INTRODUÇÃO:
As turbulências e incertezas vindas do ambiente externo sempre foram uma grande fonte de preocupação para as empresas. As VARIÁVEIS EXÓGENAS (externas à organização – não previsíveis) constituem um ambiente incerto, em constante mutação que representam OPORTUNIDADES e vantagens, obstáculos que precisam ser superados, diversas AMEAÇAS, imposições legais, contingências etc. Portanto, cabe aos EXECUTIVOS um acompanhamento rigoroso para poder minimizar seus efeitos.
VERIFICANDO A SITUAÇÃO EXTERNA
Simultaneamente ao trabalho sobre o AMBIENTE INTERNO (PONTOS FORTES e PONTOS FRACOS), a visão da empresa também deve estar voltada para o AMBIENTE EXTERNO (ou FRENTE EXTERNA). É um ambiente de atuação maior, um cenário incontrolável, onde estão as OPORTUNIDADES e AMEAÇAS representadas por forças, sobre as quais não há como a empresa interferir, e sim sofrer interferências.
OPORTUNIDADES E AMEAÇAS – FATORES EXTERNOS
Os GESTORES têm que ter uma visão do AMBIENTE que envolve os negócios da empresa, avaliando a situação atual e prevendo a situação futura. É estabelecer uma base para análises antevendo os efeitos sobre a GESTÃO. É um diagnóstico, profundo e criterioso, sobre componentes das OPORTUNIDADES e AMEAÇAS que vêm de fora da empresa.
Em relação às OPORTUNIDADES, a empresa precisa ser pró ativa ao aproveitar negócios e falhas dos concorrentes. Em relação às AMEAÇAS, ao conhecer suas principais limitações, ao conhecer a concorrência e tendo informações corretas do cenário político-econômico, a empresa vai agir de maneira PREVENTIVA. Assim, reduzirá riscos inibindo situações, de algum modo, possam prejudicar os resultados.
AS VARIÁVEIS DO AMBIENTE EXTERNO
VARIÁVEIS DO CENÁRIO ECONÔMICO
Para conduzir os negócios com a maior segurança possível, aproveitar as OPORTUNIDADES e se defender de AMEAÇAS de toda espécie, a Administração deve visualizar diversas alternativas e saber lidar com o contexto:
● A conjuntura financeira e econômica influencia os negócios de forma direta ou indireta. A mutualidade entre as empresas e o relacionamento delas com o Governo é incontestável.
● Uma decisão em Brasília pode mudar radicalmente todo o planejamento e, por outro lado, fatores da economia internacional podem surtir efeitos positivos ou negativos. Portanto, o desenvolvimento dos negócios é dependente, no plano nacional e internacional, de fatos atuais e da antecipação dos eventos futuros.
● Acompanhar o crescimento (ou retração) da economia, taxa de inflação, taxa de juros, taxa de câmbio, mercado de Ações, PIB, tecnologia, investimentos externos, balança comercial, déficits do Governo, impostos e os diversos fatores que ocasionam transformações.
VARIÁVEIS DO CENÁRIO SOCIAL
Dependendo do ramo de atividade, os negócios são vinculados diretamente ao poder de compra do consumidor. O ambiente econômico, em constante movimentação e cheio de altos e baixos, pode afetar resultados das empresas e o ambiente de decisão.
É preciso entender como estas variáveis do CENÁRIO ECONÔMICO influenciam a população: distribuição de renda, poder aquisitivo, alterações no nível de emprego e ocupação, mudanças nos hábitos de consumo, mudanças culturais, qualificação etc.
Neste tema, as empresas devem considerar as VARIÁVEIS DEMOGRÁFICAS. Acompanhar a população, densidade, tamanho, crescimento, diversidade, estrutura familiar, localização, distribuição geográfica, faixas etárias, sexo, composição racial, mobilidade, migração, estrutura educacional, nível de escolaridade, religião, acesso aos meios de comunicação etc.
VARIÁVEIS POLÍTICAS
Os EXECUTIVOS têm que avaliar e analisar as variáveis políticas com muito critério. Os riscos em relação às empresas estatais, ministérios, agências reguladoras e qualquer órgão governamental podem ter efeitos desvantajosos pela ação de grupos políticos, grupos de pressão, lobby etc.
O interesse político tem forte elo com a Administração Pública. As mudanças nas relações de poder, estratégias, programas e estruturas ocorrem com frequência nos órgãos públicos. As trocas de dirigentes, na maioria por indicações vindas dos bastidores do poder, nem sempre tem por base a capacidade técnica.
Esta área, costumeiramente, está sob as ingerências de grupos políticos e de seus interesses. Nem sempre estes posicionamentos são favoráveis e também podem causar sérios prejuízos à imagem corporativa.
VARIÁVEIS LEGAIS
A Administração deve acompanhar e seguir as mudanças nas Leis, Burocracia, Impostos e Tributos. As decisões vindas de órgãos responsáveis por normatizações, regulamentações e fiscalizações influenciam consideravelmente. Em muitas oportunidades as expectativas e o andamento dos negócios não são concretizados por reformas políticas, documentações, legislação, taxações, barreiras alfandegárias, limitações e legislação ambiental etc.
Sugestão de Leitura
MANKIW, N. GREGORY. Introdução À Economia. Editora Cengage Learning. Edição 1ª. São Paulo, 2019.
VASCONCELLOS, MARCO ANTONIO S. Manual de economia. Editora Saraiva. Edição 7ª. São Paulo, 2017.
GIAMBIAGI FÁBIO. Economia brasileira contemporânea: (1945-2015). Editora GEN Atlas. Edição 3ª. São Paulo, 2016.
FURTADO, CELSO. Formação econômica do Brasil. Editora Companhia das Letras. Edição 1ª. Rio de Janeiro, 2007.
MULLER, ANTONIO. Manual de Economia Básica. Editora Vozes. Edição . Curitiba, 2004.
