INTRODUÇÃO:
Além de elaborar de forma ESTRATÉGICA a GESTÃO e a POLÍTICA DE ESTOQUES, as empresas devem estabelecer estas práticas de maneira integrada e levar em conta todos os componentes dentro da CADEIA DE SUPRIMENTOS. Para executar a POLÍTICA desejada, é preciso ter um CONTROLE efetivo que determine com que periodicidade os níveis dos ESTOQUES deverão ser verificados e inventariados.
As confrontações poderão ser recorrentes ou permanentes e confrontados com os critérios usados para o RESSUPRIMENTO. No SISTEMA RECORRENTE (ou PERIÓDICO) as empresas fazem o controle físico em intervalos regulares, semanais ou mensais. O SISTEMA PERMANENTE executa diariamente o controle do ESTOQUE com atividade faz as anotações a cada compra, venda ou devolução e verifica a necessidade de reposição, desvios e perdas.
ABORDAGENS DA GESTÃO DE ESTOQUES
● Abordagem Projetada: toma por basea DEMANDA prevista no planejamento de vendas da empresa.
● Abordagem Reativa ou Provocada: toma por base as reações diante das DEMANDAS vindas do mercado.
● Abordagem Mista: trabalha combinando as duas Abordagens gerenciando os ESTOQUES, respondendo às flutuações do mercado e disponibilidade de itens.
O ESTOQUE É UM ATIVO
A importância ESTRATÉGICA do ESTOQUE solicita uma GESTÃO competente. O ESTOQUE é entendido como um ATIVO, considerado como “IMPRODUTIVO”, até o momento em que os itens armazenados são requisitados para o devido fim. Então, uma das propostas para a GESTÃO DE ESTOQUES é a avaliação do espaço de tempo desde a ENTRADA de cada material até a sua SAÍDA (a aplicação definitiva). E este o espaço de tempo necessita ser o mais breve possível fazendo que haja o retorno para a empresa ao produzir/vender/receber. A manutenção destes materiais significa CUSTOS: o valor pago ao fornecedor e a armazenagem. A falta de ESTOQUE também traz outros graves problemas: linha de produção paralisada, vendas perdidas, clientes insatisfeitos etc.
A GESTÃO DE ESTOQUES é uma tarefa árdua. Ela necessita atuar diante de interesses variados, ter apoio às decisões e saber lidar com fatores INTERNOS e EXTERNOS (que a empresa nem sempre tem como controlar). O tamanho dos problemas é proporcional ao tamanho da empresa e de sua participação no mercado. Portanto, ter um ESTOQUE ideal, que atenda as necessidades dos clientes e da empresa é o maior desafio.
GESTÃO DE ESTOQUES – VANTAGENS E DESVANTAGENS
A ADMINISTRAÇÃO, a manutenção cuidadosa e o controle do ESTOQUE com o uso da tecnologia têm sido considerados atividades essenciais. O assunto é amplo e muitos estudiosos vêm produzindo inúmeros conceitos interessantes sobre as VANTAGENS e DESVANTAGENS da GESTÃO DE ESTOQUES.
– Vantagens:
● Melhora o nível de serviço.
● Dá rapidez às solicitações dos clientes.
● Fortalece o processo e planejamento de compras.
● Facilita o contato com fornecedores.
● Permite um melhor planejamento financeiro.
● Reduz custos e evita prejuízos.
● Aprimora o INVENTÁRIO.
● Emite relatórios gerenciais confiáveis.
● Integra setores da empresa.
● Permite economia de escala (compras e transporte).
● Previne contra problemas de atrasos no RESSUPRIMENTO.
● Protege a empresa diante de contingências.
● Reduz os riscos diante dasincertezas na DEMANDA (sazonalidade, oscilações etc.) e no LEAD TIME.
● Evita o desperdício de materiais, de recursos humanos e financeiros.
● Minimiza os desdobramentos dos erros de planejamento.
● Permite melhor aproveitamento do espaço físico.
A GESTÃO DE ESTOQUES ineficiente traz alguns problemas pontuais:
A GESTÃO DE ESTOQUES ineficiente traz alguns problemas pontuais:
– Desvantagens:
● Independentemente do porte da empresa e dos materiais, os CUSTOS de armazenagem e manutenção, em geral, são elevados. Portanto, a GESTÃO dispende boa parte do seu tempo procurando alternativas mais viáveis em relação aos CUSTOS.
● A GESTÃO do ESTOQUE mal gerenciada poderá causar a perda de itens por obsolescência, roubo, deterioração etc.
● A GESTÃO DE ESTOQUES requer instalações e LAY OUT apropriadas dependendo dos itens e das suas características (data de validade, periculosidade, toxidade, volatilidade, práticas no manuseio, equipamentos de movimentação etc.).
● O ESTOQUE compromete uma parte substancial do capital de giro. Portanto, a GESTÃO dispende boa parte do seu tempo administrando a POLÍTICA DE ESTOQUES estabelecida pela empresa (a busca do menor ESTOQUE possível obtendo o melhor nível de atendimento aos clientes – internos e externos).
Sugestão de Leitura
PETER, WANKE. Gestão de Estoque na Cadeia de Suprimento. Editora Atlas. Edição 3ª. São Paulo, 2011.
TADEU, HUGO. Gestão de estoques: Fundamentos, modelos matemáticos e melhores práticas aplicadas. Editora Cengage Learning. Edição 1ª. São Paulo, 2010.
PAOLESCHI, BRUNO. Almoxarifado e gestão de estoques: do Recebimento, Guarda e Expedição à Distribuição do Estoque. Editora Érica. Edição 2ª. São Paulo, 2009.
SILVA, BRÁULIO WILKER. Gestão de Estoques: Planejamento, Execução e Controle. Publicação Independente, 2019.