INTRODUÇÃO:
Deixando de lado conceitos de ter “liberdade”, trabalhar por conta própria para ganhar muito dinheiro, quem tiver pretensões ao EMPREENDEDORISMO precisa pensar, planejar, fazer o diferente, fazer a diferença e inovar em um processo criativo. Para que isso ocorra, mesmo em um modelo de negócio bem modesto, uma PESQUISA DE MERCADO certamente apontará o caminho mais seguro e com menor margem de erro para novos empresários. E também é válido para quem já tem negócios em andamento. Assim, a PESQUISA é a melhor ferramenta para se identificar VIABILIDADE, oportunidades, problemas e soluções em qualquer estágio da vida de uma STARTUP.
ALINHANDO A IDEIA DE NEGÓCIO
A PESQUISA, seguindo um modelo bem estruturado, permitirá alinhar a IDEIA DE NEGÓCIO na direção correta com INFORMAÇÕES sobre o que realmente poderá satisfazer o público. Antecipadamente, na elaboração do PLANO DE NEGÓCIOS é apropriado ter cautela e clareza sobre a VIABILIDADE da IDEIA e sobre os recursos necessários.
Não adianta o EMPREENDEDOR julgar sua IDEIA DE NEGÓCIO formidável e sensacional. É fundamental saber se os consumidores em potencial comprariam (ou não) o produto/serviço. É evidente: é verificar o que o público deseja e não o que o EMPREENDEDOR quer vender.
É preciso conhecer detalhes importantes que só os consumidores poderão responder. Antes de se aventurar, é fundamental pesquisar a IDEIA para que ela se torne um negócio próspero. Ela pode parecer muito boa, a princípio. É simples criar uma STARTUP mas, na prática, o processo é complexo, arriscado e vai solicitar extrema dedicação da parte do EMPREENDEDOR.
Então, a PESQUISA permitirá a compreensão sobre intenções de compra, preferências, necessidades, conhecimento sobre o comportamento e a realidade de um mercado. Ela poderá mostrar as reformulações e alternativas para a IDEIA, antecipar soluções para problemas e servir de base para ESTRATÉGIAS e TOMADA DE DECISÃO.
CUIDADO: se a IDEIA DE NEGÓCIO não tiver diferencial competitivo, se não resolver um problema ou se não satisfizer necessidades dos consumidores, então…
Estas orientações fazem parte de um processo mais racional e inteligente para focar esforços e recursos. Assim, a IDEIA DE NEGÓCIO poderá ser confirmada e ser o primeiro passo para se tornar uma STARTUP de sucesso, com sustentabilidade e segurança rumo ao desenvolvimento.
A imagem do EMPREENDEDOR, que foi popularizada como um herói solitário, intrépido e corajoso, já não tem mais sentido no atual mundo dos negócios.
AS FASES DA PESQUISA
Ser EMPREENDEDOR é uma tarefa árdua e arriscada. O comportamento dos consumidores tem alterações constantes, a concorrência cresce e é preciso muita atenção. A PESQUISA tem valor ao trazer conhecimento do mercado e das novas tendências, mostrar ações dos concorrentes, identificar PROBLEMAS e necessidades, analisar resultados ou avaliar a potencialidade de sucesso de uma IDEIA.
1. DEFININDO O PROBLEMA DA PESQUISA
A formulação exata do problema da PESQUISA vai esclarecer quais os OBJETIVOS PRIMÁRIOS e OBJETIVOS SECUNDÁRIOS (1). Será a melhor forma para determinar que tipo de INFORMAÇÃO será útil, o método mais adequado de obtê-la e auxiliar na criação do questionário. Por exemplo: PROBLEMA – como analisar a viabilidade de uma IDEIA.
A definição imprecisa do PROBLEMA fatalmente conduzirá a decisões erradas. Ao se definir o PROBLEMA já é possível formular algumas questões (as PERGUNTAS), presumir o que a investigação deverá resolver e estabelecer o OBJETIVO. A finalidade das PERGUNTAS é servir de instrumento para a solução e elas deverão ser adequadas com clareza para que os participantes entendam o que está sendo perguntado.
2. OBJETIVO DA PESQUISA
Muitas pessoas que têm IDEIAS que podem até parecer interessantes e com potencial de sucesso. Porém, como transformar a IDEIA em um negócio bem-sucedido? Qual será a via para poder estruturar um modelo de negócio para ser viável? Qual a forma de ordenar as INFORMAÇÕES necessárias para o negócio prosperar? Como iniciar uma STARTUP bem-sucedida? Quais as pessoas certas para oferecer o produto/serviço? Será que vai dar certo?
O OBJETIVO da PESQUISA precisa ser claro e muito bem definido para avaliar a IDEIA de um produto/serviço ou para um negócio já estabelecido (conforme descrito no BRIEFING: os objetivos deverão ser apresentados com precisão em uma breve descrição das INFORMAÇÕES necessárias e como obtê-las).
É o melhor caminho para planejar as perguntas e a forma para a coleta de DADOS (PRIMÁRIOS e SECUNDÁRIOS (2)) e INFORMAÇÕES. Então, é necessário definir qual o OBJETIVO (ou os OBJETIVOS da pesquisa – a razão, o motivo ou a necessidade). Uma PESQUISA pode ser feita com OBJETIVOS diferentes. Os mais comuns se referem a possibilidade de sucesso ou fracasso que uma IDEIA DE NEGÓCIO pode ter, alternativas para ajudar o desenvolvimento de um negócio e determinar como satisfazer as necessidades dos clientes com um produto ou serviço ideal.
CUIDADO: nesta fase a dispersão é muito comum. Infelizmente, poderão surgir outros DADOS durante a PESQUISA que façam o EMPREENDEDOR desviar o trabalho da proposta original.
Como resultado, uma grande quantidade INFORMAÇÕES! Elas até poderão ser úteis e muito interessantes mas, estão fora do OBJETIVO e poderão comprometer o resultado.
OBJETIVOS PRIMÁRIOS e OBJETIVOS SECUNDÁRIOS (1)
OBJETIVO PRIMÁRIO: é o que vai fornecer as respostas e solucionar o problema do EMPREENDEDOR. OBJETIVO SECUNDÁRIO: são todas as INFORMAÇÕES que darão suporte ao OBJETIVO PRIMÁRIO agregando CONHECIMENTO e qualidade aos resultados obtidos.
DADOS PRIMÁRIOS e DADOS SECUNDÁRIOS (2)
DADOS PRIMÁRIOS: são os que não estão disponíveis e serão obtidos por meio de PESQUISA. DADOS SECUNDÁRIOS: são os que estão disponíveis com o próprio EMPREENDEDOR (um banco de dados próprio ou banco de dados interno) ou estão disponíveis em órgãos de pesquisa, publicações empresariais, publicações setoriais, anuários, jornais, revistas, livros, sites, instituições de ensino etc. (banco de dados externo).
Sugestão de Leitura
BESSANT, JOHN; TIDD, JOE. Inovação e Empreendedorismo. Editora Bookman. Edição 3ª. Porto Alegre, 2019.
CHRISTENSEN, CLAYTON M. O Dilema da Inovação. Editora Makron Books. São Paulo, 2011.
SAMARA, B. S; BARROS, J. C. Pesquisa de Marketing: conceitos e metodologia. Editora Makron Books. São Paulo, 2002.
CHRISTENSEN, CLAYTON M; HALL, TADDY; DILLON, KAREN; DUNCAN. DAVID. Muito Além da Sorte: Processos Inovadores para Entender o que os Clientes Querem. Editora Bookman. Edição 1ª. Porto Alegre, 2019.