Estratégias da Gestão de Estoques

INTRODUÇÃO:

A GESTÃO DE ESTOQUE é a prática que cuida do CONTROLE, armazenamento e acompanhamento dos itens estocados no ARMAZÉM. A GESTÃO tem se tornado um elemento primordial no acompanhamento e monitoramento da CADEIA DE SUPRIMENTOS ao ordenar todas as operações abrangendo desde o recebimento dos itens até ser entregue ou aos clientes (âmbito interno e externo).

A GESTÃO DE ESTOQUE

Tem por objetivo encontrar um equilíbrio para evitar a falta ou o excesso de mercadorias. É uma grande preocupação – esta desarmonia pode significar prejuízos para o atendimento aos clientes ou as finanças da empresa. Administrar é a prática que envolve a definição do tipo de ESTOQUE e as formas de organização e INVENTÁRIO. É o que vai possibilitar que a empresa mantenha suas operações, o aproveitamento de recursos disponíveis para ser COMPETITIVA ao atender todos os tipos de demanda em qualquer período.

Os cuidados com o armazenamento e movimentação vêm evoluindo de forma constante desde as últimas décadas do Século XX. A COMPETITIVIDADE também passou a ser obtida na maneira de preservar e manter a qualidade dos materiais em ESTOQUE e na tecnologia empregada para atender às necessidades dos clientes e da empresa.   

Os ESTOQUES passaram a ter um aspecto decisivo para o funcionamento da CADEIA DE SUPRIMENTOS e, para muitas empresas, sua GESTÃO foi acrescentada ao planejamento da ESTRATÉGIA organizacional para:

● Desenvolver de novos produtos . ● Ter maior eficiência na produção.

● Ter disponibilidade de suprimentos.

● Ter ACURÁCIA com CONTROLE rigoroso e informações precisas sobre o registro do fluxo de entradas e saídas.

● Atender aos clientes de forma efetiva diminuindo o tempo de resposta, LEAD TIME e elevando o NÍVEL DE SERVIÇO.

“Nível de serviço ao cliente é um objetivo fixo pela alta administração. Comporta objetivos de desempenho que a função de estoque deve ser capaz de cumprir. O nível de serviço pode ser definido em termos de tempo de ciclo de pedido, de percentagem de quantidades atendidas, ou de qualquer combinação desses objetivos”. BOWERSOX, DONALD  J.; CLOSS, DAVID J. Logística empresarial: o processo de integração da cadeia de suprimento. Editora Atlas. São Paulo,2001 (p.229).

● Facilitar as tomadas de decisões. ● Ampliar o número de fornecedores e parceiros.

● Prever futuras demandas. ● Ter ESTOQUES com localização favorável.

● Planejar o arranjo físico e seu uso eficiente. ● Contar com mão-de-obra qualificada.

● Minimizar perdas e os custos gerados pelos ESTOQUES.

ESTRATÉGIAS DE ESTOQUE

É possível verificar diversas estratégias disponíveis na literatura, de acordo com a visão de cada especialista sobre o assunto. Mas, independentemente das opiniões, o objetivo será sempre aprimorar a GESTÃO e os processos operacionais do ESTOQUE segundo a realidade de cada empresa.

1. Planejar o ESTOQUE

Planejar o estoque é considerado a primeira e a ESTRATÉGIA principal. Mas, é preciso analisar cuidadosamente os diversos interesses envolvidos: a área financeira pleiteia ESTOQUES reduzidos visando melhorar o fluxo de caixa, o departamento comercial pede um estoque elevado que garanta que não haverá falta de produtos para os clientes e o setor de produção tem interesse em um estoque elevado para poder trabalhar com maior segurança.

2. Conhecer o comportamento do MERCADO

Um dos principais obstáculos para o planejamento do ESTOQUE é conhecer com extrema precisão o comportamento do mercado e as oscilações que possam ocorrer na OFERTA e na DEMANDA. Acertar as estimativas de vendas com 100% de certeza é impraticável diante da dinâmica dos negócios.

Contudo, é preciso ter um CONTROLE eficiente para uma percepção mais realista.  O objetivo é definir, por meio de INFORMAÇÕES e ESTÍSTICAS, os produtos de maior saída e os de menor procura, valores e margens. Os GESTORES deverão contar com uso de sistemas atualizados, acompanhar emissão de relatórios, analisar a CURVA ABC e verificar o envolvimento das diversas áreas do negócio.  

3. Classificação

Há algumas práticas que contribuem para a maior qualidade a GESTÃO do ESTOQUE: CLASSIFICAÇÃO DO MATERIAL, CODIFICAÇÃO, DESCRIÇÃO e ENDEREÇAMENTO (a localização) dos itens.

A CLASSIFICAÇÃO – deverá ser realizada em função da diversificação e segundo as características dos materiais: forma, cubagem, peso, tipo, uso, data de validade, valor etc.

A CODIFICAÇÃO – deverá conter todas as informações por meio de números e/ou letras, com base na CLASSIFICAÇÃO definida para o item. 

Os dois procedimentos também terão validade ao estabelecer os procedimentos corretos para o CONTROLE eficiente, no ARMAZÉM e no ALMOXARIFADO. Para aumentar a eficiência e a rapidez na movimentação, o sistema deverá incluir a DESCRIÇÃO do item e sua LOCALIZAÇÃO.

