12 – Processo Decisório – Líderes

INTRODUÇÃO:

As expressões como “cenários de crises”, “tempos difíceis”, “concorrência acirrada”, “competitividade” etc. têm sido muito recorrentes nos temas relacionados ao mundo dos negócios e à ADMINISTRAÇÃO. Mas, frente a tantas “incertezas do contexto atual”, a TOMADA DE DECISÕES é um assunto que vem se apresentando como peça fundamental para a efetividade de qualquer ESTRATÉGIA ORGANIZACIONAL. Para ampliar a questão sobre a TOMADA DE DECISÕES, alguns estudiosos também analisam o mérito da LIDERANÇA dentro deste processo.

Ou seja, como a figura do LÍDER influencia na MOTIVAÇÃO, ENGAJAMENTO, integração de esforços e na condução da EQUIPE. O papel do TOMADOR DE DECISÕES, como LÍDER na ORGANIZAÇÃO, é vital para que os subordinados estejam apoiando as soluções escolhidas. Assim, a LIDERANÇA também interfere para o sucesso de um PROCESSO DECISÓRIO pelo bom relacionamento entre superiores e subordinados.

O OBJETIVO DA LIDERANÇA NO PROCESSO DECISÓRIO

Uma das características de um LÍDER está atrelada à sua capacidade de TOMAR DECISÕES. Para qualquer tipo de ORGANIZAÇÃO, a LIDERANÇA não tem um papel acessório. Ela é o agente motor para dar seguimento às inúmeras atividades e seu principal objetivo é obter melhor desempenho para o que está sendo realizado.

A FORÇA DA LIDERANÇA

Para inúmeros especialistas, a maior força que a LIDERANÇA dispõe é a capacidade de ouvir colaboradores, atuar em conjunto e, principalmente, superar os mais diversos obstáculos existentes no PROCESSO DECISÓRIO. LIDERAR não é uma atribuição relacionada a uma posição na hierarquia. A LIDERANÇA com qualidade é dependente de disciplina, foco no objetivo e muita atenção aos pormenores.

A compreensão sobre o PROCESSO DECISÓRIO leva em conta vários aspectos de uma ORGANIZAÇÃO. Um estudo sobre esses aspectos é mais extenso do que uma mera análise sobre formas como as orientações são passadas para os subordinados ou pelos arranjos da hierarquia.

Há a necessidade de se investigar e estudar a ORGANIZAÇÃO através da maneira como os subalternos recebem as ordens, o teor dos programas de treinamento, o nível da CULTURA ORGANIZACIONAL, o funcionamento dos canais de COMUNICAÇÃO e a qualidade das INFORMAÇÕES na TOMADA DE DECISÕES

Desta forma, a qualidade da LIDERANÇA do TOMADOR DE DECISÕES passou a ser alvo de estudiosos para uma avaliação mais concisa. O TOMADOR é o ATOR que tem que estar pronto para uma TOMADA DE DECISÃO mais positiva. Mesmo envolvido por diversos detalhes e variáveis, que deverão estar equilibrados de forma exata, ele deverá obrigatoriamente trazer benefícios aos negócios.

CONSIDERAÇÕES SOBRE LIDERANÇA

FRANCISCO LACOMBE fez considerações interessantes. Além de ser o MOTIVADOR da EQUIPE, um bom LÍDER deve ter como características a confiança em si, a firme crença no que faz a clara visão de onde ele deseja chegar, saber se comunicar, manter serenidade nos momentos de crise, saber TOMAR DECISÕES, ter a visualização do sistema como um todo (ter o conhecimento de todas as áreas da empresa), ter capacidade para entender que a diversidade das pessoas é o que traz a força para a EQUIPE, saber avaliar pessoas e fazer com que as pessoas certas ocupem os lugares certos em momentos certos.

Sendo assim, a LIDERANÇA se constitui em uma qualidade que faz com que um indivíduo tenha a capacidade de influenciar e conduzir a EQUIPE. Ser um bom LÍDER não é tão simples assim. Também será preciso ter muita influência e, para que isso aconteça, ele terá que convencer seus superiores que sua ideia (a alternativa – a solução) é a melhor. LACOMBE, FRANCISCO. Recursos Humanos: Princípios e Tendências. Editora Saraiva. São Paulo, 2005 (pág.214).

