Downsizing – Conceito

INTRODUÇÃO:

O DOWNSIZING é outra ferramenta que pode ser usada na GESTÃO DE MUDANÇAS. O termo vem do inglês DOWN que significa baixo e SIZING que significa dimensionamento, tamanho. Ou, numa tradução literal, DOWNSIZING pode ser entendido como “DIMINUIR DE TAMANHO”.

Sua origem remonta a década de 1970, nos EUA, por conta dos choques do petróleo e das crises econômicas que persistiram até final dos anos 80.

O processo incluiu fusões, aquisições e incorporações de empresas em diversos segmentos.

DOWNSIZING – Ferramenta de GESTÃO DE MUDANÇAS

O DOWNSIZING foi considerado a melhor técnica de ADMINISTRAÇÃO para eliminar processos desnecessários e diminuir o peso da burocracia excessiva. Estes dois fatores tornavam as empresas lentas e sem capacidade de resposta rápida prejudicando a velocidade na tomada de decisões. Outros conceitos sobre este tema apontam como a redução de pessoal planejada pelas empresas.

DOWNSIZING – OBJETIVOS

Tornar a empresa mais ágil seguindo um conceito de REESTRUTURAÇÃO ADMINISTRATIVA eliminando atividades, processos, burocracia e estruturas desnecessárias. É tornar a empresa eficiente e mais enxuta possível. O resultado é a redução do tamanho inclusive nos níveis gerenciais. Mas, o principal objetivo é baixar custos diminuindo o tamanho da empresa.

A empresa se torna mais fácil de ser gerenciada ao eliminar, em definitivo, PROCESSOS que não tiverem mais serventia na área administrativa, nos níveis gerenciais e na produção. Parte do que foi suprimido poderá ser terceirizada (OUTSOURCING – terceirização ou subcontratação no mercado). A redução da hierarquia horizontaliza e aproxima a alta direção dos níveis operacionais para exercer um controle mais rigoroso.  

DOWNSIZING – REDESENHANDO A PIRÂMIDE  

Portanto, a empresa passa a ter uma estrutura menor, de maior agilidade, de menor custo, com baixo nível do RUÍDO NA COMUNICAÇÃO.

A formação da nova PIRÂMIDE pode acontecer por transferências, incentivo a aposentadorias, cancelamento de processos de contratação, planos de demissão voluntária e demissões em massa (mas, manter os talentos é importante). Muitas tarefas também poderão ser delegadas para os funcionários “SOBREVIVENTES” de nível hierárquico mais baixo. É um incentivo para funcionários de menor importância, com a oportunidade de crescimento, em uma estrutura que ficou mais achatada. Menor número de pessoas com responsabilidade maior e maior poder de decisão.

DOWNSIZING E REENGENHARIA

Se a REENGENHARIA faz mudanças REFORMULANDO a empresa e a forma de trabalho, o DOWNSIZING parte de um princípio diferente.

É transformar a empresa ELIMINANDO e não REDESENHANDO.O DOWNSIZING elimina postos de trabalho…

O início do DOWNSIZING é planejar a transformação da empresa para que ela seja eficiente e eficaz com o mínimo possível de recursos diminuindo o seu tamanho. Diversos estudiosos afirmam que o DOWNSIZING é a primeira providência a ser tomada imediatamente ao menor sinal de resultados desfavoráveis.

Esta alternativa desenfreada é muito comum, em geral, não segue critérios muito bem definidos. E para piorar, pode resultar em erros graves e injustiças sem esperar que a situação retorne ao normal.

Outros afirmam que o emprego do DOWNSIZING é a derradeira alternativa racional. É utilizada como o último cartucho, o Ás na manga, quando uma empresa se encontra numa situação crítica à beira da falência.

Diversos estudiosos afirmam que o DOWNSIZING  é a sequencia natural após a REENGENHARIA dentro da GESTÃO DE MUDANÇAS. Mas, os objetivos são distintos.

O DOWNSIZING  E A ESTRATÉGIA

O DOWNSIZING  pode ser uma ação proativa ou reativa que demanda um planejamento, de acordo com os objetivos da ESTRATÉGIA da empresa, alinhada com as expectativas dos STAKEHOLDERS.

Em curto prazo, o DOWNSIZING tem um efeito psicológico muito ruim e prejudica a MOTIVAÇÃO por causa da ameaça real que envolve reestruturação, achatamento da estrutura e demissões como a pior consequência possível. O ambiente profissional se torna ainda mais hostil.

Em longo prazo o DOWNSIZING permite um crescimento sustentado da empresa.

Dependendo da ESTRATÉGIA a expansão de mercado será mais fácil, a modernização da empresa mais rápida, as tarefas terão maior racionalidade, produtos/ serviços de maior qualidade e, principalmente, sem burocracia desnecessária e estruturas enxutas. Assim é possível MAPEAR e saber por onde “ENXUGAR” a empresa.

O DOWNSIZING é uma das Ferramentas da Gestão de Mudanças mais conhecidas (ou temidas) nos processos de reestruturação organizacional. É muito empregada, haja vista através da imprensa as frequentes informações sobre corte de pessoal e dispensas de funcionários.

Mas, o DOWNSIZING também é alvo de duras críticas por ser entendido como a única tábua de salvação e a única forma das empresas diminuírem custos e obter maiores lucros. Muitas opiniões afirmam que o DOWNSIZING é o próximo passo (natural) após a REENGENHARIA.

Mas, a experiência mostra que esta Ferramenta é o resultado de outra situação: a empresa não se torna ineficiente do dia para a noite. Se ao longo do tempo os GESTORES já tivessem tomado as devidas precauções, corrigindo as falhas da organização, muito provavelmente o DOWNSIZING seria desnecessário. Outra crítica comum a este processo se refere a forma como ele é estabelecido: em geral não tem um planejamento bem elaborado, é visto como uma solução de curto prazo e, muitas vezes, é injusto ao punir bons funcionários.

Sugestão de Leitura

TOMASKO ROBERT M. Downsizing – Reformulando e Redimensionando Sua Empresa para o Futuro. Editora Makron Books, Edição 1ª. São Paulo, 1992.

TOMASKO ROBERT M. RETHINKING – Repensando as Corporações. Reengenharia e Gestão de Mudanças. Editora Makron Books, Edição 2ª. São Paulo, 1998.

WETZEL, ÚRSULA. Histórias de Recomeço: Privatização e Downsizing. Editora ‏ Mauad X. Edição 1ª. Rio de Janeiro, 2009.

TOMASKO ROBERT M. Crescer – Não Destruir.  Editora Campus. Edição 1ª. Rio de Janeiro, 1999.

DRUCKER, PETER. Administrando para o futuro. Editora Pioneira. São Paulo, 1992.

FRANCO, SIMON. Criando o próprio futuro – o mercado de trabalho na era da competitividade. Editora Ática. Edição 5ª. São Paulo, 2001.

HAMEL, GARY; PRAHALAD, COIMBATORE KRISHNARAO. Competindo pelo futuro. Editora GEN Atlas. Edição 1ª. São Paulo, 2005. 

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