INTRODUÇÃO:
No EMPREENDEDORISMO cada vez mais a capacidade de uma START UP ter continuidade está vinculada aos aspectos intangíveis: ousadia para a INOVAÇÃO, o acúmulo de CONHECIMENTO e a CRIATIVIDADE. Esta última vem se tornando um componente vital para a competitividade. Por seu lado, os especialistas afirmam que a CRIATIVIDADE é a ferramenta que impulsiona todo o processo inovador na geração e desenvolvimento de ideias.
Não é somente um preço mais baixo que os concorrentes que garantirá o sucesso (esta é uma ideia muito pobre!). A CRIATIVIDADE é uma capacidade inerente às pessoas (individual ou coletivamente) sendo uma valiosa oportunidade para melhorar o desempenho do empreendimento. Infelizmente, nem sempre o EMPREENDEDOR ou a sua EQUIPE, nem as suas estruturas e nem a sua mentalidade fazem o uso de modelos de trabalho que possam incentivar talento criativo.
“Não pretendamos que as coisas mudem, se sempre fazemos o mesmo. A crise é a melhor bênção que pode suceder a pessoas e países, porque a crise traz progressos” ALBERT EINSTEIN.
A CRIATIVIDADE é o processo de criação de ideias. Ou seja, é a inspiração que possibilita que o EMPREENDEDOR possa criar novas soluções. A INOVAÇÃO é a capacidade de converter ideias em algo aplicável, dando-lhes sentido e valor dentro de um determinado contexto.
CUIDADO: um EMPREENDEDOR muito criativo e com grande capacidade de criar ideias, também pode ser pouco inovador, sem a capacidade de escolher e aplicar de forma eficaz as suas melhores ideias.
ETAPAS DO PROCESSO CRIATIVO
Qualquer ideia decorre de um PROCESSO CRIATIVO. Mesmo que o EMPREENDEDOR ou os membros de sua EQUIPE não percebam, é normal seguir algumas etapas que colocam a CRIATIVIDADE em funcionamento. Ela está presente na vida do homem desde a PRÉ-HISTÓRIA (se não fosse assim, ainda estaríamos caçando mamutes e fugindo de tigres de dente de sabre). Além do mais, antes considerada somente uma competência relacionada às artes, no presente a CRIATIVIDADE é uma das habilidades mais necessárias ao EMPREENDEDOR e procuradas pelo mercado de trabalho.
Contrariando muitos estudiosos, a CRIATIVIDADE não é um dom inato e, assim como outras habilidades, pode ser desenvolvida. Portanto, ninguém nasce criativo. Ela se desenvolve através de uma coletânea de experiências, práticas, estímulos e aprendizados constantes que poderão tornar a pessoa mais criativa.
O PROCESSO CRIATIVO
A criação e a utilização de ideias para um processo de inovação segue ETAPAS em que a análise e aplicação sejam capazes de encontrar soluções para problemas ou estabelecer estratégias:
1 – IDENTIFICAÇÃO E DEFINIÇÃO DO PROBLEMA
Nesta etapa, o principal objetivo é entender a questão e coletar todos os DADOS e INFORMAÇÕES (estatísticas, expectativas opiniões, necessidades, objetivos, etc.) a respeito. É a identificação e definição do problema em uma fase de estudo e pesquisa.
A existência do problema mostra a necessidade de transformações e mudanças que são os promotores do PROCESSO CRIATIVO. É essencial tomar por ponto de partida uma análise correta e a compreensão da realidade e do que precisa ser resolvido. O EMPREENDEDOR deve definir aonde chegar, verificar alternativas, os obstáculos enfrentados, o público-alvo, recursos e demais fatores envolvidos.
2 – PREPARAÇÃO
Esta fase é considerada a parte criativa dentro de todo do processo com o uso do BRAINSTORMING ou do BRAINWRITING – Método 6-3-5. Agora é o momento que as ideias serão produzidas e que servirão como a base para desenvolver as propostas para solucionar o problema. Alguns estudiosos dividem a PREPARAÇÃO em duas partes:
A – Pensamento Divergente: as ideias são expostas livremente (onde tudo tem importância), sem nenhum tipo de moderação. Quanto maior for a quantidade de ideias expostas, maior será a possibilidade de uma escolha adequada. Nesta etapa, toda e qualquer ideia, por mais que pareça despropositada, poderá ser a origem de outra ideia que futuramente seja aplicável.
B – Pensamento Convergente: agora o EMPREENDEDOR e sua EQUIPE ordenam todas as ideias geradas estabelecendo e definindo critérios para a discussão, avaliação escolha do que foi proposto. Neste trabalho de geração, agrupamento e seleção de ideias todos poderão fazer associações, mesmo sem perceber.
3 – CONSENSO E IMPLEMENTAÇÃO
O fim do PROCESSO CRIATIVO considera a aceitação de uma das propostas debatidas e desenvolvidas pelo EMPREENDEDOR e sua EQUIPE partindo de uma das ideias criadas ou da soma de várias ideias. Havendo o consenso a respeito da solução definitiva, é necessário iniciar as ações para a sua implementação: cronograma de metas, recursos, os profissionais envolvidos, investimentos.
Neste momento as ideias vindas do PROCESSO CRIATIVO deverão se transformar em um PROJETO, uma inovação e/ou correções. As três Etapas do Processo Criativo são um conjunto de fases com a finalidade de organizar pensamentos e criar ideias. Porém, o resultado obtido vai requerer o hábito de uma revisão contínua.
Sugestão de Leitura
ABRANTES, ANA; SANMARTIN, STELA MARIS; PRADO, DAVID DE. Intuição e criatividade na tomada de decisões. Editora Trevisan. Edição 1ª. São Paulo, 2017.
PEDROBON, JOSÉ. Criatividade: abrindo o lado inovador da mente. Editora Pearson. Edição 8ª. São Paulo, 2015.