INTRODUÇÃO:
Em qualquer ramo de negócio, tanto no EMPREEENDEDORISMO como no âmbito do MUNDO CORPORATIVO, é preciso ter FLEXIBILIDADE para se integrar aos diferentes cenários e ser capaz de transformar MODELOS MENTAIS
No EMPREEENDEDORISMO a GESTÃO de uma START UP requer uma forma de trabalho que não esteja apenas atrelada a uma forma de se fazer ou pensar. É preciso “SABER” o PRESENTE para visualizar o futuro, ter muita RESILIÊNCIA e crer que, a cada dia, tudo pode ser feito seguindo um padrão. Porém, com muito espaço para a CRIATIVIDADE e INOVAÇÃO.
A DIFICULDADE É ÚTIL
● Para o EMPREENDEDOR cada dificuldade NÃO deve ter o significado de FRACASSO. Ela é útil para acumular novos CONHECIMENTOS, APRENDIZADOS, euma oportunidade de RENOVAÇÃO para aprimorar processos decisórios.
● Para todos os integrantes de uma EQUIPE DE TRABALHO, é uma oportunidade de desenvolvimento e uma chance preciosa para enfrentar DESAFIOS. Porém, com com INOVAÇÃO e com FEEDBACKS (ou DEVOLUTIVAS) proveitosos.
A base de todo este esforço está concentrada no ambiente de trabalho. Muitas vezes ele tem se tornado o principal bloqueio para o PROCESSO CRIATIVO.
ESTÁGIOS DO PROCESSO CRIATIVO
Qualquer pessoa tem potencial para agir de forma criativa. No EMPREENDORISMO a CRIATIVADE é a essência que impulsiona a INOVAÇÃO em conjunto com todas as ferramentas que possam ser utilizadas dentro do PROCESSO CRIATIVO. É fundamental ter a CULTURA DA INOVAÇÃO – não existe INOVAÇÃO sem CRIATIVIDADE. Entretanto, o exercício do PROCESSO CRIATIVO precisa ser feito de forma ordenada e organizada. Caso contrário…
Dependendo da visão de cada estudioso, o PROCESSO acontece em etapas que podem ser apresentadas de maneiras diferentes:
A – IDENTIFICAÇÃO E DEFINIÇÃO DO PROBLEMA, PREPARAÇÃO, CONSENSO e IMPLEMENTAÇÃO.
B – INSPIRAÇÃO INICIAL, PREPARAÇÃO, INCUBAÇÃO, ILUMINAÇÃO, IDENTIFICAÇÃO e VERIFICAÇÃO.
C – PREPARAÇÃO, INCUBAÇÃO, ILUMINAÇÃO e IMPLEMENTAÇÃO
D – PREPARAÇÃO, INCUBAÇÃO, ILUMINAÇÃO, VERIFICAÇÃO e EXECUÇÃO.
GRAHAM WALLAS
Foi professor, psicólogo social inglês e um dos fundadores da LONDON SCHOOL OF ECONOMICS
Em 1926 GRAHAM WALLAS (1858-1932) desenvolveu uma teoria no livro “Arte do Pensamento – O Modelo da Criatividade” que procurou definir, explicar e sistematizar o PROCESSO CRIATIVO em um modelo completo, contendo quatro etapas denominadas “FOUR STAGE MODEL“: PREPARAÇÃO, INCUBAÇÃO, ILUMINAÇÃO e IMPLEMENTAÇÃO.
Muitos autores defendem a ideia que o FOUR STAGE MODEL é uma das ferramentas mais interessantes para que o EMPREENDEDOR exerça o seu talento criativo de forma sistematizada.
1º. Estágio – PREPARAÇÃO: um problema é investigado detalhadamente em todas as suas variáveis. O processo no 1º. Estágio é consciente e faz com que o cérebro trabalhe para concentrar as INFORMAÇÕES e estabelecê-las na mente em forma de “PRATELEIRAS”. É a chave para o EMPREENDEDOR listar várias questões, procurar diversas fontes de INFORMAÇÃO e CONHECIMENTO para encontrar as melhores perspectivas.
2º. Estágio – INCUBAÇÃO: com o material contido nas “PRATELEIRAS”, tem início a fase em que as INFORMAÇÕES são relacionadas e conectadas para a construção de uma ideia. Na INCUBAÇÃO o EMPREENDEDOR não está diretamente em busca da solução. A mente procura por conexões de forma inconsciente e involuntária e pode alterar o foco com outras questões, problemas ou projetos.
CUIDADO: nesta fase é preciso muito cuidado em relação às tarefas corriqueiras. Em geral, por falta de uma estrutura adequada, as tarefas na START UP podem desviar o foco do EMPREENDEDOR no PROCESSO CRIATIVO. O trabalho do dia-a-dia e a ZONA DE CONFORTO são fatores que têm grande capacidade para a dispersão.
