2 – A Saúde Mental nas Empresas: Doenças

INTRODUÇÃO:

Cada vez mais a saúde da mente está se tornando importante para as empresas e sendo valorizado como um dos itens relevantes para as estratégias de GESTÃO DE PESSOAS.  Profissionaiscom a SAÚDE MENTAL sem as condições ideaisfacilmente perdem a capacidade de reação diante do volume de compromissos, projetos, resultados, metas e objetivos. O rendimento será abaixo das expectativas.

É certo que as reações de cada pessoa não são iguais. As diversas questões individuais e desavenças nos relacionamentos sociais causam impactos sobre o estado mental.

SAÚDE MENTAL – AS DOENÇAS MAIS FREQUENTES

Cada vez mais a saúde da mente está se tornando tão importante e até está ganhando um papel em suas estratégias de GESTÃO DE PESSOAS.  Profissionais com a SAÚDE MENTAL sem as condições ideais perdem a capacidade diante do volume de compromissos, projetos, resultados, metas e objetivos. O rendimento será abaixo das expectativas.

É certo que as reações de cada pessoa não são iguais. As diversas questões individuais e desavenças nos relacionamentos sociais causam impactos sobre o estado mental.

No AMBIENTE LABORAL são questões relacionadas aos ambientes de forte pressão por metas e objetivos, trabalho estressante, MOBBING, GESTORES ditatoriais, preconceitos e modalidades de assédio que podem causar transtornos: ANSIEDADE, SÍNDROME DO PÂNICO, BURNOUT e DEPRESSÃO.

1 – Ansiedade: tem sido definida como um estado emocional penoso que é acompanhado pelo desconforto físico. Em geral está relacionada com o medo. Outras definições consideram a Ansiedade muito natural como sendo um estado psíquico natural e proveitoso que tem a função de alertar o indivíduo para uma situação de perigo, ou desconhecida, e faz com que ele esteja preparado para enfrentar.

A Ansiedade é uma reação fisiológica (muita adrenalina) diante de algo que ainda está por acontecer. É pertinente com as percepções que uma pessoa faz com referência ao futuro, suas alternativas e a maneira como ela deseja que ele chegue ou não.

O desequilíbrio ocorre a partir do momento em que o MEDO escapa do campo do imaginário. Usando a racionalidade o indivíduo chega à conclusão que o MEDO é resultado da imaginação.

A mente imagina uma situação difícil, se prepara de todas as formas, prevê várias alternativas, eleva o nível de atenção e, na realidade, muitas vezes não acontece nada daquilo que foi previsto. Durante todo o processo, o MEDO se instalou, fez mal para o organismo e não aconteceu… NADA do que era esperado.

É obvio e natural que o profissional precisa ter planejamento para poder antecipar o futuro, estar bem informado, ter bom desempenho em reuniões e apresentações, saber lidar com outras pessoas, etc., etc…

Contudo, a Ansiedade também tem a probabilidade de conduzir um indivíduo a um alto nível de MEDO, um pânico fora de controle ao ponto de não conseguir mais atuar dentro da normalidade para poder realizar suas tarefas.

Para muitas pessoas a Ansiedade acaba por se tornar parte integrante da vida diária e uma rotina fora de controle. Ou seja, ela deixa de ser uma sensação normal e se transforma em um transtorno denominado ANSIEDADE PATOLÓGICA.

2 – Síndrome do Pânico: é um transtorno de Ansiedade aguda mais comum. Traz crises inexplicáveis e repentinas de pânico, desespero e medo intenso prevendo que algo ruim se suceda nenhum motivo, justificativa ou algum sinal de perigo.  A Síndrome do Pânico pode ser desencadeada em função de grandes mudanças bruscas na vida  pessoal e profissional ou experiências muito traumáticas.

Alguns estudiosos também acrescentam a esta lista a DP: DESREALIZAÇÃO (o indivíduo tendo sentimentos de irrealidade) ou DESPERSONALIZAÇÃO (o indivíduo sendo separado de si mesmo).   

3 – Depressão: é uma doença psiquiátrica crônica. Os sintomas são um estado de profunda tristeza, perda de interesse, ausência total de ânimo e grandes variações de humor. Confundida com a Ansiedade, a Depressão está associada aos sentimentos de dor, amargura, desencanto e desesperança. Desta forma, um acompanhamento médico é vital pelo perigo de levar um indivíduo ao SUICÍDIO.

As atividades, que anteriormente eram prazerosas para o indivíduo, caem no esquecimento. No AMBIENTE CORPORATIVO a queda de rendimento é muito visível, maior dificuldade de concentração, raciocínio lento e esquecimento. Quanto ao comprometimento, eficiência, o profissional se torna irreconhecível e é tomado de pessimismo e baixa autoestima.

Estudos recentes apresentam indicam que a Depressão é uma doença causada por alterações químicas no cérebro, principalmente com relação à serotonina, noradrenalina e, em uma proporção menor, a dopamina. Outros processos que ocorrem dentro das células nervosas também estão envolvidos e os fatores psicológicos e sociais muitas vezes são a consequência e não causa da depressão.  

Alguns estudiosos também acrescentam a esta lista sintomas físicos aparentemente sem alguma justificativa: dores pelo corpo, cólicas, má digestão, azia, diarreia, flatulência, tensão na nuca e nos ombros, dor de cabeça, sensação de corpo pesado, etc.

4 – Burnout: é um distúrbio psíquico que se apresenta com um estado de tensão emocional e STRESS e provocado por pressões e condições de trabalho desgastantes. Também é conhecida por síndrome do esgotamento profissional.

Em 1974 a síndrome foi descrita pelo médico americano HERBERT J. FREUDENBERGER  (1926-1999) e se tornou um assunto debatido e investigado na área da psicologia organizacional.

Sendo um dos criadores do conceito, FREUDENBERGER teve um papel importante na formação da pesquisa sobre o tema. A principal característica do Burnout é o estado de tensão emocional e STRESS crônicos por causa das condições emocionais e psicológicas desgastantes do trabalho.

A síndrome se manifesta especialmente em profissionais das áreas que requerem envolvimento interpessoal direto e intenso. O sintoma típico da síndrome é a sensação de esgotamento físico e emocional que claramente se reflete em atitudes negativas

Profissionais das áreas de educação, saúde, assistência social, recursos humanos, agentes penitenciários, bombeiros, policiais e mulheres que enfrentam jornada dupla têm risco maior de desenvolver o Burnout.

Sugestão de Leitura

ANDRADE, CRISTIANO JESUS DE. Saúde mental e trabalho: temas emergentes na contemporaneidade.  Editora ‏ CRV. Edição 1ª. Curitiba, 2020.

SANTOS, KARINE BRITO DOS; POLEJACK, LARISSA; MURTA, SHEILA GIARDINI; LEANDRO-FRANÇA, CRISTINEIDE. Prevenção e promoção em saúde mental: fundamentos, planejamento e estratégias de intervenção. Editora ‏ ‎ Sinopsys. Edição 1ª. Novo Hamburgo, 2015.

LEVINSON, HARRY. Saúde Mental na Empresa Moderna. Editora Ibrasa. São Paulo, 1970.

GLINA, DEBORA MIRIAM RAAB; ROCHA, LYS ESTHER. Saúde Mental no Trabalho – Da Teoria à Prática. Editora Roca.  Edição 1ª São Paulo, 2010.

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