Análise SWOT – Ambiente INTERNO

INTRODUÇÃO:

A ANÁLISE SWOT (ou SWOT ANALYSIS) relaciona ambientes internos e externos de uma empresa para verificar os pontos fortes e fracos em comparação com as oportunidades de mercado e ameaças potenciais que podem prejudicar a empresa. A análise, entendida por muitos especialistas como a  metodologia de planejamento estratégico, pode ser dividida em duas partes:

AMBIENTE INTERNO: onde as variáveis estão sob o controle da empresa.

AMBIENTE EXTERNO: onde se encontram fatores que não são controlados pela empresa.

O AMBIENTE INTERNO é constituído por todos os recursos da empresa e, sobre eles, ela exerce o total controle (ou deveria exercer!). É o resultado das decisões tomadas e das estratégias escolhidas pela DIRETORIA e ALTA GERÊNCIA.

A ANÁLISE DO AMBIENTE INTERNO

Neste ambiente é possível verificar os aspectos positivos (PONTOS FORTES) referentes aos recursos, potencialidades e capacidades que, somados, constituem a sua força diante dos competidores no mercado. Neste ambiente também se encontram os aspectos negativos (PONTOS FRACOS) referentes às deficiências que prejudicam o desempenho e que podem comprometer os seus resultados.

A ANÁLISE SWOT pode ser feita por um ou mais profissionais. A pesquisa coleta dados internos identificando forças, vantagens competitivas e fraquezas no TODO ou em áreas específicas.

O quadro EXECUTIVO, por seu ritmo de trabalho e sob pressão, muitas vezes não tem tempo para uma avaliação rigorosa. Mesmo assim, é preciso ter a visão total da empresa (HOLÍSTICA) averiguando a atual situação e suas inconsistências. Portanto, é importante a validade e a veracidade dos DADOS e INFORMAÇÕES para estudos e análises de resultados passados para futuras definições.  

É um diagnóstico completo da ARQUITETURA EMPRESARIAL para verificar processos, funções e a situação geral da empresa (um diagnóstico). A ADMINISTRAÇÃO deve identificar problemas, tirar vantagem de situações favoráveis, sair do convencional e saber como agir para alcançar objetivos propostos.

O processo aborda experiências, resultados das áreas funcionais, CAUSAS e EFEITOS,perfil do CAPITAL HUMANO, meios e condições presentes, tecnologia disponível, capacidade financeira, expectativas dos STAKEHOLDERS etc.

A análise interna sobre os PONTOS FORTES e PONTOS FRACOS exigirá grandes doses de visão, senso crítico e, principalmente, HUMILDADE para reconhecer as falhas. As FORÇAS são fatores positivos, atividades bem sucedidas e que podem ser aprimoradas. As FRAQUEZAS são fatores negativos vulneráveis e que necessitam correções. 

Mesmo em circunstâncias favoráveis, a análise deve ser feita costumeiramente com ações preventivas para verificar o que se passa na empresa. E, portanto, são aspectos que devem ser obrigatoriamente conhecidos, controláveis e gerenciáveis.

Tendo pleno conhecimento do AMBIENTE INTERNO, é possível manter e aprimorar os PONTOS FORTES. Ao mesmo tempo, ao se conhecer os PONTOS FRACOS é possível criar medidas, ações corretivas para minimizá-los ou elimina-los em definitivo.

CUIDADOS COM O AMBIENTE INTERNO

Em time que está ganhando também se mexe! Para evitar maiores aborrecimentos, muitos EXECUTIVOS enfatizam só os aspectos FAVORÁVEIS e têm o péssimo hábito de minimizar e fazer vista grossa para o que é DESFAVORÁVEL. Até que um dia, aquele fator aparentemente NEGATIVO e sem nenhuma importância…

Enxergando o AMBIENTE INTERNO é possível combater PONTOS FRACOS e erros para tomadas de decisão com maior segurança. Será útil para quebrar PARADIGMAS, reprogramar, modificar e desconstruir o que está em uso.

QUESTÕES INTERNAS

Produção/Operações – Departamento Industrial: sua responsabilidade básica é voltada para a fabricação e processamento de pedidos (OF’s ou OS’s). Mas, também procura criar um LAY-OUT eficiente para organizar a produção, aumentar a produtividade, reduzir custos, manutenção industrial, aperfeiçoar as instalações atuais e prever a expansão da capacidade produtiva.

