STAKEHOLDERS – Gerenciamento

INTRODUÇÃO:

O andamento dos negócios tem sido conduzido por dentro de um emaranhado complexo de influências, onde todos os componentes enfrentam os interesses e o impacto de diversos grupos e pessoas. Por mais que pareça repetitivo, é preciso sempre salientar os STAKEHOLDERS PI’S como sendo fundamentais no PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO e na GESTÃO E ANÁLISE DE PROJETOS.

Para muitos especialistas, conhecer os STAKEHOLDERS permite que a empresa forme uma relação legítima e mais cooperativa.

Toda empresa tem que estabelecer uma forma para identificar, mapear, documentar e monitorar os relacionamentos com os seus públicos e pontuar sua importância. Todavia, uma boa parte dos EXECUTIVOS e GESTORES não compreendeu ainda o peso dos STAKEHOLDERS e a importância em GERENCIAR corretamente a RELAÇÃO com estes grupos e pessoas.

E, para entender de verdade sua influência, é preciso um estudo diligente e contínuo. Ao mesmo tempo, é significativo aceitar que o resultado obtido exigirá muita atenção diante das diversas variáveis e diante das questões que deverão interferir nos processos da empresa.

A experiência mostra que, por questões de cegueira corporativa ou por mau hábito, os EXECUTIVOS e GESTORES costumam analisar apenas os STAKEHOLDERS que estão mais próximos. Ou, ainda pior, nem se preocupam muito com eles.  E para adicionar mais um agravante neste caldo, muitos GESTORES também não têm por costume construir RELACIONAMENTOS mais consistentes com os STAKEHOLDERS.

A TENDÊNCIA – CADEIA DE STAKEHOLDERS

No momento, as empresas de qualquer porte ou ramo de atividade e, até mesmo as STARTUPS no Empreendedorismo, aos poucos estão voltando atenções para além dos objetivos de seus proprietários. A ADMINISTRAÇÃO de mentalidade moderna considera a análise e a avaliação e o GERENCIAMENTO destes grupos ou pessoas (internos e externos) como um fato compulsório. Trata-se da melhor alternativa para encontrar o equilíbrio entre suas forças e os objetivos da empresa.

Estes grupos ou pessoas dependem da empresa para alcançar seus objetivos e a empresa depende destes grupos ou pessoas para alcançar seus objetivos, formando uma verdadeira CADEIA de interesses.

O GERENCIAMENTO DE STAKEHOLDERS

Na grande maioria dos casos, o GERENCIAMENTO DOS STAKEHOLDERS – PI’S não é uma tarefa simples. Por isso ele não pode ser negligenciado. Um simples descuido neste GERENCIAMENTO tem grandes possibilidades de fazer com que o trabalho se perca, pois ele afeta diretamente empresa.

CUIDADO: o GERENCIAMENTO DE STAKEHOLDERS é um processo no qual se exige muito empenho: cada grupo possui um determinado tipo de interesse voltado para a compensação financeira, satisfação e ética.

Desta maneira, o GERENCIAMENTO requer algumas providências sobre quem influencia os negócios. É preciso competência para identificar as necessidades e demandas dos STAKEHOLDERS (conhecer bem “terreno onde pisa”):

1 – IDENTIFICAÇÃO

Em primeiro lugar, a empresa precisa IDENTIFICAR corretamente e coletar as INFORMAÇÕES sobre a maneira como os diversos STAKEHOLDERS atuam em seus diferentes ambientes, ANALISANDO suas reais expectativas e como eles veem a empresa.

IDENTIFICAÇÃO: cada STAKEHOLDER possui um grau de interesse diferente. Esta fase vai constatar as PESSOAS, instituições ou qualquer outro tipo de organização que poderão impactar ou serem impactados pelas atividades, planejamento, TOMADA DE DECISÃO ou projetos da empresa.

INFORMAÇÕES: envolve um levantamento consistente e o registro do maior número de DADOS para criar INFORMAÇÕES consideráveis, relacionadas aos STAKEHOLDERS e aos seus interesses, influências, impactos, reciprocidade e provável ENGAJAMENTO.  

