A Importância da Administração de Empresas

INTRODUÇÃO:

Uma EMPRESA é uma ORGANIZAÇÃO econômica de caráter particular, pública ou mista, que oferece produtos (bens e/ou serviços). É constituída em função de capitais aplicados por investidores e tem por objetivo o Lucro como a consequência do retorno esperado.

IMPORTÂNCIA NA GERAÇÃO DE EMPREGO E RENDA:

Além do LUCRO como o OBJETIVO dos empreendedores e acionistas, a EMPRESA tem um papel importantíssimo como agente econômico, independente do ramo de atividade, porte, localização e estilo de GESTÃO:

● A atividade empresarial é vista como agente de mudança e estabilidade social.

● A atividade empresarial gera emprego, gera renda e recolhe tributos.

● Nas últimas décadas do Século XX, as EMPRESAS mais evoluídas e com mentalidade moderna passaram a se preocupar, também, com a PRESERVAÇÃO AMBIENTAL e RESPONSABILIDADE SOCIAL.

IMPORTÂNCIA NA PRESERVAÇÃO AMBIENTAL + SUSTENTABILIDADE:

É conceito que abrange o equilíbrio harmonioso em busca do desenvolvimento da EMPRESA (a SUSTENTABILIDADE dentro do seu mercado de atuação). Ao mesmo tempo, busca a PRESERVAÇÃO (do meio ambiente e da natureza – Os recursos naturais NÃO são inesgotáveis). A finalidade é conduzir as atividades econômicas, preservando o planeta, sem prejuízo das condições de vida do ser humano.

GESTÃO AMBIENTAL:

Empresas atualizadas vêm implantando, sistematicamente, modelos de gestão e produção que contemplem o crescimento da atividade econômica, que não sejam agressivos à natureza e que preservem o meio ambiente.

Os problemas ambientais, em nível mundial, são bem visíveis e preocupantes. O aumento de temperatura da Terra, a destruição da camada de ozônio, o derretimento dos polos, o esgotamento acelerado dos recursos naturais etc.

A solução destes problemas deve ocorrer em três níveis:

A – Nível Individual: o homem deve ter atitudes que respeitem mais o meio ambiente limitando o consumo e economizando recursos naturais.

B – Nível Empresarial: empresas devem produzir reduzindo ao máximo seu impacto ambiental negativo.

C – Nível do Poder Público: sua função é regulamentar o modelo final de funcionamento que respeite o meio ambiente. Desta forma, as empresas não poderão ignorar suas obrigações ambientais.

A pressão dos consumidores e imposições normativas e legais têm obrigado as empresas a conceber produtos, sistemas de produção e distribuição que minimizem danos ambientais.

Até poucos anos atrás, estas questões eram vistas como imposição de sistemas legais de proteção ambiental, que só implicavam no aumento de custos. Hoje, aspectos ambientais são vistos como VANTAGEM COMPETITIVA no mercado e conceito Corporativo.

IMPORTÂNCIA NA RESPONSABILIDADE SOCIAL:

É a evolução voluntária do posicionamento das ORGANIZAÇÕES, diante dos problemas sociais, decorrentes das transformações ocorridas a partir da década de 70. Os acontecimentos sócio-políticos e seus respectivos desdobramentos tiveram um papel relevante na resultante do perfil social.

As crises do petróleo (1973 e 1979), as seguidas recessões econômicas e as inovações tecnológicas aprofundaram a falta de oportunidades de trabalho, a distribuição de renda, perspectivas de evolução social e o nível da qualidade de vida.

A partir deste período, muitas empresas passaram a criar projetos e ações a favor da coletividade em dois diferentes campos de ação:

Público Interno: composto pelos funcionários de uma empresa com treinamentos, trabalhos em diversos projetos educacionais e QVT (Qualidade de Vida no Trabalho).

Público Externo: composto pela comunidade e pelos parceiros através de várias ações de inclusão social, diminuição de riscos sociais, música, esportes, lazer, programas educacionais, cuidados com o meio ambiente, programas assistenciais etc.

Os projetos foram criados de forma espontânea. Não foram ações impostas por políticas governamentais, legislação ou qualquer tipo de benefício relacionado a impostos e tributos.

E também não foram ações criadas, com tom de censura ou crítica, a respeito da ineficiência de programas governamentais. Com o tempo a prática da RESPONSABILIDADE SOCIAL se transformou em outras denominações. Mas os objetivos permanecem os mesmos:

RSE – RESPONSABILIDADE SOCIAL EMPRESARIAL

RSC – RESPONSABILIDADE SOCIAL CORPORATIVA

RSA – RESPONSABILIDADE SOCIAL AMBIENTAL

Estas práticas são modelos de gestão para desenvolver a sociedade de forma sustentável. Visam preservar recursos ambientais e culturais, para gerações futuras, respeitando a diversidade e reduzindo as desigualdades sociais. Estas relações entre a empresa e os diversos públicos são estabelecidas com ética e transparência.

Cidadania Empresarial: é uma tendência atual. É a soma de todas as práticas pelas quais as empresas e organizações contribuem para diminuir disparidades sociais e minimizar danos ambientais: Sustentabilidade + Preservação Ambiental + Responsabilidade Social Empresarial.

No Brasil, estas práticas e ações ganham maior dimensão pelo fato de que a dívida social é enorme e, infelizmente, seu resgate ainda levará muito tempo para ser resolvido.

