1 – A História do Marketing

INTRODUÇÃO:

As raízes da atividade, que no presente é conhecida por MARKETING, poderão ser identificadas na ANTIGUIDADE e ao longo da história humana. Da mesma forma que muitas outras ciências como a MATEMÁTICA, a CONTABILIDADE, ADMINISTRAÇÃO, EMPREENDEDORISMO e a LOGÍSTICA, ao contrário do muitos afirmam, não são áreas inéditas ou um campo de estudo absolutamente desconhecido. A prática do MARKETING pode ser encontrada no próprio aparecimento da atividade comercial, eventos e fatores históricos. O “ESTUDO” do mercado era praticado intuitivamente pelos homens primitivos:

1 – O que oferecer para a outra aldeia que atende às suas NECESSIDADES?

2 – O que eles vão nos oferecer que atenda às NECESSIDADES da nossa aldeia?

Era preciso conhecer as “NECESSIDADES” das outras aldeias para poder oferecer corretamente quais os “PRODUTOS” com “POTENCIAL” para serem trocados e, em contrapartida, quais os “PRODUTOS” necessários em nossa aldeia. 

Com o passar do tempo, todas estas transformações ocorridas permitiram um grande desenvolvimento: o domínio do fogo, a invenção da roda, a divisão do trabalho, a divisão social, escrita, transporte, navegação, astronomia, matemática, contabilidade, uso de metais, construções, formação das cidades, formação dos Estados e a produção de inúmeros utensílios. Portanto, não era mais preciso ser nômade. Ao mesmo tempo, para atender este progresso, foi preciso criar atividades que dessem APOIO e SUPORTE.

CARAVANAS E NAVEGAÇÃO

Caravanas: a necessidade de se trocar ou procurar produtos em regiões cada vez mais distantes deu início a uma atividade comercial muito intensa.

As CARAVANAS que se constituíram eram comboios que cruzavam os desertos levando artigos fáceis de transportar e com diversos tipos de mercadorias para serem negociados. Assim, as cidades passaram a servir como ponto de apoio e abastecimento nas longas viagens em busca de outros produtos.

Uma intensa rede de vias comerciais com trocas de produtos, fluxos de pessoas e conhecimentos se formou pelo Deserto do Saara, Deserto da Arábia, Palestina, Anatólia e Mesopotâmia. Os egípcios iam pela rota do Rio Nilo até o Mar Vermelho e para o sentido oposto, para o oeste, atravessavam o Saara até o Rio Níger. Os mercadores especializados enriqueceram e transformaram o comércio numa função altamente valorizada.

As CARAVANAS (palavra de origem árabe – QAIRAUÃN) não faziam suas longas viagens através de zonas desérticas, de ambiente hostil, sem uma preparação prévia. Havia um cuidadoso trabalho de LOGÍSTICA prevendo itinerários, distâncias, segurança, equipamentos, mantimentos e suprimentos para a viagem, camelos, produtos a serem comercializados e as cidades ou oásis que serviriam de ponto de apoio e reabastecimento.

Navegação: os mercadores também tinham que explorar novas rotas em busca de oportunidades de negócio. O RIO NILO serviu como o melhor meio de transporte para os egípcios e, os seus primitivos barcos de PAPIRO, se tornaram embarcações de vários tipos.

O rio, além da produção agrícola, também ganhou importância ao se tornar uma grande via de comércio. Para os egípcios a navegação para o norte aproveitava a fluxo das águas do rio. Para o sul. os ventos estufavam as velas e impulsionavam os barcos no sentido contrário.

Se as CARAVANAS levavam muito tempo para concluir longas travessias pelos desertos, o desenvolvimento da navegação (a princípio pelos rios e posteriormente pelo mar) fez com que o movimento comercial aumentasse ainda mais.

Este progresso solicitou o desenvolvimento de novos equipamentos para movimentar os mais variados tipos produtos. Com a expansão do comércio, a navegação possibilitou o contato com outros povos, novos mercados e maiores alternativas para a obtenção de outras mercadorias.

Da mesma forma que as CARAVANAS não faziam viagens sem uma preparação prévia, a navegação tinha os mesmos cuidados com a sua LOGÍSTICA. Os primeiros navegantes, que se arriscaram pelo Rio Nilo e depois pelo Mar Mediterrâneo, se preparavam de forma adequada. Levavam mantimentos, estudavam as rotas, a duração, distâncias, a posição das estrelas, equipamentos necessários, mantimentos e suprimentos para a viagem.

A sua LOGÍSTICA também considerava os meios de manutenção e reparo das embarcações, produtos a serem comercializados e estabeleciam os portos que serviriam de ponto de apoio e reabastecimento.

Mesmo com alto risco (como os locais desconhecidos e os perigos que o mar representava), a navegação se desenvolveu, exigiu uma técnica maior na construção das embarcações e na capacidade de sustentar os tripulantes. Ao contrário das árduas caminhadas por terra feitas pelas CARAVANAS, a navegação permitiu o carregamento de volumes maiores e de forma mais rápida.

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