IDALBERTO CHIAVENATO afirma que a LIDERANÇA é a arte de induzir as pessoas a cumprirem suas obrigações com zelo e correção. É a capacidade de influenciar as pessoas a fazerem aquilo que devem fazer… Uma ORGANIZAÇÃO para dar resultados e atingir objetivos precisa ter uma ótima LIDERANÇA… CHIAVENATO, IDALBERTO. Gerenciando Pessoas: o passo decisivo para a administração participativa. Makron Books. São Paulo, 1994 (pág.72-73).

Para RICHARD DAFT, a LIDERANÇA está se tornando uma função administrativa cada vez mais importante. LIDERAR é usar a influência com a finalidade de motivar os funcionários para alcançarem as metas organizacionais. É necessário infundir nos funcionários o desejo de buscar sucesso, mostrando um nível maior de desempenho. Em uma ORGANIZAÇÃO é muito comum que se encontre alguns tipos e estilos de líderes, pois fatores de personalidade influenciam nas atividades gerenciais dentro da ORGANIZAÇÃO. DAFT, RICHARD L. Administração. Editora Pioneira Thomson Learning. Edição 6ª. São Paulo, 2005 (pág.196).

BOAS PRÁTICAS DE LIDERANÇA NA TOMADA DE DECISÃO

Cuidado: ADMINISTRAR é basicamente TOMAR DECISÕES (uma escolha entre as diversas alternativas disponíveis). Para que elas tenham precisão, é fundamental que o TOMADOR tenha desenvolvido determinadas qualidades. Entre elas, a LIDERANÇA…

TOMAR DECISÕES é o principal papel de um LÍDER e é possível encontrar ideias relacionando LIDERANÇA e PROCESSO DECISÓRIO. Mas, a princípio, é oportuno entender que em uma ORGANIZAÇÃO, cada GESTOR tem seu ESTILO DE LIDERANÇA independentemente da sua área de atuação.

De fato, ele toma DECISÕES durante o dia todo – o que faz a LIDERANÇA obter um papel ainda mais preponderante. Simultaneamente, há uma relação direta com os traços de sua personalidade, formação, experiências e a forma de liderar que, fatalmente, poderão induzir na sua TOMADA DE DECISÃO:

● A visão estratégica do LÍDER vem pelo conhecimento do AMBIENTE EXTERNO e AMBIENTE INTERNO da ORGANIZAÇÃO para identificar pontos fortes e fracos. Quanto maior o volume de INFORMAÇÕES, maior a qualidade da DECISÃO.

● Além da VISÃO ESTRATÉGICA, um LÍDER não é apenas aquele que sabe tomar a DECISÃO rigorosamente correta. Ele é o que sabe utilizar os erros como aprendizado e extrair o máximo de conhecimento em todos os momentos. Principalmente por que ele não é o dono da verdade.

● Um LÍDER precisa estar a postos para a TOMADA DE DECISÃO e preparado para momentos e decisões muito difíceis em diversas situações.

E, mesmo tendo ciência que qualquer profissional tem um lado emocional e, que não há como desligar esta parte do “circuito”, é  preciso ter RESILIÊNCIA.A finalidade é atingir um nível de controle sobre as reações, incorporar o papel de LÍDER de forma racional e ter uma GESTÃO inteligente.

● Um LÍDER precisa levar em conta alguns detalhes para desenvolver a TOMADA DE DECISÃO: manter o equilíbrio em situações conflitantes, construir relações com personagens diferentes, ter a capacidade de observar, ouvir e aproveitar a opinião dos demais profissionais, saber avaliar o risco da DECISÃO, ter coragem para apresentar mudanças, ter poder de COMUNICAÇÃO, criar soluções conjuntas, ter flexibilidade para analisar e rever posicionamentos.

● Outras opiniões mostram que o verdadeiro LÍDER poderá TOMAR DECISÕES mais produtivas formando EQUIPES pelo desenvolvimento de perfil comportamental, pelas maneiras de MOTIVAR colaboradores, no incentivo ao diálogo com todos e no compartilhamento de opiniões. Ainda com relação a estes aspectos, é altamente benéfico criar um ambiente positivo, saber DELEGAR poderes, dar OPORUNIDADES, dar FEEDBACK e atuar a favor da RETENÇÃO DE TALENTOS.

● De acordo com outras visões, os LÍDERES de sucesso agem por instinto, automaticamente. Com a experiência adquirida, o comportamento do LÍDER é incorporado ao seu inconsciente e passa a desenvolver uma capacidade de avaliar, antecipar situações e rapidamente TOMAR DECISÕES  sob pressão.

