O Modelo 7S McKINSEY

INTRODUÇÃO:

De modo geral, as organizações vêm se adaptando em consequência das transformações que ocorrem no MACROAMBIENTE. Essas adaptações ou mudanças levam os estudiosos a elaborarem diferentes abordagens ou repensarem as existentes para continuar a desenvolver a Administração.

Nesta ciência não existe, seguramente, uma fórmula única. Nada acontece como num passe de mágica ou surge como uma solução brilhante que garanta lucratividade e sustentabilidade. O que perdura é uma variedade de teorias, ferramentas e técnicas com grande serventia para solidificar os negócios ao máximo.

Muitas dessas teorias, ferramentas e técnicas examinaram FATORES INTERNOS e outras analisaram FATORES EXTERNOS. Outras ainda combinam os dois fatores ou procuram a correspondência entre vários aspectos de uma empresa. A questão de maior relevância, no entanto, se resume em saber qual fator a ser estudado.

A IDEIA DO MODELO 7S MCKINSEY

O modelo foi desenvolvido nos anos 70/80 por TOM PETERS e ROBERT WATERMAN, consultores da MCKINSEY & COMPANY, de onde vem o seu nome.  A ideia toma por base 7 FATORES INTERNOS INTER RELACIONADOS que, em inglês, se iniciam com a letra S. Para serem bem-sucedidos, eles precisam ser alinhados, reforçando-se mutuamente e funcionando em conjunto com a CULTURA ORGANIZACIONAL. Em essência, o 7S traz a facilidade para organizar, analisar e diagnosticar diversas questões corporativas planejando INTERVENÇÕES e MUDANÇAS que garantam que todas as partes envolvidas atuem em harmonia.

TOM PETERS (1942): é um grande especialista e famoso consultor americano em gerência de negócios, considerado um dos gurus da Administração.

É o autor do sucesso editorial “Em Busca da Excelência” (juntamente com ROBERT H WATERMAN. em 1982). PETERS afirma ser capaz de entrar em uma empresa e diagnosticar se os seus empregados estão satisfeitos ou não em 15 minutos.

ROBERT WATERMAN (1936): é um executivo de negócios, palestrante e autor conhecido internacionalmente. Após ter atuado por 21 anos na MCKINSEY & CO. criou sua própria empresa, THE WATERMAN GROUP, especializada em consultoria e Administração. É um especialista nas melhores práticas de GESTÃO e também é muito conhecido por ter desenvolvimento o 7S da MCKINSEY junto com TOM PETERS.

O USO DO 7S MCKINSEY

O 7S possibilita uma análise profunda, identifica se uma empresa é eficaz ou não, contribui na MUDANÇA ORGANIZACIONAL e estabelece as conexões entre elementos TANGÍVEIS e INTANGÍVEIS.

O modelo, válido para GESTORES e EMPREENDEDORES, pode ser utilizado como ferramenta para uma avaliação empresarial verificando se a empresa está adequadamente estruturada para atingir seus objetivos. Assim, é possível a compreensão sobre a maneira como todos os elementos organizacionais se relacionam. Considera, em uma visão mais ampla, o impacto de qualquer tipo de mudança: fusão, extinção, troca de LIDERANÇA, GESTÃO, novos processos, novos sistemas, reestruturação organizacional etc. A análise da situação da empresa pode ser feita para:

● Construir a organização.

● Analisar a situação presente (o momento atual).

● Estabelecer o futuro desejado.

● Buscar inconsistências e GAPS.

A análise, geralmente utilizada junto com a ANÁLISE SWOT e as 5 Forças de MICHAEL PORTER,  pode partir de uma situação atual, uma situação proposta e identificar inconsistências. Então, a questão é ajustar todos os elementos previstos no modelo para que a empresa funcione de maneira desejada. Mas, muito provavelmente, não será uma tarefa fácil realizar todas as correções necessárias.  

AS DIVISÕES DO 7S MCKINSEY

O modelo é dividido em duas áreas: HARD-S e SOFT-S. Para a empresa, o ideal é que cada um dos itens das duas áreas estejam alinhados, pois um complementa o outro. São compreendidos em conjunto para chegar a excelência desejada.

HARD-S: são os elementos TANGÍVEIS, definidos, notados e identificados com facilidade dentro da empresa, sendo que a forma de GESTÃO em uso pode exercer influência direta sobre eles: planejamento corporativo, diversos documentos, projetos, organogramas, relatórios, processos formalizados e TIC:

STRATEGY – ESTRATÉGIA

STRUCTURE – ESTRUTURA

SYSTEMS – SISTEMAS

SOFT-S: são tão importantes quanto os elementos HARD-S. Entretanto, são bem mais difíceis de serem percebidos e analisados por não serem estáticos e estão em mutação e desenvolvimento constantes. Sua descrição também é difícil e provavelmente inexata por serem considerados elementos INTANGÍVEIS que sofrem influências da CULTURA ORGANIZACIONAL:

STYLE – ESTILO  

STAFF – PESSOAS

SKILLS – HABILIDADES

SHARED VALUES – VALORES COMPARTILHADOS

Os SOFT-S são capacidades, habilidades, valores e elementos que fazem parte da CULTURA ORGANIZACIONAL. Foram construídos pelos integrantes do CAPITAL HUMANO (as PESSOAS) e influenciaram a empresa. Dessa forma, são componentes bem complexos de serem planejados e modificados.

Sugestão de Leitura

McDONALD, DUFF. Nos bastidores da Mckinsey: A história e a influência da consultoria mais admirada do mundo. Editora Saraiva. Edição 1ª. São Paulo, 2014. 

FALCONI, VICENTE. Gerenciamento da Rotina do Trabalho do Dia a Dia. Editora INDG. Edição 9ª. São Paulo, 2013.

PETERS, TOM. Pequenas Grandes Coisas. As -163 Maneiras de Alcançar a Excelência. Editora Agir. Edição 1ª. Rio de Janeiro, 2011.

Só fazemos melhor aquilo que repetidamente insistimos em melhorar. A busca da excelência não deve ser um objetivo e sim um hábito.  ARISTÓTELES

O 7S melhora o desempenho de uma empresa e permite examinar  os efeitos prováveis ​​de mudanças futuras. O modelo alinha departamentos e determina a melhor forma de implementar uma estratégia proposta. O modelo baseia-se na teoria de que, para uma organização ter um bom desempenho, os 7 elementos precisam estar alinhados e se reforçar mutuamente. 

Deixe um comentário