Uma empresa, com intenção de realizar um trabalho social, necessita definir objetivos e ter a exata noção de suas limitações para minimizar problemas sociais.

Outro cuidado importante a ser considerado é que a Cidadania Empresarial deve estar em sintonia com a Missão, Visão e Valores da empresa.

IMPORTÂNCIA NA INCLUSÃO SOCIAL:

Uma questão recente foi a criação de Programas de Inclusão Social (a Empregabilidade de Pessoas com Deficiência). O objetivo é trazer o indivíduo PCD, excluído da sociedade, para participar dos aspectos e dimensões da vida no plano econômico, cultural, político, religioso etc.

Inclusão Social – Portadores de Deficiência: lei nº 8.213 (24 de junho de 2001) – empresas acima de 100 funcionários são obrigadas a contratar portadores de deficiência.

Esta lei possibilitou a inserção de PESSOAS portadoras de necessidades especiais no mercado de trabalho. Os conceitos de inclusão  também levam em conta a colocação de rampas, acessos, instalações e as demais facilidades quanto às limitações físicas de um deficiente.

A OIT (Organização Internacional do Trabalho) considera como sendo Portador de Deficiência o indivíduo cuja possibilidade para obter, conservar e progredir num emprego adequado fique substancialmente reduzida por deficiência física ou mental devidamente reconhecida.

A lei 8.213 garante cidadania e igualdade ao equilibrar os direitos das PCD`s. De acordo com o número de funcionários da empresa, há a exigência de uma quantidade de contratação de portadores de deficiência ou de reabilitados pela Previdência Social:

– Até 200 funcionários: 2%.        – De 201 a 500 empregados: 3%.           

– De 501 a 1.000 empregados: 4%. – Mais de 1.000 empregados: 5%.

Infelizmente as empresas contratam pessoas com deficiência apenas para cumprir a Lei de Cotas.

Inclusão Social – Ex-presidiários: o assunto gera polêmica e ainda é pequeno o número empresas que admitem ex-detentos e detentos em regime semiaberto.

Há projetos para modificar a Lei da Execução Penal em relação ao trabalho destes indivíduos. Os maiores obstáculos estão na discriminação e na falta de programas adequados de capacitação profissional.

Especialistas afirmam que o sucesso da inclusão de Ex-presidiários depende de reformas no sistema prisional, programas de qualificação, programas de profissionalização, reforma do Código Penal com penas maiores para reincidentes e incentivos fiscais para empresas que contratarem Ex-presidiários.

IMPORTÂNCIA DA COMPETÊNCIA:

A ADMINISTRAÇÃO é relevante para que uma EMPRESA tenha continuidade como organização econômica. O seu desempenho é reflexo direto da Competência de seus profissionais e o mau funcionamento de uma organização sempre traz graves consequências sociais:

Os trabalhadores (de qualquer nível) ao perderem seus empregos desestabilizam suas famílias, perdem o poder de compra, prejudicam o consumo e esta corrente acaba por interferir em toda a economia.

E muitos também podem cair na informalidade ou na criminalidade. O custo social é alto. Portanto, a EMPRESA será bem-sucedida conforme a Eficácia e a Eficiência de seus Administradores.

OS 3 E’S DA ADMINISTRAÇÃO:  

Eficiência: é fazer CORRETAMENTE um trabalho, fazendo o que é certo, o que é correto e utilizando os meios disponíveis de forma racional e econômica (mínimo de perdas e/ou desperdício).   

Eficácia: é fazer a “coisa” certa e que o trabalho alcance o RESULTADO esperado por completo (capacidade de realizar OBJETIVOS: cumprir metas e realizar o que foi proposto).

Efetividade: é o sucesso na prática do que foi feito com Eficiência (o que é certo) com Eficácia (que alcançou o que foi proposto).

Um desempregado a mais, um consumidor a menos.

Sugestão de Leitura:

LUNARDI, SORAYA GASPARETTO. Inclusão Social e sua Efetivação. Editora CRV. Edição 1ª. Curitiba, 2011.

LAMONTAGNE, ANNIE. Responsabilidade Social Empresarial nas Relações CAPITAL/TRABALHO: lógicas institucionais em ação. Editora CRV. Edição 1ª. Curitiba, 2018.

FRÓES, CÉSAR; MELO NETO, FRANCISCO PAULO DE. Responsabilidade Social e Cidadania Empresarial. Editora Qualitymark. Edição 2ª. Rio de Janeiro, 2001.

MARTINS, JOSÉ PEDRO SOARES. Responsabilidade Social Corporativa. Editora Komedi. Edição 1ª. Barueri, 2008.

SIQUEIRA, CARLOS AQUILES. Geração de Emprego e Renda no Brasil: experiências de sucesso. Editora DP&A. Edição 1ª. Embu das Artes, 1999.

BARBIERI, JOSÉ CARLOS; CAJAZEIRA, JORGE MANUEL REIS. Responsabilidade Social Empresarial e Empresa Sustentável.  Editora Saraiva. Edição 3ª.  São Paulo, 2012.

SILVA, DIEGO NASSIF DA. Inclusão das Pessoas com Deficiência no Mercado de Trabalho – O Conceito de Pessoa com Deficiência e sua Aplicação Jurídica. Editora Juruá. Edição 1ª. Curitiba, 2013.

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