A gestão do CONHECIMENTO

INTRODUÇÃO:

Por uma questão de competitividade e sobrevivência, atualmente as organizações têm procurado destinar investimentos na estruturação adequada do seu CONHECIMENTO. É o efeito de uma dinâmica de mercado diferente e veloz e do simultâneo desenvolvimento das grandes possibilidades da TECNOLOGIA DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO (TIC). Os dois fatores vêm exigindo a busca de novos caminhos.

A evolução que transformou a ECONOMIA trocou os princípios TAYLORISTAS da ERA INDUSTRIAL, apoiada na organização do trabalho, técnicas da produção e em processos mecanicistas pelo perfil de uma SOCIEDADE PÓS-INDUSTRIAL. Esta nova circunstância se apresenta com:

● A expansão do setor de serviços

● O desenvolvimento da TIC (de onde surgiu o termo ERA DA INFORMAÇÃO).

● A ênfase no CONHECIMENTO e na CRIATIVIDADE.

● A transformação das PESSOAS, de meros trabalhadores para ativos fundamentais para que a atividade intelectual se torne mais importante do que a simples execução de tarefas.

A GESTÃO DO CONHECIMENTO (GC)

A GESTÃO DO CONHECIMENTO (ou KNOWLEDGE MANAGEMENT) é a atividade que capta, organiza, compartilha, aplica e protege todo o CONHECIMENTO importante para a empresa.

No momento presente houve também uma mudança ao se atribuir valor a uma organização. Os seus ativos intangíveis, marcas e a INFORMAÇÃO transformada em CONHECIMENTO dão uma ideia muito mais positiva da sua potencialidade. Entendido como um recurso estratégico, o CONHECIMENTO precisa ser GERENCIADO de modo bem inteligente.

E esta GESTÃO atua de forma a converter este CONHECIMENTO num BEM COLETIVO que resulte em riqueza. Então, ele deve ser sistematizado, socializado na organização para maior competência, competitividade para ser o grande diferencial na tomada de decisões estratégicas.

O PAPEL DO GESTOR

Nessa circunstância o GESTOR adquire diferentes posicionamentos e passa a ter um papel mais amplo deixando de ser mais um burocrata da estrutura organizacional. Ele precisa ser instrumento que agregue valor ao explorar o CONHECIMENTO usando criatividade gerando novas ideias, produtos e serviços.

Mas, a princípio, o GESTOR necessita ter a compreensão exata de como é feita a aplicação da GESTÃO DO CONHECIMENTO em uso na empresa (e corrigir eventuais desvios).  Para estender sua atividade, o GESTOR precisa também ter sempre a sua atenção voltada para as ações contínuas de aquisição, recuperação, criação, retenção, disseminação, compartilhamento e aplicação do CONHECIMENTO.

O USO IMPLÍCITO DO CONHECIMENTO

Em muitas organizações não há uma filosofia de trabalho contemplando o uso da GESTÃO DO CONHECIMENTO da forma como os vários autores sobre o assunto prescrevem. Na prática, usam essa praxe de forma implícita.

Para muitos estudiosos, as empresas estabelecidas e START UP’S podem não usar ou conhecer a denominação GESTÃO DO CONHECIMENTO, mas, atuam usando técnicas que podem ser categorizadas como tal. Por questão de hábito, elas entendem o CONHECIMENTO como um material à disposição num processo gerenciado ou não.

Ou seja, mesmo se tratando de uma conceituação atual o compartilhamento e a transferência de CONHECIMENTO podem ser atividades comuns em algumas empresas. A sua CULTURA ORGANIZACIONAL permite que o CONHECIMENTO circule beneficiando o desempenho organizacional e a inovação.

O CAPITAL INTELECTUAL

Compreende a experiência individual de cada trabalhador (de qualquer nível) vindas de sua inteligência, formação e vivência anterior.   

GESTÃO DO CONHECIMENTO E A CULTURA ORGANIZACIONAL

A INFORMAÇÃO e o CONHECIMENTO constroem e garantem a continuidade da empresa no mercado pela qualidade das decisões estratégicas. O processo traz a oportunidade da maior interação entre os departamentos e seus colaboradores, a troca de experiências, a ampliação do CAPITAL INTELECTUAL e inovações.

Contudo, em muitas oportunidades, a CULTURA ORGANIZACIONAL faz com que todo o trabalho de formação da INTELIGÊNCIA COMPETITIVA (IC) venha a valorizar apenas o que é proveniente do ambiente externo.

Infelizmente, a experiência mostra que a CULTURA ORGANIZACIONAL muitas vezes não percebe que uma parcela considerável do CONHECIMENTO que a empresa necessita está no seu ambiente interno.

COMPETÊNCIA – VALDEMAR W. SETZER

…entendo como COMPETÊNCIA uma capacidade já demonstrada de produzir algo, em particular socialmente útil. Uma pessoa pode ter muita informação e conhecimento de Paris, mas não pode dizer que é um guia competente nessa cidade, se não puder mostrar como já serviu de guia na mesma. A competência envolve uma AÇÃO FÍSICA (e não simplesmente uma sintaxe, uma semântica ou uma pragmática como nos outros conceitos), e é SUBJETIVA – OBJETIVA: ela existe interiormente em uma pessoa, é sua propriedade exclusiva, mas a produção de algo a partir dela pode ser vista por qualquer um. É interessante notar que uma COMPETÊNCIA sempre envolve uma certa HABILIDADE sobre uma determinada ÁREA DE CONHECIMENTO, por exemplo, a habilidade de traduzir textos de uma dada língua estrangeira.

SETZER, V. W. Dado, Informação, Conhecimento e Competência. DataGramaZero, v. 0, n. 0, 1999.

Sugestão de Leitura

DAVENPORT, THOMAS; PRUSAK, LAURENCE. Conhecimento empresarial: como as empresas gerenciam o seu capital intelectual. Editora Campus. Edição 1ª. Rio de Janeiro, 1998.

TEIXEIRA FILHO, J. Gerenciando conhecimento: como a empresa pode usar a memória organizacional e a inteligência competitiva no desenvolvimento dos negócios. Editora SENAC. Rio de Janeiro, 2000.

BATISTA, EMERSON DE OLIVEIRA. Sistema de Informação: o uso consciente da tecnologia para o gerenciamento. Editora Saraiva.  Edição 2ª. São Paulo, 2013.

BIO, SÉRGIO RODRIGUES. Sistemas de informação: um enfoque Gerencial. Editora Atlas. Edição 2ª. São Paulo, 1985.

FOINA, PAULO SÉRGIO. Tecnologia de Informação: planejamento e gestão. Editora Atlas. Edição 3ª. São Paulo, 2013.

CHIAVENATO, IDALBERTO. Administração: Teoria, Processo e Prática. Editora Pearson Education do Brasil. Edição 3ª. São Paulo, 2000.

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