INTRODUÇÃO:
A proteção ao MEIO AMBIENTE se tornou parcela relevante da estrutura organizacional com a GESTÃO AMBIENTAL participando no trabalho de diversas áreas. Ela deixou de ser uma responsabilidade exclusiva das políticas públicas ou dos órgãos governamentais.
A GESTÃO AMBIENTAL para ser efetiva, necessita abranger desde o planejamento estratégico até a eliminação definitiva de todos os resíduos provenientes das atividades ou dos processos produtivos da empresa. Ao mesmo tempo, permite a melhora contínua da segurança, higiene e saúde do trabalho dos seus colaboradores e uma relação mais positiva com a sociedade.
Desta forma, grandes organizações estão ocupando boa parte do seu tempo em atividades voltadas para os cuidados com o MEIO AMBIENTE e em práticas empresariais responsáveis (modelos de GESTÃO) que geram valor agregado às suas marcas. Elas também passaram a atuar na CIDADANIA EMPRESARIAL para trabalhar minimizando as disparidades sociais e gerando emprego e renda.
CIDADANIA EMPRESARIAL
São trabalhos com a finalidade de participar do desenvolvimento, de forma a reduzir desigualdades e contribuir com diversas soluções para a sociedade. Sendo parte da CULTURA ORGANIZACIONAL de uma organização, demonstra uma visão moderna e participativa ao destinar recursos apoiando programas e projetos de ações comunitárias.
Na CIDADANIA EMPRESARIAL as relações das organizações com os seus diversos PÚBLICOS devem ter por base a transparência e a ética. Outro cuidado importante a ser considerado é que a CIDADANIA EMPRESARIAL deve estar em sintonia com a MISSÃO, VISÃO e VALORES e pertencer à filosofia de trabalho da empresa.
De acordo com parte dos analistas da ADMINISTRAÇÃO, a SUSTENTABILIDADE EMPRESARIAL faz parte da RSA – Responsabilidade Social Ambiental. Outros afirmam que a RSA – Responsabilidade Social Ambiental é soma da SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL com a RSE – Responsabilidade Social Empresarial, incluindo a CIDADANIA EMPRESARIAL.
Deixando as discussões à parte, seja qual for a nomenclatura correta em uso, cresce em importância a preocupação com os problemas ambientais causados pelo crescimento das últimas décadas.
Em empresas comprometidas com o MEIO AMBIENTE, o papel da GESTÃO AMBIENTAL tem crescido em importância para a CIDADANIA EMPRESARIAL por agir com medidas rigorosas que se preocupam com a economia de recursos, na busca de eficiência operacional e também na contribuição com as ações sociais.
EMPRESA AMBIENTALMENTE RESPONSÁVEL
Esta ideia extrapola o consenso que a única contribuição que uma empresa deve oferecer à sociedade é o crescimento econômico, com a geração de riqueza e emprego. Para ser considerada uma organização AMBIENTALMENTE RESPONSÁVEL, ela deve se empenhar ao máximo para:
● Investir em pesquisas para criar novos produtos e novas formas de fabricação que não sejam nocivas ao MEIO AMBIENTE.
● Trabalhar com rigor na GESTÃO AMBIENTAL.
● Reduzir custos de produção.
● Atuar com base nos 3R’s para a melhoria das condições ambientais.
● Treinar os colaboradores na consciência ambiental.
ISE – ÍNDICE DE SUSTENTABILIDADE EMPRESARIAL
Uma parcela cada vez maior de investidores tem procurado dar mais atenção para a compra de ações de empresas socialmente e ambientalmente sustentáveis. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) criou o ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial), uma importante ferramenta de análise e comparação das empresas. O objetivo é esclarecer aos investidores sobre como as corporações, que mantém ações na Bolsa de Valores, estão adotando práticas de desenvolvimento sustentável e CIDADANIA EMPRESARIAL.
ISE – Apresentação
Iniciativa pioneira na América Latina, o ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial) busca criar um ambiente de investimento compatível com as demandas de desenvolvimento sustentável da sociedade contemporânea e estimular a responsabilidade ética das corporações.
Iniciado em 2005, foi originalmente financiado pela IFC (INTERNATIONAL FINANCE CORPORATION), o braço financeiro do Banco Mundial, e seu desenho metodológico é responsabilidade do centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getúlio Vargas.
O ISE é uma ferramenta para análise comparativa do desempenho das empresas listadas na BM&F BOVESPA sob o aspecto da sustentabilidade corporativa, baseada em eficiência econômica, equilíbrio ambiental, justiça social e governança corporativa.
Também amplia o entendimento sobre empresas e grupos comprometidos com a sustentabilidade, diferenciando-os em termos de qualidade, nível de compromisso com o desenvolvimento sustentável, equidade, transparência e prestação de contas, natureza do produto, além do desempenho empresarial nas dimensões econômico-financeira, social, ambiental e de mudanças climáticas.
Fonte: http://isebvmf.com.br/?r=site/conteudo&id=1
REUTILIZAÇÃO, RECICLAGEM E RETRABALHO
A GESTÃO AMBIENTAL das empresas vem ampliando seu trabalho, em conjunto com a PRODUÇÃO e a LOGÍSTICA REVERSA ao participar de outras ações relacionadas à SUSTENTABILIDADE: REUTILIZAÇÃO, RECICLAGEM e RETRABALHO.
REUTILIZAÇÃO E RECICLAGEM: para diversos materiais há diferenças conceituais entre RECICLAGEM e REUTILIZAÇÃO. AREUTILIZAÇÃO faz o reaproveitamento de um material que já beneficiado em outro material com características diferentes. Por exemplo, o papel após o processo de REUTILIZAÇÃO não volta a ter a mesma característica físico-química idêntica à que tinha antes do beneficiamento. Este material terá outra cor, textura, composição e densidade sem voltar ao seu estado original.
