INTRODUÇÃO:
Muitas opiniões que afirmam que o COWORKING é apenas uma evolução do HOME OFFICE. Deixando de lado a polêmica, o que deve ser entendido é que no final do Século passado a ideia do ambiente de trabalho tradicional já mostrava claros sinais de ser uma fórmula “DÉMODÉ”.
BERNIE DE KOVEN
O conceito COWORKING foi criado em 1999 por BERNIE DE KOVEN (1941-2018), um famoso game designer americano, para nomear uma nova forma de trabalho.
Este modelo surgiu com o crescimento da tecnologia e com o desencanto de trabalhadores que, cada vez mais, mostravam o seu desagrado com o confinamento no ambiente de trabalho: um local muitas vezes árido, monótono, desmotivador, pouco criativo e hostil.
A ideia concebida por DE KOVEN descreveu o COWORKING como TRABALHO COOPERATIVO, TRABALHO COLABORATIVO, COTRABALHO ou “TRABALHANDO JUNTOS COMO IGUAIS”.
Com o tempo, ficou identificado como um método capaz de facilitar o trabalho no compartilhamento de um espaço colaborativo para reuniões de negócios, entrevistas de seleção e o ambiente preferido por muitos EMPREENDEDORES.
Entretanto, as raízes do COWORKING já vinham sendo criadas desde o início dos anos 80, uma época em que a economia mundial passava por um forte período recessivo. As empresas americanas e europeias, lutando para cortar custos, começaram a juntar espaços para acomodar um número maior de funcionários no mesmo local.
Durante a década de 90 a internet permitiu que os funcionários trabalhassem de forma remota, sem a sua presença física na empresa.
BRAD NEUBERG
Em 2005 BRAD NEUBERG, um programador americano, usou o termo criado por DE KOVEN e criou um espaço físico (o SPIRAL MUSE) em um apartamento de São Francisco.
Trabalhando com mais 2 profissionais de tecnologia, NEUBERG cedia espaço durante o dia para “avulsos” que necessitavam um local para trabalhar e compartilhar experiências (um espaço físico colaborativo e digital — a extensão do trabalho em ambiente online).
A EVOLUÇÃO DO COWORKING
O COWORKING cresceu dentro da ideia de uma nova forma de ambiente de trabalho. O conceito seguiu as tendências inovadoras e criativas (fora do ambiente da empresa) especialmente criadas para EMPREENDEDORES, START UPS, FREELANCERS, EQUIPES de desenvolvimento de projetos, profissionais do TRABALHO REMOTO e local para reuniões de alinhamento ou trabalhos autônomos e individuais de diversas áreas.
A partir de 2011, o seu rápido desenvolvimento se mostrou oportuno. O COWORKING se mostrou ideal para profissionais independentes que procuravam um espaço para desenvolver projetos e ideias sem o isolamento (ou os problemas) do HOME OFFICE ou pela dispersão causada pelos espaços públicos.
VANTAGENS DO COWORKING
● Infraestrutura: contando com uma infraestrutura idêntica a de um escritório tradicional e compartilhada por todos os integrantes, o COWORKING é um local de trabalho com excelente relação custo-benefício. Além do mais, é um ambiente social, inspirador, sinergético e criativo com escritórios e salas privativos.
● Flexibilidade: o COWORKING se tornou útil para empresas. Com a tecnologia os funcionários não precisam estar presentes todos os dias e os custos operacionais, relativos ao funcionamento dos escritórios, instalações e serviços, se tornaram menores. Para os profissionais independentes, EMPREENDEDORES e profissionais liberais que não têm horário determinado para trabalhar, a grande vantagem é a conveniência.
● Networking: o COWORKING reúne profissionais com os mais diversos perfis e que não trabalham para a mesma empresa ou no mesmo mercado de atuação. Portanto, se transformou em um local com grandes chances para formar novos relacionamentos, contatos, parcerias, contratos de serviço mútuo e vínculos interessantes que poderão agregar valor ao trabalho.
● COWORKING E O EMPREENDEDORISMO: o modelo COWORKING tem estrutura planejada e dirigida para o trabalho autônomo e coletivo por remodelar a dinâmica das empresas e dos EMPREENDEDORES. Ele eleva a produtividade, a capacidade de comunicação e o compartilhamento de informações.
No EMPREENDEDORISMO, uma das principais incertezas é a respeito do local para dar o START em um novo negócio. Grande parte dos indivíduos, por uma questão de poucos recursos, opta por iniciar ou estabelecer seu negócio no modelo HOME OFFICE.
A princípio, esta alternativa se mostra muito vantajosa pelo custo irrelevante e pela comodidade de estar na residência. Contudo, ela apresenta inúmeros fatores no seu ambiente que, em geral, traz prejuízos à concentração e tem reflexos na produtividade.
CUIDADO: necessariamente o COWORKING não elimina o HOME OFFICE. Os dois modelos podem atuar em conjunto.
O COWORKING E A PANDEMIA
Infelizmente, em 2020 a PANDEMIA do COVID-19, o LOCKDOWN e a QUARENTENA tiveram um efeito negativo sobre o mercado. A maioria dos espaços foi fechada pelo ISOLAMENTO SOCIAL e muitos encerraram as atividades em definitivo.
Apesar de todos os cuidados com a desinfecção de objetos, de superfícies e das medidas necessárias para o distanciamento, a GESTÃO do COWORKING se tornou agravada pela baixa frequência de COWORKERS e, principalmente pelo alto risco na sustentabilidade do negócio a curto e médio prazo. Ainda mais, a PANDEMIA não têm apresentado sinais de recuo no começo de 2021.
Muitos GESTORES DE COWORKING vêm criando algumas ideias interessantes durante esta fase onde muitos, por receio, estão trabalhando em HOME OFFICE:
● Pesquisar os maiores problemas dos COWORKERS e as possíveis soluções.
● Transformar eventos presenciais em eventos ON LINE.
● Manter grupos de diálogo ON LINE com um cronograma de atividades para os diversos COWORKERS trocarem experiências, ideias e saídas diante da crise.
● Desenvolver programas de CONSULTORIA ou MENTORIA ON LINE.
O COWORKING E O FUTURO
As perspectivas para a ERA PÓS-PANDEMIA são boas. O COWORKING é um modelo irreversível tanto quanto o ANYWHERE OFFICE, OFFICELESS, HOME OFFICE e qualquer outro modo de TRABALHO REMOTO.
De acordo com diversos analistas, o local físico do escritório da empresa está com os seus dias contados.