ANÁLISE: o detalhamento das INFORMAÇÕES determina a relação entre os DADOS obtidos, em comparação com as alternativas existentes no ambiente de negócios (PASSADO e PRESENTE).

O processo é dinâmico e contínuo e deve estar apto para reagir diante das mudanças. A ANÁLISE identifica pontos de contato com a empresa, faz mapeamento dos riscos, estabelece o grau de relevância/poder/influência (positivas ou não), características, importância e papeis para prever alternativas em eventuais conflitos (FUTURO). A ANÁLISE também procura se basear em critérios de julgamento definindo tópicos importantes e pontuando com clareza os STAKEHOLDERS-CHAVES.

2 – RELACIONAMENTO

O segundo ponto está no estabelecimento de um bom RELACIONAMENTO utilizando uma política de COMUNICAÇÃO ABERTA, uma via de mão dupla com cada grupo envolvido. É preciso desenvolver uma relação sem desgastes e de menor impacto negativo possível.

Partindo da ideia de que, cada STAKEHOLDER possui um grau de interesse diferente em relação à empresa, um dos aspectos mais importantes e complexos para alcançar resultados pretendidos está vinculado a uma relação positiva com as PARTES INTERESSADAS/INTERVENIENTES (PI’S).

Mas, é impossível agradar a todos ao mesmo tempo (público interno e público externo). A partir do momento em que a empresa ponderar a respeito dos pontos de vista dos STAKEHOLDERS ela poderá ter:

Relações equilibradas com reciprocidade e sinergia.  

Visualização de oportunidades.

Antecipação de conflitos e a previsão sobre possíveis soluções que minimizem impactos negativos.

Desenvolver a INTELIGÊNCIA COMPETITIVA. Desenvolver PROJETOS e PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO com maiores possibilidades de êxito.

3 – ENGAJAMENTO

O terceiro aspecto dentro do GERENCIAMENTO DAS PI’S está relacionado ao que os especialistas definem como uma nova forma de Gestão: o ENGAJAMENTO dos STAKEHOLDERS. Entretanto, este assunto gera muita controvérsia. A palavra ENGAJAMENTO tem como sinônimos o comprometimento, compromisso, participação ativa em algo, empenho ou envolvimento.

Portanto, é preciso antecipar os riscos do ENGAJAMENTO. Trata-se de um processo de construção baseado em confiança, reciprocidade, sinergia e na reputação de ambas as partes (empresa e STAKEHOLDER) para que todos sejam beneficiados. Então, os EXECUTIVOS e GESTORES devem estabelecer alguns aspectos:

Definir os limites até onde a empresa deseja ser aberta para permitir o ENGAJAMENTO nos termos do significado da palavra.

Definir com quem estabelecer o ENGAJAMENTO. Não parece ser uma atitude muito sensata esperar pelo ENGAJAMENTO de determinados STAKEHOLDERS como: CONCORRENTES, GRUPOS DE PRESSÃO, SINDICATOS, MÍDIA ou outros STAKEHOLDERS externos.

Dependendo da visão da empresa, o conceito de ENGAJAMENTO pode ser substituído por PARCERIA, como por exemplo, com FORNECEDORES, BANCOS, COMUNIDADES ou CLENTES.

Quem quer agradar a todos acaba não agradando a ninguém. O ENGAJAMENTO parece ser mais indicado apenas para STAKEHOLDERS internos.

Apesar das inúmeras possibilidades do uso das ferramentas virtuais á disposição, as organizações, os EMPREENDEDORES e as START UP’S continuaram tendo a necessidade de refinar seus RELACIONAMENTOS para gerar valor. Este trabalho, junto aos STAKEHOLDERS (e todos os outros públicos), continua sendo necessário e sistemático devido a importância do seu ENGAJAMENTO.

Sugestão de Leitura

CREMONINE, IZOLDA; GOLDSCHIMIDT e outros. GESTÃO DOS STAKEHOLDERS. Editora Saraiva. Edição 1ª. São Paulo, 2017.

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