Conceitos do Contexto da Preservação Ambiental

INTRODUÇÃO:

Nas últimas décadas do Século XX, as empresas mais evoluídas e modernas passaram a se preocupar com duas áreas importantes: PRESERVAÇÃO AMBIENTAL e RESPONSABILIDADE SOCIAL. E, no momento, um dos grandes desafios é conseguir promover desenvolvimento sustentável, de forma rápida e eficiente, que apresente um menor impacto possível sobre o MEIO AMBIENTE.

E dentro deste trabalho, as organizações mais comprometidas passaram a planejar um conjunto de mecanismos direcionando o seu trabalho, de modo competente, para ter uma relação benéfica com a natureza. A partir desse critério, a estrutura organizacional criou uma nova área preocupada com ações visando a QUALIDADE AMBIENTAL através do SGA (SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL), vista como de grande importância para a apreciação da sociedade e conceito diante da comunidade de negócios.

Mas, para criar projetos de prevenção quanto aos danos ambientais, as empresas tiveram que aprender um novo vocabulário. Conceitos diferentes, fora do âmbito de suas atividades habituais, voltadas para processos produtivos, vendas e distribuição de produtos no mercado.  Para o SGA atuar com efetividade, foi preciso conhecer e entender os conceitos do contexto da PRESERVAÇÃO AMBIENTAL.

CONCEITOS: 1 – MEIO AMBIENTE: o termo foi criado em 1962 no livro “SILENT SPRING” de Rachel Carson (PRIMAVERA SILENCIOSA).

O livro é visto como um dos começos do movimento ambientalista e comenta sobre a poluição do MEIO AMBIENTE e o efeito dos pesticidas (DDT) sobre as aves (a diminuição da espessura da casca dos ovos).

O MEIO AMBIENTE envolve várias ideias:

É um conjunto de unidades ecológicas que atuam como um sistema natural.  O conjunto inclui vegetação, animais, micro organismos, solo, rochas, atmosfera e os fenômenos naturais que podem ocorrer em seus limites. Também envolve os recursos e fenômenos físicos  como ar, água e clima, assim como energia, radiação, descarga elétrica e magnetismo.

Considera todas as COISAS VIVAS e COISAS  NÃO VIVAS que ocorrem em alguma região que afetam os ECOSSISTEMAS e a vida do ser humano.

Para ONU o MEIO AMBIENTE é o conjunto de componentes físicos, químicos, biológicos e sociais capazes de causar efeitos diretos ou indiretos, em um prazo curto ou longo, sobre os seres vivos e as atividades humanas.

No Brasil, a Política Nacional do MEIO AMBIENTE(PNMA) define como sendo o conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas. O CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE (CONAMA) considera que é o conjunto de condições, de leis, de influências e de interações de ordem física, química, biológica, social, cultural e urbanística, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas.

Em ECOLOGIA é o panorama animado ou inanimado onde se desenvolve a vida de um organismo e onde há fatores externos que têm influência sobre ele. 

De acordo com a norma ISO 14001 o MEIO AMBIENTE é definido como a circunvizinhança em que uma organização opera, incluindo-se ar, água, solo, recursos naturais, flora fauna, seres humanos e suas devidas inter-relações.

Uma empresa é a grande responsável pelo MEIO AMBIENTE que a circunda, devendo, portanto, respeitá-lo, agir como não poluente e cumprir as legislações e as normas pertinentes.

A ideia surgiu na década de 1930 explicando a interação complexa entre organismos, fluxos de energia, materiais e a localidade onde vivem em perfeito equilíbrio. Designa o CONJUNTO  que reúne COISAS VIVAS (plantas, animais e micro organismos) em uma área envolvente (o MEIO AMBIENTE que reúne COISAS VIVAS e COISAS  NÃO VIVAS que ocorrem em alguma região).

O ECOSSISTEMA é composto por organismos interdependentes formando as CADEIAS ALIMENTARES (corrente de energia e nutrientes estabelecida entre as espécies de um ECOSSISTEMA). Plantas, animais, microrganismos, água, gases atmosféricos, sais minerais e radiação solar se relacionam entre si, formando um sistema estável. Os ECOSSISTEMAS são divididos em Ecossistemas Terrestres e Ecossistemas Aquáticos.

3 – BIODIVERSIDADE: a palavra é formada da união BIO (palavra de origem no e que significa vida) mais DIVERSIDADE (significa variedade). É a grande variedade de formas de vida da Terra encontradas nos mais diferentes AMBIENTES (plantas, animais e micro-organismos que fazem parte de um ECOSSISTEMA). Alguns especialistas sobre o tema consideram este termo para representar a riqueza de espécies.

4 – BIOTA: o conjunto da flora e da fauna de uma região.

5 – CONSERVAÇÃO AMBIENTAL: uso dos recursos naturais de forma ecológica com a exploração das riquezas produzidas pela natureza sem prejudicar o MEIO AMBIENTE. É o contrário da PRESERVAÇÃO AMBIENTAL que não possibilita o uso dos recursos naturais.

6 – SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL ECOLÓGICA: o ambiente que o homem ocupa sofre alterações relacionadas ou impostas pelo próprio homem, que em geral são nocivas quando administradas de forma incorreta. A SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL ECOLÓGICA é vista como a manutenção do meio ambiente, sua harmonia com as pessoas, a manutenção a qualidade de vida e leva em conta os cuidados preventivos em desastres ecológicos, poluição da água, do ar e do solo. O conceito de SUSTENTABILIDADE é para longo prazo com ações que cuidem e preservem todo o sistema para as gerações futuras.