Estas quatro providências vão impedir a perda de tempo para procurar qualquer produto e erros no encaminhamento ao requisitante.

4. Processos em uso

Um dos requisitos para se proceder a uma GESTÃO bem sucedida requer um conhecimento detalhado dos processos operacionais em andamento no ESTOQUE: como são efetuados os CONTROLES das entradas, saídas e devoluções, a confiabilidade das INFORMAÇÕES o tempo de duração das atividades, qualidade do material humano etc. Desta forma, será possível avaliar a situação com o levantamento de PONTOS FORTES, PONTOS FRACOS, custos, incoerências e falhas a serem ajustadas nas rotinas.

5. Movimentação

Além da análise dos Processos em uso, outra forma de que poderá contribuir para a GESTÃO DE ESTOQUES é o CONTROLE e a verificação da produtividade nos processos e nos equipamentos de Movimentação em uso na empresa.

6. Arranjo Físico (LAY OUT)

Muito do que se pode avaliar no desempenho da Movimentação também está relacionado ao LAY OUT e ao ARRANJO FISICO do ESTOQUE. Estes dois aspectos muitas vezes são negligenciados pelas empresas.

Mas, a disposição das prateleiras, PORTA PALETES, o aproveitamento do PÉ DIREITO e adequação dos corredores para a circulação contribuem para o trabalho. Ao mesmo tempo, é preciso manter o local em condições de segurança, limpo e organizado. O ESTOQUE em ARMAZÉM, ALMOXARIFADO ou CENTRO DE DISTRIBUIÇÃO deverá fazer o ARRANJO FÍSICO ser um aspecto favorável para facilitar o fluxo dos materiais, PICKING, movimentação e maior facilidade de manejo no local.

7. Fornecedores

Para alguns especialistas, as ESTRATÉGIAS DE ESTOQUE também devem considerar a busca de novos FORNECEDORES para que a empresa tenha mais alternativas para construir PARCERIAS dentro da CADEIA DE SUPRIMENTOS, produtos diferenciados e prazos de pagamentos e entrega.

8. Inventário

Criar a cultura dos INVENTÁRIOS ROTATIVOS (mensais ou bimensais) em substituição ao INVENTÁRIO anual. O trabalho poderá ser feito em todo o ESTOQUE ou através de amostragem de alguns itens. A finalidade é manter os DADOS e INFORMAÇÕES constantemente atualizados confirmando se a quantidade no SISTEMA coincide com o ESTOQUE físico e com a CONTABILIDADE.

9. Sistemas

Sem dúvida, a TECNOLOGIA é capaz de dar rapidez às atividades, minimizar erros, retrabalhos e substituir atividades burocráticas e que causam desmotivação. Os sistemas geram e acumulam INFORMAÇÕES confiáveis, em tempo real, e diversas possibilidades de relatórios detalhados, MÉTRICAS e INDICADORES para os envolvidos. Há várias alternativas: ERP, WMS, RFID, CÓDIGO DE BARRAS… Porém, os sistemas automatizados solicitam atualizações.

10. Localização Geográfica

A ESTRATÉGIA da GESTÃO DE ESTOQUES, dependendo do tamanho da empresa, poderá levar em conta as localizações dos seus negócios. Os ESTOQUES poderão ser alocados em regiões mais convenientes considerando fatores como os custos de energia, proximidade com a clientela, qualidade da mão-de-obra e MODAIS de transporte.

A QUALIDADE DA GESTÃO

Para cada tipo de empresa, as ESTRATÉGIAS DE ESTOQUE poderão ser aplicáveis de acordo com as necessidades e objetivos. Contudo, o fundamento está na qualidade da GESTÃO. O ESTOQUE requer um acompanhamento sistemático e detalhado para eliminar as prováveis falhas (origens/causas – consequências – correções definitivas). Uma GESTÃO competente deverá pensar estrategicamente, atuar sem improvisos e ser hábil para antecipar tendências. Há opiniões afirmam que as ESTRATÉGIAS DE ESTOQUE poderão incluir a definição do ESTOQUE MÍNIMO e ESTOQUE MÁXIMO para cada produto e acompanhar o custo médio de cada produto.

Ter capacitação para estocar materiais.

Rigor no recebimento e conferência dos materiais.

Rigor na tarefa para o registro de entrada e saída de mercadorias.

Listar Enumerar e controlar os materiais para manuter o estoque.

Conferir materiais para o inventário.

Rigor na movimentação dos materiais (estocagem, produção e expedição).

Rigor na elaboração e  emissão de documentos e relatórios das atividades. 

Sugestão de Leitura

CORREA, LUIZ HENRIQUE. Administração de cadeias de suprimento e logística. Editora Atlas. Edição 1ª. São Paulo, 2014.

VIANA, JOÃO JOSÉ.   Administração de materiais: um enfoque prático. Editora Atlas. Edição 1ª. São Paulo, 1999.

BERTAGLIA, PAULO ROBERTO. Logística e gerenciamento da cadeia de abastecimento. Editora Saraiva. Edição 2ª. São Paulo, 2009.

DIAS, MARCO AURÉLIO P. Administração de Materiais: uma abordagem logística. Editora Atlas. Edição 5ª. São Paulo, 2010.

BOWERSOX, D. J.; CLOSS, D. J. Logística empresarial: o processo de integração da cadeia de suprimento. Editora Atlas. São Paulo, 2001.  

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