INTRODUÇÃO:
AARMAZENAGEM é a denominação genérica e ampla que abrange toda e qualquer atividade do local em que se executa, desde a GUARDA TEMPORÁRIA até a EXPEDIÇÃO dos produtos. Mesmo sendo vista como uma atividade meramente operacional, ela cresceu em importância por influenciar os custos, influenciar o processamento e a expedição dos pedidos emitidos pelo departamento de vendas e no suporte necessário para a área de produção.
ATIVIDADES BÁSICAS
O processo de ARMAZENAGEM considera 6 atividades básicas relacionadas e dependentes: recebimento, conferência, estocagem, PICKING – Separação de pedidos, PACKING – Embalagem e a expedição. Desta maneira, trata-se de um trabalho relevante nas operações da LOGÍSTICA por ter a incumbência na organização, localização e ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS.
Para que todo este processo seja efetivo, atendendo sem atrasos e problemas as solicitações internas e os pedidos dos clientes, é necessário que as atividades sejam executadas de acordo com um PLANEJAMENTO e gerenciamento apoiado por estruturas, meios condizentes, tecnologia e espaço físico compatível.
CRITÉRIOS DE ARMAZENAGEM
De acordo com os tipos de materiais e com as regras estabelecidas pela empresa, o processo da ARMAZENAGEM poderá ser complexo ou, até mesmo, uma atividade mais fácil de ser executado seguindo determinados CRITÉRIOS.
Os locais de ARMAZENAGEM devem ser mantidos limpos e periodicamente higienizados, desinfetadas, livres de resíduos que possam atrair insetos, roedores, morcegos, pássaros etc.
1 – Os CRITÉRIOS necessários levam em consideração os cuidados de acordo com os seus atributos: volume (cubagem), forma, fragilidade, perecibilidade, oxidação, peso etc. Há outros CRITÉRIOS especiais indicados para materiais cujas propriedades físicas exijam tratamento diferenciado com ARMAZENAMENTO em ambientes próprios, isolados e com normas rígidas de segurança por sua combustibilidade, explosividade, inflamabilidade, volatização, corrosão, intoxicação, radiação etc.
2 – Os CRITÉRIOS e os cuidados na armazenagem dos materiais também analisam fatores como o local (recinto coberto ou não), LAY OUT, cuidados rigorosos de preservação, embalagens adequadas, arrumação e limpeza contínuas, segurança contra intempéries, furtos, incêndios etc.
3 – Os CRITÉRIOS bem estipulados poderão favorecer a utilização do espaço de forma inteligente, utilização correta dos recursos disponíveis (mão-de-obra, sistemas, equipamentos), acesso rápido a todos os materiais.
Mas, é prudente que a empresa antecipe algumas medidas para a ARMAZENAGEM analisando seis fases: as condições dos materiais no recebimento, a identificação exata, endereçamento adequado (a localização física – o ponto destinado à sua LOCAÇÃO ESTÁTICA), embalagens, meios de controle e as práticas em uso para a separação e distribuição.
4 – A literatura disponível sobre LOGÍSTICA e CADEIA DE SUPRIMENTOS vem sando ampliada em trazendo novos ideias. Segundo a opinião de especialistas, também há mais alternativas que as empresas poderão usar como CRITÉRIOS DE ARMAZENAGEM (ou MÉTODOS DE ARMAZENAGEM): volume, nível de demanda, semelhanças físicas, valor, correlação etc. O objetivo sempre será guardar, proteger e preservar o material até que ele seja requisitado:
4.1 – Estocagem em função de Demanda: também é conhecida por Armazenagem por Frequência. Os materiais que tenham maior movimentação são estocados tão próximo quanto possível da saída.
4.2 – Estocagem em função de Valor: os materiais que tenham maior valor são estocados tão próximo quanto possível da saída. Dependendo do CRITÉRIO adotado pela empresa, os de menor valor poderão são estocados tão próximo quanto possível da saída.
4.3 – Estocagem em função de Semelhança: também é conhecida por Armazenagem por Agrupamento ou por Correlação. Este CRITÉRIO procura agrupar os materiais similares facilitando a arrumação e a localização. Contudo, nem sempre permite o melhor aproveitamento do espaço.
4.4 – Estocagem em função de Acomodação: também é conhecida por Armazenagem por Tamanho e permite o aproveitamento mais racional de espaço físico disponível.
4.5 – Estocagem especial: são os PRODUTOS PERECÍVEIS que deverão ser armazenados em ambiente climatizado segundo a temperatura indicada pelo fornecedor para manter a integridade e a qualidade.
Assim, exigem medidas incluindo temperatura de armazenamento compatível para impedir a perda de valor e a deterioração.
5 – O EMPILHAMENTO é um CRITÉRIO que muitas vezes é negligenciado e não recebe a atenção devida. A atividade não é apenas colocar um material um sobre o outro de qualquer maneira e sem cuidado. Ele deve ser feito com zelo e ser coerente para facilitar a distribuição.
A disposição correta permite que o EMPILHAMENTO possibilite a contagem mais rápida dos materiais e de forma segura:
– Verificar a resistência das embalagens e obedecer as indicações dos fabricantes.
– Respeitar o “Pé direito”, o limite máximo de altura do teto (não deve ultrapassar um metro de distância) para servir de garantia para a ventilação e a facilitar a movimentação.
– Utilizar caixas de madeiras sobrepostas ou paletes.
– Verificar a firmeza e a movimentação de unidades que estiverem na parte superior para que não interfiram nos itens que permanecerão na base.
– Fazer a programação das operações de movimentação dos materiais de forma única evitando a movimentação em separado. – Evitar movimentações desnecessárias para não desperdiçar tempo com carga, descarga e controles.
OS DESAFIOS PARA A ARMAZENAGEM
Em qualquer um dos CRITÉRIOS a serem escolhidos, o ARMAZENAMENTO é responsável pela manutenção de produtos e ingredientes num ambiente propício. Portanto, a ARMAZENAGEM deve executar suas operações com precisão, movimentar e estocar maior número de itens, saber atuar com CUSTOMIZAÇÃO e com os altos e baixos da LOGÍSTICA.
Sugestão de Leitura
PAOLESCHI, BRUNO. Estoques e Armazenagem. Editora Érica. Edição 1ª. São Paulo, 2013.
FIGUEIREDO, K.F.; FLEURY, P.F. WANKE, P. Logística e gerenciamento da cadeia de suprimentos: Planejamento do fluxo de produtos e dos recursos. Editora Atlas. São Paulo, 2003.
RODRIGUES, PAULO ROBERTO AMBRÓSIO. Gestão Estratégica da Armazenagem. Editora Aduaneiras. Edição 3ª. São Paulo, 2017.
GONÇALVES, PAULO SÉRGIO. Administração de materiais. Editora Elsevier. Rio de Janeiro, 2007.
CARILLO JR, EDSON; BANZATO, EDUARDO, BANZATO, JOSÉ MAURÍCIO; MOURA, REINALDO A.; RAGO, SIDNEY F. TRAMA. Atualidades em Armazenagem. Editora IMAM. São Paulo.
CHIAVENATO, IDALBERTO. Gestão de materiais: uma abordagem introdutória. Editora Manole. Edição 3ª. Barueri, 2014.
FERREIRA, PAULO CÉSAR PEGAS. Técnicas de Armazenagem. Editora QUALITYMARK. Rio de Janeiro, 1994.