vista apenas como uma atividade exclusiva de grandes organizações ou multinacionais. A diferença está apoiada na iniciativa de AGIR DE FORMA INTELIGENTE, uma ação que muitas vezes sofre forte oposição. Tudo é passível de ser usado para a formação da INTELIGÊNCIA ORGANIZACIONAL.
Alguns atributos mostram que o emprego da INTELIGÊNCIA ORGANIZACIONAL pode ser notado na empresa pelos seus efeitos:
1 – Clima Motivacional: com a INTELIGÊNCIA ORGANIZACIONAL as empresas estimulam um clima motivador para os colaboradores. Eles desenvolvem o trabalho de forma produtiva (para o âmbito interno) e competitiva (para o âmbito externo).
2 – Gestão do CAPITAL HUMANO: uma organização atualizada tem métodos para identificar e recrutar profissionais capacitados e uma política para RETENÇÃO DE TALENTOS através de incentivos. Por meio de programa de treinamento e desenvolvimento há uso da capacidade intelectual do pessoal já existente e a formação de seus próprios talentos.
Mesmo assim, a maioria das organizações não tem mentalidade ou estrutura para ter na inteligência individual, coletiva ou organizacional como arma para tirar vantagem competitiva sobre a concorrência. O conhecimento humano desperdiçado é visto apenas como uma mera fatalidade.
Muitos GESTORES talentosos e de grande capacidade intelectual são dispensados ou saem das empresas em busca de outras oportunidades no mercado de trabalho ou no EMPREENDEDORISMO. Não encontraram ambiente favorável, nenhum estímulo ou oportunidade para exercerem suas habilidades.
Em muitos casos faltou objetividade por parte da empresa ou os profissionais não suportaram as pressões, a inveja, a deslealdade de outros colegas, a CULTURA ORGANIZACIONAL defasada, a desorganização, as desavenças internas e diversos outros fatores.
3 – Relacionamento com o Mercado: o Marketing estabelece um diferencial no atendimento com os clientes através de bom relacionamento (uma forma de deixar os clientes sempre com boa impressão e conceito positivo em todos os contatos).
4 – Inovação: as organizações inteligentes são criativas e inovadoras. Estão sempre em busca de oferecer novos produtos/serviços, novos conceitos ou formas de atender os clientes e procuram quebrar paradigmas.
5 – Responsabilidade Social: o mercado associa conceito positivo em relação a uma organização que participa com INTELIGÊNCIA de ações sociais.
6 – Sustentabilidade Ambiental: uma empresa que desenvolve processos industriais cada vez mais modernos, de neutralização de emissões para não prejudicar o meio ambiente, também apresentará um conceito diferenciado diante dos clientes. Ou mesmo que sua atividade não gere poluição, ela poderá se engajar em movimentos ou programas de preservação ambiental e reciclagem.
A ORGANIZAÇÃO INTELIGENTE
O professor CHUN WEI WOO da Universidade de Toronto (Canadá) faz pesquisas sobre gestão da INFORMAÇÃO, a busca de INFORMAÇÕES, o MONITORAMENTO AMBIENTAL, APRENDIZAGEM ORGANIZACIONAL e a gestão da TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO.
Segundo o professor CHUN WEI, uma organização é considerada “INTELIGENTE” quando ela identifica, captura, disponibiliza e usa de forma extensiva a INFORMAÇÃO e o CONHECIMENTO. E ao organizá-los, cria condições necessárias para o crescimento sustentável no ambiente em estão competindo.
Se a organização não atuar de forma inteligente não adiantará ter INTELIGÊNCIA ORGANIZACIONAL minuciosa, uma TIC moderna, seguir o que está na PIRÂMIDE DO CONHECIMENTO, COMPARTILHAR CONHECIMENTO etc. Se a organização não atuar de forma inteligente a sua INTELIGÊNCIA ORGANIZACIONAL será somente ORGANIZACIONAL sem ser COMPETITIVA e, portanto, sem VANTAGEM COMPETITIVA.
VANTAGEM COMPETITIVA
Também é conhecida como DIFERENCIAL COMPETITIVO. É uma ou várias características que fazem com que uma empresa, organização, produto/serviço ou um profissional tenha destaque em relação aos seus competidores.
Sugestão de Leitura
CHOO, CHUN WEI. A organização do conhecimento: como as organizações usam a informação para criar significado, construir conhecimento e tomar decisões. Editora SENAC, São Paulo, 2003.
COUTO, LUIZ EVANIO DIAS. Três Estratégias para Turbinar a Inteligência Organizacional. Editora FGV. Edição 1ª. Rio de Janeiro, 2004.
CHIAVENATO, IDALBERTO. Introdução à teoria geral da Administração: uma visão abrangente da moderna administração das organizações. Editora Elsevier. Edição 7ª. Rio de Janeiro, 2003.
DAVENPORT, THOMAS H; PRUSAK, LAURENCE. Conhecimento empresarial. Editora Campus. Edição 4ª. São Paulo, 1999.
VARGAS, L. M.; SOUZA, R. F. O ator de inteligência competitiva (IC) nas empresas: habilidades profissionais e exigências do mercado. REAd, v. 7, n. 6, nov./dez. 2001. Edição especial.
TARAPANOFF, KIRA. Inteligência Organizacional e Competitiva. Editora UNB – Universidade de Brasília. Edição 1ª. Brasília, 2001.