Infelizmente, por muito tempo o conceito de EMPREENDEDORISMO no Brasil esteve atrelado ao simples ato de abrir uma empresa (abrir um negócio) em um cenário de perfil AUTOEMPREGO. Polêmicas à parte, no presente as discussões se ampliaram para outros campos sobre a figura do EMPREENDEDOR: aspectos comportamentais, motivação, desejos, habilidades, sonhos e a relação de DESAFIOS a serem superados.
O JTBD – JOBS TO BE DONE (“tarefas a serem realizadas”) tem recebendo a atenção nos últimos anos, dentre as várias ideias e alternativas que foram desenvolvidas para o EMPREENDEDORISMO. É uma ferramenta que procura analisar as circunstâncias para poder explicar o que leva o público a adquirir certos produtos/serviços. O conceito JTBD foi se tornando conhecido através de CLAYTON M. CHRISTENSEN, professor de administração na HARVARD BUSINESS SCHOOL.
O período PÓS-PANDEMIA está mostrando novas oportunidades e tendências para o EMPREENDEDORISMO. Um destes mercados promissores é o das FEM TECHS, termo que qualifica empresas ou as START UPS voltadas para o desenvolvimento de soluções tecnológicas para a saúde feminina. As soluções incluem aplicativos de controle de fertilidade, serviços de monitoramento remoto de gestação e fisioterapia.
A CULTURA MAKER surgiu no fim da década de 60 como um movimento de incentivo à criação de instrumentos para uso próprio, usando a criatividade (colocar as mãos na massa para desenvolver ideias na prática). Teve inspiração na filosofia HIPPIE que tinha por hábito quebrar convenções e regras e estabelecer suas criações por meio de materiais próprios. Durante os anos 80 e 90 o “Faça você mesmo” teve a conotação de HOBBIE ou artesanato. A CULTURA MAKER se expandiu e se popularizou após o lançamento da revista MAKE (2005) e da realização do evento MAKER FAIRE (2006) apresentando uma nova maneira de produzir e empreender.
Especialistas em EMPREENDEDORISMO se preocupam apenas com a relação entre mortalidade das START UP’S e aspectos referentes à INOVAÇÃO. É simples justificar por que EMPREENDEDORES sem uma cultura inovadora fracassaram. Mas, o mundo dos negócios é complexo: assim como START UP’S inovadoras e mal gerenciadas quebram, muitas delas, sem o ímpeto voltado para a CRIATIVIDADE e INOVAÇÃO são bem gerenciadas e bem-sucedidas.
No EMPREEENDEDORISMO ou no MUNDO CORPORATIVO, é preciso ter capacidade para transformar MODELOS MENTAIS e FLEXIBILIDADE para se integrar aos diferentes cenários. Para o EMPREENDEDOR a GESTÃO de uma START UP requer uma forma de trabalho que não esteja apenas atrelada a uma forma de se fazer ou pensar. É preciso “SABER” o PRESENTE para visualizar o futuro com muito espaço para a CRIATIVIDADE e INOVAÇÃO.
No EMPREENDEDORISMO, o indivíduo com a liberdade obtida e livre das regras do AMBIENTE DE TRABALHO formal. Em sua START UP ele poderá utilizar os elementos básicos para o seu processo de criatividade e inovação. Não se trata de uma fórmula mágica e sim sugestões que vão muito além do BRAINSTORMING, PODC e 5W2H.
De acordo com especialistas do EMPREENDEDORISMO, é possível descobrir relações entre as características empreendedoras e a TEORIA DAS INTELIGÊNCIAS MÚLTIPLAS de HOWARD GARDNER. O desenvolvimento dos COMPORTAMENTOS e da cultura EMPREENDEDORA pode ter uma estreita relação com as INTELIGÊNCIAS MÚLTIPLAS ao permitir um processo de CRIATIVIDADE, INOVAÇÃO e geração de IDEIAS, na capacidade de identificar OPORTUNIDADES e também nas demais características próprias de um EMPREENDEDOR. GARDNER revolucionou o conceito de INTELIGÊNCIA conhecido pela Psicologia. Para ele, a maioria das pessoas possui uma ou duas inteligências desenvolvidas o que explica porque um indivíduo é muito bom em cálculos matemáticos, mas, não tem muita habilidade com expressão artística.
As grandes transformações pelas quais o mundo está passando são cada vez mais profundas. Em grande medida, elas têm afetado a maneira como entendemos o meio em que vivemos, principalmente após a PANDEMIA DO COVID-19. Estas mudanças são importantes, não somente pela sua intensidade e volume que têm, como também porque estão exigindo dos EMPREENDEDORES uma grande flexibilidade e capacidade CRIATIVA.
CRIATIVIDADE é uma palavra que tem origem no verbo CREARE (no Latim), que significa gerar ou produzir. Um PROCESSO CRIATIVO gera algo de novo, inédito, que é o resultado de das experiências anteriores de um indivíduo e de acordo com as situações em que ele se encontra envolvido. No EMPREENDEDORISMO a é entendida como um dos aspectos mais relevantes.