Brainwriting – Conceito

INTRODUÇÃO:

Dependendo de sua mentalidade, as empresas, valorizam profissionais criativos, inovadores que produzem situações diferentes. Muitas vezes a chave para projetos bem sucedidos ou para a resolução de problemas de qualquer espécie está na criatividade. O BRAINWRITING, também conhecida como uma TÉCNICA DE COMUNICAÇÃO DE IDEIAS EM GRUPO, considerada a versão silenciosa do BRAINSTORMING para ESCREVER IDEIAS ou SOLUÇÕES para um PROBLEMA.

Todos os participantes podem ter ideias simultaneamente e escreve-las ao invés de falar. Para o MEDIADOR a grande vantagem é eliminar a possibilidade de alguns elementos mais ativos, expansivos ou mesmos desinteressados interferirem negativamente sobre o trabalho. Nenhum dos presentes está sujeito a críticas, bloqueios e rejeição enquanto esta técnica é executada.  O BRAINWRITING oferece grande variedade de ideias contando com a contribuição de todos.

MODALIDADES:

BRAINWRITING CIRCULAR: participantes são dispostos numa forma circular e cada um anota sua ideia num papel ou formulário. Em seguida passa a informação para o colega ao lado numa sequencia previamente definida. Este anota mais alguns comentários e o trabalho vai seguindo e sendo repetido até que cada elemento receba de volta seu papel original.

BRAINWRITING DIGITAL: a diferença neste método, feito por e-mail ou ON LINE, é que os participantes efetuam o trabalho sem presença física para o registro e arquivo de ideias. O MEDIADOR apresenta aos participantes a questão, coleta e coloca as respostas recebidas num MIND MAP ou então lista o material produzido. E envia novamente para que todos possam comentar e evoluir com outras soluções.

Especialistas apontam como fato positivo  que o BRAINWRITING ON LINE é de baixo custo por dispensar providências organizacionais (sala, materiais e deslocamentos). E por ser ON LINE pode ser feito com um maior número de participantes. Outros apontam desvantagens e criticam o ON LINE por ser uma técnica onde não há interação, sociabilidade, envolvimento pessoal, coesão entre os participantes e pouca quantidade de ideias.

BRAINWRITING DIRECIONADO: esta forma de BRAINWRITING pode ser feita de forma física ou digital. Para cada membro da EQUIPE é solicitado que anote suas ideias (em papel, ou num formulário ou ON LINE) que serão distribuídas a todos os participantes de forma casual. A cada participante será solicitado que aperfeiçoe a ideia. Novamente as informações serão trocadas pedindo aos participantes que tentem ampliar o material recebido.

BRAINWRITING POST IT: é muito semelhante ao  BRAINWRITING CIRCULAR e é a forma mais comum em uso. Cada participante (ou grupo de participantes) recebe os POST IT de uma única cor. O MEDIADOR expõe o problema, cada participante (ou grupo) escreve sua ideia no POST IT que é colado num painel apropriado. Assim eles são facilmente organizados para melhor visualização. Todos leem as ideias e vão refinando as soluções mais viáveis.  

BRAINWRITING6-3-5: também é conhecido por 635 METHOD ou METHOD 635. É uma forma peculiar criada em 1968 pelo professor BERND ROHRBACH para se alcançar um determinado objetivo por meio de ideias ESCRITAS. É útil nos processos de inovação objetivando estimular a criatividade. O processo de geração  de ideias acontece de acordo com o grau de intensidade da contribuição e com a integração das sugestões de todos os componentes.

Além do mais, impede a formação de barreiras criativas e os vários constrangimentos criados internamente entre os integrantes da sessão por rivalidades, conflitos, diferenças culturais, inveja, competição etc. O 6-3-5  tem como finalidade criar 108 ideias em meia hora. O processo, simples e sem necessidade de muita preparação, não tem por foco a princípio a qualidade das ideias. A preocupação é com a quantidade que poderá gerar inovações, resolver problemas, desenvolver projetos ou melhorar um quadro vigente.

O PROCESSO DO BRAINWRITING 6-3-5:

A sessão conta com um MEDIADOR para supervisionar 6 participantes que devem ter conhecimento sobre o problema a ser discutido (caso contrário haverá muita perda de tempo e a qualidade do resultado será prejudicada).   

O PROCESSO DO BRAINWRITING 6-3-5:

A sessão conta com um MEDIADOR para supervisionar 6 participantes que devem ter conhecimento sobre o problema a ser discutido (caso contrário haverá muita perda de tempo e a qualidade do resultado será prejudicada).

1 – O MEDIADOR: faz a exposição do problema central, que deve ser muito bem feita para a real compreensão dos participantes. O claro entendimento eleva a qualidade das ideias propostas e a comunicação verbal é feita somente nos intervalos da explanação. O MEDIADOR deve permitir uma atividade mais VISUAL possível (imagens, figuras, diagramas), aceitar apenas as críticas construtivas e o desdobramento das ideias entendidas como as mais positivas.

2 – OS PARTICIPANTES: os 6 participantes corretamente acomodados escrevem individualmente numa PLANILHA as suas 3 ideias em 5 minutos. A PLANILHA circula entre todos a partir da pessoa à direita para repetir o processo: 3 ideias em 5 minutos e o MEDIADOR incentiva a todos, inclusive os introvertidos.

3 – A PLANILHA: estará completa após 6  rodadas num prazo de aproximadamente de  30  minutos resultando em 108 novas ideias que serão colocadas num PAINEL, discutidas e avaliadas em conjunto. As melhores serão escolhidas e separadas das inviáveis ou impraticáveis. A técnica é aplicada para várias áreas: Produção, RH, vendas, Marketing etc.

BRAINSTORM X BRAINWRITING

Cada organização opta pela melhor modalidade: ou BRAINSTORMING ou BRAINWRITING podendo utilizar em conjunto o PODC, 5W2H, Gráfico de ISHIKAWA ou com outro método que julgar mais apropriado. 

Estudiosos da Administração têm feito diversas comparações sobre o assunto e concluíram que o BRAINWRITING é o mais indicado para se obter o melhor do pensamento criativo de uma equipe. A base desta conclusão se firma na crença de que o BRAINSTORMING leva em conta a verbalização de ideias, enquanto que o BRAINWRITING implica em escrever as ideias individualmente.

O BRAINWRITING livra os mais inibidos da pressão ou intimidação dos mais eloquentes. Outros orientam a fazer o BRAINWRITING antes do BRAINSTORMING: no começo da sessão os participantes, sem se identificarem, escrevem suas ideias em formulários que depois serão lidos por todos. E só então as ideias serão discutidas incluindo as descabidas e impraticáveis.

Sugestão de Leitura:

DELL’ISOLA, ALBERTO. Mentes Geniais. Editora: Universo dos Livros. 1ª Edição, São Paulo, 2011.

DELL’ISOLA, ALBERTO. Mentes Fantásticas. Editora: Universo dos Livros. 1ª Edição, São Paulo, 2016.