É sua responsabilidade a Engenharia de Processos e Engenharia de Produtos (pesquisa/desenvolvimento – criação e melhoria de produtos), inventários periódicos (matérias primas e insumos), almoxarifado, controle dos estoques (produtos intermediários e acabados), os programas de Controle de Qualidade (Defeito Zero), estudo de tempos e movimentos e ter flexibilidade.

Finanças: capital disponível, custos, nível de endividamento, bancos, investidores, fluxo de caixa, controles, Contabilidade, contas a pagar, contas a receber etc.

Marketing/Vendas: produtos/serviços atuais, desenvolvimento/lançamento de produtos, SAC, CRM, PD&I, atendimento, pós-vendas, cobertura, verbas de propaganda/publicidade, análise de clientes etc.

Administração: compras, prédios, instalações, manutenção, serviços gerais, meios, CIPA etc.

Logística: transportes, armazenagem, estoques, expedição, acessos, deslocamentos, ciclo dos pedidos etc.

RH: verificar o CAPITAL HUMANO disponível, sua capacitação, programas de atração, manutenção e retenção de talentos, treinamentos, QVT, acidentes de trabalho, afastamentos, recrutamento e seleção, testes, pesquisas salariais, avaliação de pessoal, plano de carreira, encargos, legislação trabalhista, TURN OVER, qualidade de vida, JOB ROTATION, benefícios, registros, documentações, harmonização das relações de trabalho, ENDOMARKETING etc.

TIC – Tecnologia da Informação e Comunicação: hardwares, softwares, redes, instalações, bancos de dados, Data Warehouse, Data Minig, Networking, e-commerce, B2B, B2C, e-mail Marketing, Links, Site, Internet, Intranet, capacidades, instalações, equipamentos, manutenção, controles, fluxogramas, emissão de diversos relatórios etc.

AS DIVERGÊNCIAS: após ter coletado os dados internos, a Administração poderá relacionar e avaliar os problemas levantados para as possíveis correções. Os resultados obtidos normalmente causam problemas e atritos entre os EXECUTIVOS. Suas opiniões podem ser divergentes ou convergentes sobre o que é classificado, de fato, como PONTOS FORTES ou PONTOS FRACOS e sobre as providências a serem tomadas.

CUIDADOS: os negócios se modificam. Muito do que foi considerado como PONTOS FORTES com o tempo provavelmente não conseguirão manter este STATUS. Muito do que foi considerado como PONTOS FRACOS poderão desencadear sérios atritos com forte impacto em outras áreas da empresa.

Muito provavelmente, os GESTORES de outros departamentos envolvidos não vão compartilhar com a mesma visão. PONTOS FRACOS podem ter sido resultado da omissão ou erros cometidos anteriormente.

Mesmo os pequenos desvios, que não foram reparados, se tornaram problemas maiores por que não tiveram a devida atenção. 

Muito do que foi considerado como PONTOS FRACOS não é o mesmo ponto de vista compartilhado pela DIRETORIA e ALTA GERÊNCIA da empresa e pelos STAKEHOLDERS.

Sugestão de Leitura

OLIVEIRA, DJALMA DE PINHO REBOUÇAS DE. Planejamento estratégico: conceitos, metodologia e práticas. Editora Atlas. Edição 34ª. São Paulo, 2018.

“…A elaboração inclui a identificação das oportunidades e ameaças no ambiente da empresa e a adoção de estimativas de risco para as alternativas estabelecidas. Antes de escolher entre essas alternativas, o executivo deve identificar e avaliar os pontos fortes e os pontos fracos da empresa e sua capacidade real e potencial de tirar vantagens das oportunidades percebidas no ambiente, bem como de enfrentar as ameaças”.

(OLIVEIRA, 2007, p. 39)

Em muitos casos, os GESTORES e os ALTOS EXECUTIVOS de uma empresa desconhecem, são mal informados ou não sabem avaliar corretamente os PONTOS FORTES e os PONTOS FRACOS.

Por hábito, grande parte deles incorporam as INFORMAÇÕES, mas não refletem ou não querem enxergar o óbvio.  E a situação pode estar pior do que imaginavam…

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