7 – Pesquisando a Ideia de Negócio

INTRODUÇÃO:

É evidente que para um indivíduo com poucos recursos e com intenções de atuar no EMPREENDEDORISMO, a PESQUISA para avaliar a IDEIA DE NEGÓCIO não precisa chegar a um nível muito extenso de sofisticação. Mas, quanto maior a qualidade (e não a quantidade) das INFORMAÇÕES obtidas, menor será o risco de um resultado negativo – no EMPREENDEDORISMO o voo cego é perigoso demais.

A PESQUISA é o instrumento de orientação que avalia se a IDEIA DE NEGÓCIO é viável e se ela desperta ou não algum interesse. A PESQUISA apresenta DADOS (primários ou secundários) sobre fornecedores e clientes potenciais, também mostra se há necessidade de melhorias em um produto/serviço ou as razões pelas quais ele não “DESLANCHA” no mercado, etc.

6.3 – Efetuando a COLETA de DADOS: esta fase vai reunir e transformar DADOS em INFORMAÇÕES para o planejamento, estudo e conclusão sobre a viabilidade da IDEIA DE NEGÓCIO. Mas, a COLETA requer objetivos bem definidos que tragam resultados importantes para a ANÁLISE e avaliação mais criteriosas. Em qualquer das alternativas para a COLETA será preciso fazer o registro em formulários e o resumo de tudo o que for obtido. 

O potencial EMPREENDEDOR, com frequência não tem ideia por onde começar a COLETA. A princípio, é preciso planejar para definir a AMOSTRA da população a ser abordada (definir um público-alvo do estudo e aptos para responderem as questões) e um roteiro de atividades. É mais fácil iniciar com contatos simples e diretos abordando pessoas próximas, conhecidas e do meio social (conversas e opiniões nas redes sociais ou pessoalmente) para recolher opiniões e refinar o trabalho.

A COLETA permite ao EMPREENDEDOR dispor de um material valioso para se adequar, modificar, desistir ou seguir em frente com a IDEIA DE NEGÓCIO. Existem muitos métodos de COLETA de DADOS que podem ser utilizados na pesquisa de mercado. A COLETA poderá ser por meio de:

A – OBSERVAÇÃO DIRETA pela visita a outros EMPREENDIMENTOS semelhantes ou para conhecer de perto a realidade do ramo de atividade almejado, estudar a concorrência e alternativas de fornecimento.

B – ENTREVISTAS com profissionais ou especialistas da área. É um dos métodos de COLETA mais comuns e que solicita um cuidado especial às perguntas (por telefone, e-mail ou em pessoa).

C – QUESTIONÁRIOS em abordagem direta, entrevistas, e-mail ou redes sociais explicando sempre qual a finalidade da pesquisa e o tempo de duração.

7. DESENVOLVENDO QUESTIONÁRIO

Por trazer resultados mais precisos, o QUESTIONÁRIO é considerado o principal instrumento em uma PESQUISA DE MERCADO e necessita alguns cuidados no seu desenvolvimento:

● Antes de tudo, é preciso determinar quais são as INFORMAÇÕES necessárias para a PESQUISA. A definição dos objetivos da PESQUISA, conforme o BRIEFING, permite uma elaboração mais estruturada das questões.

● É oportuno o uso de perguntas fechadas, simples, curtas, diretas e de fácil compreensão que facilitem as respostas dos entrevistados e a análise dos DADOS. Caso haja a necessidade, perguntas abertas e fechadas poderão ser combinadas de maneira equilibrada. Mas, que tomem o menor tempo possível do entrevistado e seguindo os objetivos propostos. Para o uso de mais questões abertas, a quantidade de entrevistados deve ser limitada e a duração da abordagem poderá ser maior.

● É preciso cuidado com a sequência e a ordem das questões para não dispersar as respostas. Para os especialistas, é preferível iniciar “QUEBRANDO GÊLO“ criando um ambiente cordial e amistoso com perguntas mais gerais, as mais complexas no meio do questionário e as perguntas mais importantes no final.