7  – AMBIENTALISMO: é um movimento político, social e filosófico que defende diversas ações e políticas com o objetivo de proteger a NATUREZA que resta no ambiente natural ou então restaurar ou expandir o papel da NATUREZA nesse ambiente. Os cientistas ambientais defendem:

A redução e limpeza da poluição com metas futuras de poluição zero.

A redução do uso de combustíveis não renováveis.

Conservação e uso sustentável de recursos naturais escassos (água, ar e solos), terra e ar.

O desenvolvimento de fontes de energia alternativas, verdes, com pouco carbono ou de energias renováveis.

Proteção de ECOSSISTEMAS representativos ou únicos e a preservação de espécie em perigo ou ameaçadas de extinção.

Criar reservas naturais para a proteção da BIODIVERSIDADE

8 – POLUIÇÃO: é qualquer alteração físico-química ou biológica que venha a desequilibrar o MEIO AMBIENTE. O agente causador desse problema é denominado de poluente e tem origem em qualquer atividade humana. As fábricas são as principais fontes de poluentes ao gerar resíduos que podem ser eliminados de três formas:

NA ÁGUA: essa opção de descarte de dejetos é mais barata e mais cômoda. Infelizmente os resíduos são lançados geralmente em recursos hídricos utilizados como fonte de água para abastecimento público.

NA ATMOSFERA: a eliminação de poluentes desta forma só é possível quando os resíduos estão no estado gasoso (fumaça).

EM ÁREAS ISOLADAS: essas áreas são previamente escolhidas, em geral são aterros sanitários ou abandonados no solo sem critério ou tratamento.

9 – CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS:

– RESÍDUOS TÓXICOS: são os mais perigosos de todos. Os RESÍDUOS TÓXICOS podem causar a morte conforme a concentração e são rapidamente identificados pelas diversas reações no organismo. A origem está nos resíduos das indústrias químicas, indústrias produtoras de cianetos, cromo, chumbo, fenóis etc.

RESÍDUOS MINERAIS: alteram as condições físico-químicas e biológicas do MEIO AMBIENTE. Os resíduos são relativamente estáveis, correspondem às substâncias que vêm das indústrias que processam minerais, metalúrgicas, refinarias de petróleo etc.

– RESÍDUOS ORGÂNICOS: as principais fontes desses poluentes são os esgotos domésticos, os frigoríficos, laticínios etc.

Esses resíduos correspondem à matéria orgânica potencialmente ativa, que entra em decomposição ao ser lançada no MEIO AMBIENTE.

– RESÍDUOS MISTOS: possuem características químicas associadas às de natureza biológica. Esses resíduos que são lançados na natureza vêm das indústrias têxteis, lavanderias, indústrias de celulose e borracha, são responsáveis por esse tipo de resíduo.

– RESÍDUOS ATÔMICOS: esse tipo de poluente contém isótopos radioativos, é um lixo atômico capaz de emitir radiações ionizantes e altamente perigosas à saúde humana.

10 – UNIDADE DE CONSERVAÇÃO: é a designação dada de acordos com a legislação brasileira às áreas protegidas que fazem parte do sistema brasileiro de proteção ao meio ambiente, espaço territorial e seus recursos ambientais. Inclui águas jurisdicionais, com características naturais importantes com objetivos de conservação e limites definidos. O controle é exercido pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), compondo o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (SNUC), instituído pela Lei No. 9.985/2000.

11 – DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL: modelo de desenvolvimento em que o foco é a geração de riquezas com distribuição justa feita de maneira a proteger o meio ambiente, para que as gerações futuras possam usar os recursos naturais da mesma forma que elas são usadas atualmente.

12 – EDUCAÇÃO AMBIENTAL: conjunto de ações educativas com o objetivo de despertar a consciência individual e coletiva para a importância do meio ambiente; quando estão conscientes, as pessoas mudam seus hábitos e praticam ações que ajudam na preservação da natureza.

Sugestão de Leitura.

SEIFFERT, MARI ELIZABETE BERNARDINI. ISO 14001 sistemas de gestão ambiental: implantação objetiva e econômica. Editora Atlas. Edição 5ª. São Paulo, 2007.

ASSUMPÇÃO, LUIZ FERNANDO JOLY. Sistema de Gestão Ambiental. Editora Juruá. Edição 5ª. Curitiba, 2018.

FOGLIATTI, MARIA CRISTINA. Sistema de Gestão Ambiental para empresas.  Editora INTERCIÊNCIA.  Edição 5ª. Rio de Janeiro, 2011.

DONAIRE, DENIS; OLIVEIRA, EDENIS, CÉSAR DE. Gestão Ambiental na Empresa. Editora Atlas, Edição 3ª. São Paulo, 2018.

BARBIERI, JOSÉ CARLOS. Gestão Ambiental Empresarial. Editora Saraiva. Edição 4ª. São Paulo, 2017.

MOREIRA, MARIA SUELY. Estratégia e Implantação do Sistema de Gestão Ambiental. Editora Falconi. Edição 4ª. São Paulo, 2013.

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