3º. Estágio – ILUMINAÇÃO: o INSIGHT criativo vai ocorrer quando menos se espera mostrando um ponto para chegar ao melhor objetivo. Não é um processo forçado e nem há um prazo estabelecido para que ele aconteça. O 3º. Estágio é quando um indivíduo faz associações INCOMUNS entre os materiais depositados nas “PRATELEIRAS”. Pode ocorrer em alguns segundos ou levar minutos, horas, dias, semanas…
4º. ESTÁGIO – IMPLEMENTAÇÃO OU VERIFICAÇÃO: o último passo e o mais difícil. Ele vai colocar a ideia em prática e provar sua viabilidade:
● Testar a ideia e verificar se ela se enquadra dentro de uma realidade ou como a solução de um problema.
● Verificar se a ideia satisfaz uma necessidade.
● Verificar viabilidade técnica e econômica.
● Ouvir outras opiniões.
Nem sempre os 4 estágios conseguem criar uma boa ideia…
De acordo com estudiosos, em geral, os maiores problemas estão relacionados com o 1º. Estágio – PREPARAÇÃO e 2º. Estágio – INCUBAÇÃO.
ESTÍMULOS AO PROCESSO CRIATIVO
Não existe uma ideia nova sem o PROCESSO CRIATIVO. Em qualquer atividade (artes, trabalho formal, EMPREENDEDORISMO, vida cotidiana etc.), o PROCESSO CRIATIVO poderá ocorrer com a prática de rotinas diárias. Algumas servem como um “GATILHO”:
● BRAINSTORMINGS.
● Desejo de inovar (naturalmente – sem ser por necessidade).
● Observar com maior cuidado.
● Ler sobre todos os assuntos.
● Usar Internet.
● Ter relacionamentos seletivos.
● Trocar informações com outras pessoas (interessantes).
● Quebrar a rotina.
● Frequentar lugares culturais e criativos.
VANTAGES DO PROCESSO CRIATIVO
● Cria soluções e inovações e resolve diversos problemas.
● Permite que o EMPREENDEDOR possa sempre sair à frente.
● Promove ações superando limitações (coragem e a ousadia).
● Cria diferencial competitivo (na START UP e no AMBIENTE CORPORATIVO).
● Fortalece relacionamentos e facilita a comunicação.
● Possibilita maior o crescimento profissional e pessoal.
AS BARREIRAS NO PROCESSO CRIATIVO
Diariamente o indivíduo passa por situações ou circunstâncias que agem como BLOQUEIOS para o desenvolvimento da CRIATIVIDADE. Algumas desses obstáculos são:
– Medo de errar.
– Medo das críticas.
– Zona de Conforto.
– Timidez.
– Desculpas.
– Preguiça e Passividade.
– Rotina diária.
OS ELEMENTOS DA CRIATIVIDADE
Há abordagens diferentes sobre os elementos da CRIATIVIDADE. Segundo TONY BUZAN, os ELEMENTOS-CHAVE DA CRIATIVIDADE são:
● Imaginação.
● Associação.
● Capacidade de pensar rápido.
● Capacidade de ser original, flexibilidade e a capacidade de produzir um grande volume de coisas.
De acordo com a abordagem de outros estudiosos, há outros elementos a serem considerados no PROCESSO CRIATIVO e que devem fazer parte importante da CULTURA EMPREENDEDORA:
– CAPACIDADE DE ASSOCIAÇÃO: fazer ligações e relacionar INFORMAÇÕES de forma coerente.
– CAPACIDADE DE OBSERVAÇÃO: ajuda o EMPREENDEDOR a enxergar detalhes, ter maior percepção e intuições. Segundo especialistas, é uma das maiores ferramentas para desenvolver ideias.
– QUESTIONAMENTOS: permite descobrir várias ligações entre fatos que, aparentemente, estão isolados. O EMPREENDEDOR que não é capaz de questionar as coisas dificilmente…
– NETWORKING: para o EMPREENDOR os relacionamentos, em uma ampla rede de contatos profissionais, é uma excepcional oportunidade para fomentar novas ideias. O NETWORKING é útil para a troca de informações, experiências, oportunidades de negócios, estar em sintonia com as tendências etc. (ainda mais pelo ISOLAMENTO SOCIAL causado pela PANDEMIA DE COVID 19).
– EXPERIMENTAÇÃO: o último elemento da CRIATIVIDADE vai além do teste sobre a viabilidade da ideia: é uma ferramenta para o APRENDIZADO e CORREÇÕES. A EXPERIMENTAÇÃO também procura explorar novas hipóteses e alternativas através de novos contatos, diferentes pesquisas para a criação de novas ideias para criar valor para a START UP.
Sugestão de Leitura
PETERSON, WILFERD A. A Arte do Pensamento Criativo. Editora Best Seller. Edição 4ª. São Paulo, 1991.
BUZAN, TONY. Use sua Mente – Como desenvolver o poder do seu cérebro. INTEGRARE Editora. Edição 1ª. São Paulo, 2011.
HURSON, TIM. Pense Melhor: Um guia pioneiro sobre o pensamento produtivo. DVS Editora. Edição 1ª. São Paulo, 2008.