● Outo aspecto, muitas vezes relegado a um segundo plano, é o cuidado com a redação das questões Elas precisam ser curtas, claras, simples e objetivas para o fácil entendimento por parte dos entrevistados. 

● Da mesma forma, as alternativas de respostas deverão ter uma redação cuidadosa evitando termos técnicos, palavras difíceis ou em outros idiomas. Também é preciso que as alternativas não exijam cálculos.

● As questões sobre renda ou idade poderão constranger o entrevistado. Elas deverão estar no final da abordagem. Em relação à renda, alguns pesquisadores preferem relacionar o local do domicílio do entrevistado com a classe econômica.

● Para não confundir ou induzir os entrevistados, é prudente não apresentar muitas alternativas de resposta. Esta é uma das vantagens das perguntas abertas.

● Antes da aplicação de um QUESTIONÁRIO, é necessário efetuar um PRÉ-TESTE e verificar se o material irá cumprir o objetivo proposto fornecendo as respostas necessárias. Esta revisão vai mostrar a efetividade e dá maior qualidade à pesquisa, alterações e correções de desvios e evita o retrabalho.

Cuidado: apesar de se entendida como uma medida altamente importante, nem sempre há o zelo em se realizar um PRÉ-TESTE para uma revisão do QUESTIONÁRIO. Assim, muitas PESQUISAS acabam se perdendo e invalidando o levantamento dos dados coletados…

8. TABULAÇÃO DOS DADOS COLETADOS

Esta fase da PESQUISA vai permitir a reunião e o agrupamento de todos os DADOS que foram coletados com a aplicação dos QUESTIONÁRIOS. Em geral, os resultados poderão ser apresentados em tabelas, gráficos, comentários ou um relato facilitando a interpretação das informações e a frequência das respostas.

9. ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS

Neste momento é preciso dar um significado ao que foi efetuado nas tarefas anteriores com a redação de um RELATÓRIO FINAL apresentando a síntese dos resultados observados no esforço da PESQUISA. É a mensuração fria concluindo se a IDEIA DE NEGÓCIO tem chances concretas de ser bem sucedida.

A partir desta avaliação, pela análise SWOT (os pontos fracos, pontos fortes, ameaças e oportunidades) será possível ter parâmetros seguros e comprovados para a TOMADA DE DECISÃO por conhecer a opinião de potenciais usuários:

A – A ideia é viável para se tornar um projeto de sucesso.

B – A ideia deverá ser ajustada em alguns aspectos para se tornar viável.

C – A ideia é inviável ou apresenta poucas possibilidades de se tornar um sucesso.

10. A TOMADA DE DECISÃO

Assumir RISCOS tendo por base a INTUIÇÃO ou “ACHISMO”, a partir de uma IDEIA INICIAL poderá ser perigosíssimo. Com base nos resultados da PESQUISA e do RELATÓRIO FINAL, o candidato ao EMPREENDEDORISMO poderá TOMAR DECISÕES com maior segurança para a abertura de um novo negócio, inclusive para a ampliação ou descontinuidade de produtos/serviços etc.

Para um indivíduo com poucos recursos, o trabalho para avaliar a IDEIA DE NEGÓCIO pode parecer caro e complexo. De fato, ele pode ser mais simples. Contudo, a falta de INFORMAÇÕES aumenta o RISCO  no EMPREENDEDORISMO e, provavelmente, é uma das causas das altas taxas de mortalidade das STARTUP’S. Cada vez mais não é possível trabalhar sem uma base segura.

A PESQUISA fornece  uma variedade de INFORMAÇÕES e CONHECIMENTO: analisa o perfil dos consumidores mostrando hábitos de consumo, intenções de compra, preferências,  preços praticados pelos participantes e a situação sobre o comportamento do mercado de interesse. 

Deixe um comentário