As latas de alumínio e fios de cobre passam por processo diferente. São materiais que podem ser fundidos e retornar ao estado anterior para se transformar em novos produtos, com as mesmas propriedades. É o que caracteriza a RECICLAGEM – são os materiais que podem retornar ao estado original, transformando-se indefinidamente em produtos iguais, com todas as suas características.
Em alguns casos, o REAPROVEITAMENTO não é possível indefinidamente. Para determinados materiais, a cada novo processo há a degradação das características originais. Isso ocorre com o papel: as fibras de celulose vão se encurtando mais a cada novo processo.
RETRABALHO: é considerada a ação em que é necessário fazer duas, ou mais vezes, uma mesma tarefa devido a erros. Dentro da ideia da SUSTENTABILIDADE EMPRESARIAL, usar de forma inteligente os recursos para reduzir desperdícios faz com que a diminuição do nível de RETRABALHO seja fundamental.
CUIDADO: o RETRABALHO significa perda de tempo para corrigir o que foi feito errado (que certamente consumiu matérias primas, energia, mão de obra e tempo de produção).
A falta de revisão e controle, a falta de planejamento, são, em geral, as principais causas do RETRABALHO, além da falta de treinamento ou a má qualidade da mão de obra. Para se evitar o RETRABALHO é preciso uma série de providências:
● Antes de iniciar qualquer tarefa é necessário um plano de atividades para diminuir o tempo de execução e evitar erros e falhas. O RETRABALHO também pode ser causado por falhas de comunicação ou informações erradas.
● Ações preventivas quanto ao desperdício de matéria prima e energia.
● Analisar todos os registros de erros, problemas, ocorrências e falhas de maior incidência para aprendizado e treinamento. É uma forma para se acumular novas experiências e desenvolver novas técnicas.
● Manter CHECKLISTS (listas de verificação) para controlar tarefas verificando perdas e a destinação ambientalmente correta de refugos e resíduos.
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O TRABALHO DA CIDADANIA EMPRESARIAL
A COLETA SELETIVA, também conhecida como RECOLHA SELETIVA, indica a forma que é utilizada para o recolhimento dos materiais recicláveis que são previamente separados na fonte geradora: metais, vidros, papéis, plásticos etc. A separação dos materiais evita a contaminação, aumenta o valor agregado destes itens reaproveitáveis e diminui custos.
A RECICLAGEM proporciona melhor qualidade de vida para as pessoas, preserva condições ambientais, abre postos de trabalho para as camadas mais pobres.
Todo o material proveniente da REUTILIZAÇÃO,RECICLAGEM e RETRABALHO poderá ser aproveitado e gerar emprego em outras atividades. É desta forma que a GESTÃO AMBIENTAL da empresa vem somando esforços junto com a CIDADANIA EMPRESARIAL.
Além do apoio à COLETA SELETIVA, a CIDADANIA EMPRESARIAL participa de diversas ações em prol de comunidades carentes, projetos esportivos e educacionais, tratamento e recuperação de dependentes, atividades com o objetivo de favorecer a inclusão social, criação de oportunidades para Portadores de Deficiência e Ex-Presidiários.
As ações da CIDADANIA EMPRESARIAL não são exclusividade de grandes corporações. Empresas de qualquer tamanho ou ramo de atividade podem praticar e incentivar diversos projetos de profundo alcance social. É a ideia da participação mais efetiva das empresas industriais, comerciais e prestadoras de serviços em relação à sociedade.
Com o tempo, cada vez mais as organizações vêm sofrendo fortes pressões da sociedade em relação à proteção dos recursos naturais, meio ambiente e maior colaboração com relação aos projetos sociais etc. A nova mentalidade dos consumidores e as ações de diversas entidades tiveram força para que as empresas assumissem um papel socialmente responsável para se tornarem entidades éticas – a CIDADANIA EMPRESARIAL significa a empresa cidadã ou empresa solidária.
Sugestão de Leitura
FROES, CÉSAR; NETO, FRANCISCO PAULO DE MELO. Responsabilidade Social e Cidadania Empresarial. Editora Qualitymark. Edição 2ª. Rio de Janeiro, 2001.
MASTRANTONIO, SIMONE APARECIDA BARBOSA. Ações afirmativas: promoção da cidadania empresarial. Editora Juruá. Edição 1ª. Curitiba, 2001.
TACHIZAWA TAKESHY. Gestão Ambiental e Responsabilidade Social Corporativa. Editora Atlas. Edição 6ª. São Paulo, 2010.
OLIVEIRA, JOSÉ ANTONIO PUPPIM DE. Empresas na Sociedade: Sustentabilidade e Responsabilidade Social. Editora Campus. Rio de Janeiro, 2008.
MOREIRA, JOAQUIM MANHÃES. A Ética Empresarial no Brasil. Editora Pioneira. São Paulo, 1999.
ROBLES JR ANTONIO E BONELLI, VALÉRIO VITOR. Gestão da Qualidade e do Meio Ambiente, Enfoque Econômico, Financeiro e Patrimonial. Editora Atlas. Edição 1ª. São Paulo, 2006.
MCONTOSH, MALCOM; LEIPZIGER, DEBORAH; JONES, KEITH L.; COLEMAN, GILL. Cidadania corporativa: estratégias bem sucedidas para empresas responsáveis. Editora Qualitymark. Rio de Janeiro, 2001.
SEIFFERT, MARI ELIZABETE BERNARDINI. ISO 14001 Sistema de Gestão Ambiental, Implantação Objetiva e Econômica. Editora Atlas. Edição 3ª. São Paulo, 2010.