A TOMADA DE DECISÃO acontece pelo entendimento das relações de CAUSA X EFEITO diante de diversas circunstancias.

Uma das boas práticas no PROCESSO DECISÓRIO é quando o TOMADOR tem a compreensão exata dos impactos de suas DECISÕES.

É útil, antes de alguma definição, analisar em detalhes os possíveis cenários. Ao mesmo tempo, é muito importante verificar (junto com a participação da EQUIPE) os resultados obtidos para servir de base e aprendizado para outras DECISÕES. Uma DECISÃO tem a possibilidade de transformar completamente o caminho de uma empresa. Ser LÍDER é uma missão pesada – o profissional deve ser sempre uma influência positiva na condução de uma EQUIPE.

Outras opiniões mostram sempre que o verdadeiro LÍDER deve ser o melhor EXEMPLO, a REFERÊNCIA para os seus subordinados através dos comportamentos e atitudes sem ser autoritário.

Quando se fala em LIDERANÇA, esta afirmação é muito corriqueira. Diversas vezes a ideia é entendida como uma prática muito fácil e simples, mas, poucos LÍDERES são capazes de serem coerentes em suas ações.

Uma das atitudes bem interessantes, que serve de exemplo para a EQUIPE, é o LÍDER que não ter PROCRASTINAÇÃO e ATITUDE rápida para resolver PROBLEMAS.

● A impulsividade não agrega valor ao trabalho. Para profissionais que exercem a LIDERANÇA, é importante manter a calma e a qualidade do AMBIENTE LABORAL. Então, é muito sábio pensar antes de falar ou TOMAR DECISÕES para evitar desavenças.  Uma das alternativas mais viáveis é uma explicação coerente que justifique a DECISÃO.

Outro aspecto que poderá prejudicar o LÍDER é a decepção quando o resultado de uma DECISÃO ficar aquém das expectativas. Em muitas oportunidades, é preciso aceitar os fatos e não se estressar com situações que são fora do alcance e que não poderão ser mudadas.

Sugestão de Leitura

STONER, JAMES A.; FREEMAN, EDWARD R. Administração. Editora ‏ LTC. Edição 5ª. Rio de Janeiro, 1994.

BENNIS, WARREN G. A formação do líder. Editora Atlas. Edição 1ª. São Paulo, 1996.

DAFT, RICHARD L. Administração. Editora Cengage. Edição 6ª. São Paulo, 2005.

GARDNER, HOWARD. Mentes que lideram: como líderes eficazes criam e executam. Editora Elsevier.  Edição 1ª.  São Paulo, 2013.

SIMON, HERBERT A. A Capacidade de Decisão e de Liderança. Editora Fundo de Cultura. Rio de Janeiro, 1972.

GOLEMAN, DANIEL. Liderança: a inteligência emocional na formação do líder de sucesso.  Editora Objetiva. Edição 1ª.  São Paulo, 2015.

TICKY, NOEL M.; BENNIS, WARREN G. Decisão: como líderes vencedores fazem escolhas certeiras. Editora Bookman.  Edição 1ª. Porto Alegre, 2009.

“Um homem fraco tem dúvidas antes de uma decisão; Um homem forte as tem depois.” KARL KRAUS (1874-1936) – Jornalista, poeta e dramaturgo Austríaco.

“Resolver um problema significa simplesmente representa-lo de modo a tornar a solução transparente. Uma decisão complexa é como um grande rio, desenhando de seus muitos afluentes as inúmeras premissas de que é constituído.” HERBERT SIMON (1916-2001), economista, sociólogo e professor americano.

“Antes de LIDERAR qualquer outra pessoa, um LÍDER deve se administrar.”  “A tarefa fundamental dos LÍDERES é instalar bons sentimentos naqueles que lidera.” DANIEL GOLEMAN (1946 – ), psicólogo, conferencista americano.

A LIDERANÇA é o processo de persuasão, ou de exemplo, através do qual o indivíduo induz um GRUPO a se dedicar aos OBJETIVOS indicados pelo LÍDER ou partilhados pelo LÍDER e seus seguidores. A LIDERANÇA não tem uma receita exata, pois ela é muito complexa e possui vários pontos a serem abordados. ⁠As histórias são a arma mais poderosa no arsenal de um LÍDER. HOWARD GARDNER (1943 – ),  psicólogo cognitivo e educacional americano e muito reverenciado pela sua teoria das inteligências múltiplas. 

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