INTRODUÇÃO:
PODER é o direito de deliberar, agir, mandar e, dependendo do contexto, exercer sua autoridade, soberania, a posse de um domínio, da influência ou da força.
Fonte: www.significados.com.br
Para os estudiosos da ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS, o PODER é um tema importante e pertinente ao AMBIENTE CORPORATIVO. Neste cenário, o PODER é entendido como a capacidade que um indivíduo possui para exercer o controle ou influência sobre o comportamento de outros indivíduos. Outras abordagens ainda acrescentam que o PODER é relacionado à LIDERANÇA. Afinal, a atribuição de um LÍDER é a condução das ações dos seus subordinados visando atingir os objetivos da ORGANIZAÇÃO.
OS PERIGOS DO PODER
De fato, segundo os estudiosos, o PODER é uma questão importante que faz parte do cotidiano CORPORATIVO. Mas, ele tem peculiaridades que atualmente são objeto de análises. Há duas alternativas: se o PODER for exercido de forma…
…incorreta, desequilibrada e sem nenhuma limitação, haverá a chance da ocorrência de CONFLITOS disputando prestígio, espaço, conceito, importância etc.
…correta haverá uma grande chance de agregar valor à empresa ao favorecer o ambiente de trabalho, aspectos motivacionais, maior engajamento, mudanças na CULTURA ORGANIZACIONAL e resultados positivos.
A propósito, é a CULTURA da empresa que estipula comportamentos admissíveis e inadmissíveis. Dela também provém o estabelecimento dos limites e da ÉTICA que deverão nortear a LIDERANÇA, da melhor maneira possível, na conduta dos colaboradores. Com base na LIDERANÇA, o PODER sendo parte de qualquer ORGANIZAÇÃO, não se constitui em um transtorno. Ele se transforma em um problema dependendo da maneira e com que objetivo ele é exwercido.
O PODER E A CENTRALIZAÇÃO
Há conjunturas em que o PODER e a CENTRALIZAÇÃO se tornam um impasse nas ORGANIZAÇÕES. O PODER concentrado está acumulado (centralizado) de forma exagerada em alguns profissionais. Infelizmente, por questões relacionadas a COMPORTAMENTO e PERSONALIDADE, a maioria destes indivíduos são voltados para os interesses próprios e relegam os objetivos organizacionais a um segundo plano.
Em geral, fazem parte da ALTA HIERARQUIA, suas relações com os subordinados não são boas, têm perfil arrogante, agressivo, autoritário, se caracterizam por comportamentos abusivos e por ASSÉDIO MORAL.
Além da CENTRALIZAÇÃO, outra característica marcante deste tipo de EXECUTIVO é a aversão à introdução de novas ideias e processos, pois, poderão significar mudança das relações de PODER.
A não ser que ele conceda o aval, tudo que é novo ou diferente é entendido como uma ameaça.
1 – O PODER e a Centralização: na CENTRALIZAÇÃO, o PODER DA POSIÇÃO HIERÁRQUICA e o PODER DEDECISÃO estão concentrados nas mãos de poucos indivíduos dos níveis da DIRETORIA e ALTA GERÊNCIA. Assim, em uma ORGANIZAÇÃO, os cargos no topo da HIERARQUIA têm maior AUTORIDADE FORMAL e as posições abaixo aceitam e obedecem.
O PODER, de maneira centralizada e concentrada, também funciona como forma de pressão sobre os subordinados. Em muitas ocasiões, em vez dos funcionários focarem esforços nos objetivos da empresa, atuam preocupados em cativar os donos do PODER.
2 – O PODER e os Conflitos: quando o PODER centralizado é frequente, ele permite que EXECUTIVOS se voltem na conquista de objetivos particulares. E, dependendo do seu grau de PODER, as ações do EXECUTIVO poderão envolver até todo o seu departamento em uma competição na ânsia de manter a segurança do território já conquistado.
E quando os departamentos entram no apoio ao seu LÍDER, o CONFLITO e as rivalidades se instalam como justificativa do mérito por maiores recursos materiais e financeiros e importância estratégica dentro da ORGANIZAÇÃO.
Para a manutenção do PODER, uma outra parte, obrigatoriamente, tem que perder. E os objetivos da ORGANIZAÇÃO continuam em um segundo plano.
PODER, CONFLITOS E COMPETITIVIDADE
Outras opiniões salientam que a CENTRALIZAÇÃO, luta pelo PODER e os CONFLITOS também ocorrem fora dos níveis hierárquicos superiores. Nos departamentos, os GESTORES e SUPERVISORES também podem CENTRALIZAR tarefas e concentrarem o PODER DE DECISÃO em suas mãos (mesmo sem o peso e a amplitude da DIRETORIA e ALTA GERÊNCIA).
Nos departamentos, também há funcionários que dominam as tarefas com precisão. São competitivos e têm a tendência de construir a base do seu PODER na sua competividade e no nível do seu conhecimento.
Em todos os níveis da HIERARQUIA as ORGANIZAÇÕES precisam ter muita precaução na maneira de conduzir o nível de COMPETITIVIDADE entre os colaboradores. A COMPETITIVIDADE deve ser salutar. Mas, conceder privilégios deve ser uma ação comedida, pois, pode incentivar uma rivalidade sem ÉTICA, CONFLITOS, causar desgastes desnecessários quanto ao ENGAJAMENTO e quanto a ideia de trabalho conjunto.
Até certo ponto, é normal um ambiente de trabalho a ocorrência de CONFLITOS. É fato que todos os funcionários carreguem diversos valores e personalidades. Mas, se por um lado muitos analistas afirmam que os CONFLITOS são benéficos, por outro lado, os constantes de atritos vão se transformar em um problema sem controle.
Portanto, é preciso ter zelo e critério na construção de relacionamentos e na obediência aos limites convencionados. Outra questão relevante é quanto às premiações, bonificações e avaliações com a finalidade de ser justa e imparcial. A COMPETITIVIDADE exacerbada, que em muitas oportunidades é instigada pela própria CULTURA ORGANIZACIONAL, ALTA DIREÇÃO e GESTÃO (dividir para reinar).
O risco também está em outras MOTIVAÇÕES: seja qual for o nível da HIERARQUIA, haverá sempre a aspiração por prestígio, STATUS, cobiça, ambições pessoais e disputa por PODER. Ainda mais em períodos em que a situação econômica seja desfavorável o exibicionismo, a busca pelo sucesso e luta pelo PODER se tornarão doentias.
Sugestão de Leitura
FLEURY, MARIA TEREZA LEME. Cultura E Poder Nas Organizações. Editora Atlas. Edição 2ª. São Paulo, 1996.
KRAUSZ , ROSA. Compartilhando O Poder Nas Organizações. Editora Nobel. Barueri, 1991.
SROUR, ROBERT H. Poder, Cultura e Ética nas Organizações. Editora GEN Atlas. Edição 3ª. São Paulo, 2012.
OLIVEIRA, MILTON DE. Emoção, Conflito E Poder Nas Organizações: Líderes Estão Despreparados Para Lidar Com As Pessoas. Editora COM ARTE. São Paulo, 2009.
PASSOS, ELIZETE. Ética Nas Organizações. Editora Atlas. Edição 1ª. São Paulo, 2004.