3 – Inventário e Acurácia

A ACURÁCIA tem sido um dos indicadores mais importantes para a LOGÍSTICA das empresas. Muitas vezes, os GESTORES responsáveis pela área verificam casos de discrepâncias. Elas foram resultantes da forma como a ACURACIDADE foi mensurada e, na maioria dos casos, pela falta de uma normatização ou por um trabalho sem padrão: os resultados estarão distorcidos e imperfeitos.

Para a empresa ofertar itens para comercialização ou verificar o momento adequado do RESSUPRIMENTO, a contagem física confiável é fundamental para estar o mais próximo possível da realidade – Se quantidade de produtos disponíveis estiver incorreta, haverá grandes possibilidades de prejudicar o atendimento aos clientes (internos e externos).

    Itens      SKU    Controle Contábil    Inventário Físico    Itens Divergentes      ACURÁCIA
  1    EMBALAGENS  1.000    950    -50    X  
  2    AGROTÓXICOS  150    164    +14    X  
  3    SEMENTES  20.000    20.000    0    OK  
  4    VACINAS  500    500    0    OK  
  5    FERRAMENTAS  380    300    -80    X  
  6    RAÇÕES  100    100    0    OK  
  7    NUTRIÇÃO FOLIAR  500    528    +28    X  
  8    FERTILIZANTES  2.000    2.000    0    OK  
  9    IMPORTADOS  50    50    0    OK  
  10    CORRETIVOS  2.000    2.000    0    OK  
     Totais    26.680    26.592    172 SKU’S    4 Ocorrências  

Dependendo do resultado obtido, a GESTÃO poderá analisar a situação e investigar onde estão as falhas. Em geral, são considerados 3 níveis de ACURÁCIA:

1 – Entre 0% e 30%: o resultado obtido nestes níveis demonstram que há muita  insegurança em relação a qualidade dos trabalhos que vêm sendo realizados. Desta forma, o risco de erros e suas consequências são muito elevados.

2 – Entre 30% e 90%: neste nível o risco é considerado como moderado. Mas, mesmo assim, há a existência de divergências e os resultados são inconsistentes e diferentes do INVETÁRIO FÍSICO.

3 – Entre 90% e 100%: o ESTOQUE FÍSICO de produtos é confiável em relação aos resultados do sistema. Acima de 90% a confiabilidade e a segurança já demonstram menor risco, maior segurança e menos dependência de variações em comparação com a realidade. Provavelmente, ocorreram pequenos enganos que serão ser corrigidos com facilidade.

O trabalho do INVENTÁRIO poderá apontar dois modos de DIVERGÊNCIAS: A – SKU’S com divergências positivas quando a contagem física é maior do que o REGISTRO CONTÁBIL (são as sobras) e B – SKU’S com divergências negativas quando a contagem física é menor do que o REGISTRO CONTÁBIL (as faltas). É preciso averiguar onde está o início dos problemas e a causa dos erros na confrontação entre os REGISTROS CONTÁBEIS e as quantidades físicas.

As falhas no sistema e imprevistos acontecem. Mas, o fator humano pode ser a causa do CONTROLE INEFICIENTE e das rotinas mal planejadas e mal executadas. E não é só por causa dos lançamentos de INFORMAÇÕES incorretas no sistema, pois, as INCONSISTÊNCIAS podem ter início em diversas OPERAÇÕES:

É necessário agir de imediato em conjunto com a CONTABILIDADE para realizar a  RECONCILIAÇÃO e os devidos AJUSTES. A ACURACIDADE não se volta só para aspectos financeiros da contabilização dos estoques. O foco está voltado para o ponto de vista operacional na grande preocupação em conferir e legitimar a existência (ou não) dos itens. Um erro (positivo ou negativo) pode gerar problemas na EFICÊNCIA OPERACIONAL.

A avaliação da ACURACIDADE também tem influência no planejamento dos estoques e, principalmente, no atendimento aos clientes. Por estas razões, muitas empresas estão abandonando os INVENTÁRIOS ANUAIS pelos INVENTÁRIOS PERMANENTES objetivando sempre o CONTROLE mais rigoroso (quantidades e valores) e corrigir de imediato qualquer tipo de DIVERGÊNCIA.

Dependendo do item, as DIVERGÊNCIAS não são levadas em conta ou mesmo entendidas como erros graves cometidos na contagem.Os pequenos erros de contagemno INVENTÁRIO podem ser assinalados como DIFERENÇAS  RESIDUAIS.

No PLANEJAMENTO, a GESTÃO poderá prever ações para estar continuamente examinando as operações e fazer as correções necessárias para aumentar a ACURÁCIA.

A – Verificar os procedimentos no RECEBIMENTO DE MERCADORIAS (entradas e as eventuais trocas e devoluções), a CONFRÊNCIA e os lançamentos no sistema. 

B – Verificar os procedimentos das saídas dos itens (para a linha de produção, perdas, estoque de produtos acabados, vendas/faturamento, expedição, devoluções dos clientes, descarte etc.).

C – Verificar problemas relacionados às operações do sistema (WMS – Warehouse Management System  ou OCR) e os meios disponíveis apropriados como os coletores de dados, tabletes e outros.

D – Verificar as condições da ARMAZENAGEM: LAY OUT, espaço físico, acessos, segurança, IMPACTOS AMBIENTAIS, insalubridade, sinalização, endereços, elétrica, hidráulica, manutenção civil, trânsito, equipamentos de movimentação etc.

E – Implantar o INVETÁRIO ROTATIVO para facilitar o processo do INVETÁRIO GERAL.

F – Verificar a qualidade da mão de obra. Se for preciso, será necessário rever processos de RECRUTAMENTO E SELEÇÃO em uso, as necessidades de TREINAMENTO, grau de ENGAJAMENTO e nível de MOTIVAÇÃO.

G – Verificar se os métodos de controle da CONTABILIDADE estão sendo feitos de maneira correta.

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