A TOYOTA procurou eliminar os defeitos, problemas de qualidade e operar com custos menores para poder manter a satisfação dos clientes. O esforço para eliminar o DESPERDÍCIO e os erros teve por base as ideias e os trabalhos de TAIICHI OHNO. De acordo com a sua percepção, seria importantíssimo manter o que foi idealizado por SAKICHI TOYODA, na identificação e resolução de problemas, e por KICHIRO TOYODA com o JUST-IN-TIME. OHNO desenvolveu um modo sistemático para solucionar problemas perguntando cinco vezes por quê. O processo foi um dos diferenciais que criou as bases do SISTEMA TOYOTA DE PRODUÇÃO.
A forma de trabalho da TOYOTA foi sendo aplicada em todos outros setores da indústria japonesa sem ficar restrita à área automobilística. O TOYOTISMO fez o Japão produzir uma variedade de produtos para seu mercado interno e para exportação. A partir do início da década de 70, o processo deu oportunidade para que diversas marcas japonesas passassem a ser conhecidas com produtos mais baratos, confiáveis e de qualidade. As empresas americanas e européias perderam seus espaços tradicionais e, primeira vez, um país fora do âmbito ocidental rompia a hegemonia americana e européia em alguns setores (setor automobilístico e eletroeletrônicos).
O TOYOTISMO é uma maneira de organizar o trabalho com ações para reduzir os custos de produção, evitar a superprodução, diminuir os atrasos e produzir na melhor qualidade possível. Fundamentada no JUST-IN-TIME e em novas formas de gestão. Para muitos especialistas, o modelo japonês é uma evolução aprimorada do TAYLORISMO e do FORDISMO. Mas, durante os anos 1960, o processo desenvolvido pela TOYOTA havia evoluído com muita eficiência e qualidade. Mas, era preciso ampliar o mercado para fora do Japão. As exportações para os EUA em 1957, não foram bem-sucedidas – o público americano sempre foi avesso aos carros pequenos. A empresa passou a efetuar pesquisas de mercado e atualizar o DESIGN de seus veículos.
Tanto FREDERICK TAYLOR como HENRY FORD tiveram o mesmo objetivo, buscando por métodos de fabricação ao menor custo. Porém, cada um destes métodos tinham as suas particularidades em relação aos processos de produção, ritmo de trabalho, papel da mão de obra e, principalmente, a produção em massa. Para a TOYOTA, o maior objetivo foi ter um sistema flexível, sem desperdícios, sem itens em estoque, mão de obra qualificada e multifuncional, uso do KANBAN, qualidade total, JUST IN TIME etc.
Após visita de EIJI TOYODA e TAIICHI OHNO à FORD, eles concluíram que a forma de PRODUÇÃO EM MASSA não funcionaria na TOYOTA. Em 1950, com o país arruinado a situação japonesa era muito difícil. Portanto, era necessário a criação de um sistema que levasse em consideração estoque baixos, fluxo de caixa curto e eficiência na produção (mas, sem perda de qualidade). Por muito tempo as empresas americanas diminuíram custos com a PRODUÇÃO EM MASSA, de pouca variedade de automóveis. Era o estilo americano. Com base nestas observações, surgiu o SISTEMA TOYOTA DE PRODUÇÃO. O pensamento era cortar custos, produzindo um pequeno número de muitos tipos de carros em função do perfil do mercado no pós-guerra.
Os anos do período pós-guerra foram palco de uma crise generalizada no Japão. Mas, o país contou com os investimentos e a intervenção americana para o processo de reconstrução e desmobilização militar. Mesmo com o incômodo da presença americana, o Japão foi favorecido na década de 1950 pela GUERRA FRIA entre os EUA e a URSS. Outro aspecto positivo foi o apoio do poder político, compromissado com a prosperidade, disposto a proteger, fortalecer e beneficiar a indústria local.
O sucesso obtido pelos métodos desenvolvidos pela administração japonesa sempre causou uma série de debates. As razões destas polêmicas se deveram aos altos índices de produtividade obtidos pelos japoneses que, a partir de 1970, ultrapassaram grande parte das empresas americanas e européias. Mas, é necessário levar em conta que os métodos e técnicas japonesas foram bem-sucedidos em um ambiente cultural diferenciado do ambiente cultural ocidental. Então, antes de qualquer adaptação desses métodos a outros ambientes, é fundamental analisar as peculiaridades da sua cultura. Para entender o sucesso das empresas japonesas é preciso retroceder no tempo e verificar os acontecimentos históricos que serviram de ponto de partida para o seu desenvolvimento.
Ao contrário do que muitos alegam a MC não uma prática cabível apenas em grandes empresas industriais. Este procedimento pode ser utilizado em qualquer tipo ou tamanho de empresa, não depende de linha de produtos/serviços e tem aplicabilidade em escritórios e setores administrativos. Inegavelmente, ela torna a empresa mais competitiva.